segunda-feira, 30 de novembro de 2009

TEMOS O QUE DAMOS

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TEMOS O QUE DAMOS


MEIMEI
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 20(1) do Cap. XIII do ESE



Podes guardar o pão para muitos dias, ainda que o excesso de tua casa signifique ausência do essencial entre os próprios vizinhos; todavia, quanto puderes, alonga a migalha de alimento aos que fitam debalde o fogão sem lume.
Podes conservar armários repletos de veste inútil ainda que traça concorra contigo à posse do pano devido aos que se cobrem de andrajos; no entanto, sempre que possas, cede a migalha de roupa ao companheiro que sente frio.
Podes trazer bolsa farta, ainda que o dinheiro supérfluo te imponha problemas e inquietações; contudo, quanto puderes, oferece a migalha de recursos aos irmãos em necessidade.
Podes alinhar perfumes e adornos para uso à vontade, ainda que pagues caro a hora do abuso, mas, sempre que possas, estende a migalha de remédio aos doentes em abandono.
Um dia, que será noite em teus olhos, deixarás pratos cheios e móveis abarrotados, cofres e enfeites, para a travessia da grande sombra; entretanto, não viajarás de todo nas trevas, porque as migalhas de amor que tiveres distribuídos estarão multiplicadas em tuas mãos como bênçãos de luz.

MINHA REFLEXÃO

Fazendo uma reflexão aprofundada dessa mensagem, podemos concluir que ninguém pode se achar isento de dar alguma coisa, considerando que ninguém é desprovido de tudo. Até aquele(a) que menos tem pode dar alguma coisa, lembrando da passagem evangélica relativa ao óbolo da viúva no gazofiláceo (SÃO MARCOS, cap. XII, vv. 41 a 44. - S. LUCAS, cap. XXI. vv. 1 a 4.) e foi nessa passagem que o Mestre identificou a maior caridade.
A mensagem de Meimei já nos chama atenção sobre o que nos sobra em casa, com relação à alimentação, vestuário, poupança, acessórios de higiene e adornação.
No final de sua mensagem, esse iluminado Espírito nos faz lembrar que um dia poderemos estar na mesma situação das pessoas que nos bate à porta ou nos espera com nossa ajuda espontânea, na situação de necessitados como apontados pelo Cristo (S. LUCAS, cap. VI, vv. 20 e 21.), seja em prova ou expiação. Se fizermos o bem hoje, seremos recompensados amanhã pelas almas boas de coração.
PAZ E ALEGRIAS

(1) 20. É acertada a beneficência, quando praticada exclusivamente entre pessoas da mesma opinião, da mesma crença, ou do mesmo partido? Não, porquanto precisamente o espírito de seita e de partido é que precisa ser abolido, visto que são irmãos todos os homens. O verdadeiro cristão vê somente irmãos em seus semelhantes e não procura saber, antes de socorrer o necessitado, qual a sua crença, ou a sua opinião, seja sobre o que for. Obedeceria o cristão, porventura, ao preceito de Jesus-Cristo, segundo o qual devemos amar os nossos inimigos, se repelisse o desgraçado, por professar uma crença diferente da sua? Socorra-o, portanto, sem lhe pedir contas à consciência, pois, se for um inimigo da religião, esse será o meio de conseguir que ele a ame; repelindo-o, faria que a odiasse. - S. Luís. (Paris, l860.)

Um comentário:

Anônimo disse...

Memei nos lembra que as nossas colheitas são as consequências naturais dos plantios que realizamos a partir do título "Temos o que damos". A justiça divina prepondera sobre nossos interesses humanos. Que assim seja!!!

Ainda não sabemos dividir com nosso irmão sequer o excesso, quanto mais ofertar-lhe o último óbulo. E quando somos "bons", exigimos saber quem é esse com o qual dividimos nossos bens materiais. Isso está longe de ser Caridade. Esta, sabe-se, é benevolência para COM TODOS. O Amor e a Caridade complementam a Lei de Justiça.

Devo eu, junto com todos na Terra, exercitar a verdadeira Caridade que não se limita à esmola, mas deve ampliar-se ao exercício da BOA VONTADE, da INDULGÊNCIA e do PERDÃO consigo e como os demais.

Memei nos alerta de que quando for noite em nossos olhos ( morte ), será impositivo que nos desapropriemos de "nossos" bens materiais. É Chegada a hora da colheita. Colheremos o bem que tivermos plantado na relação com nossos irmãos.

Aproveito para colocar-me a disposição dos companheiros de jornada, encarnados e desencarnados, no sentido de dividir os poucos bens materiais que administro e os raríssimos bens materiais que possa já ter construído.

Você, Domício, oportunamente, nos lembra de que TODOS podemos oferecer alguma coisa a nosso semelhante:o Amor; ou o Material ( espiritualizado ).

Muito obrigada! Fiquemos com Deus
Lourença