sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

ESCOLA DA BENÇÃO

97
ESCOLA DA BENÇÃO



MEIMEI
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 4* do Cap. XV do ESE



Sofres cansaço da vida, dissabores domésticos, deserção de amigos, falta de alguém...
Por isso, acordaste sem paciência, tentando esquecer.
Procuraste espetáculos públicos que te não distraíram e usastes comprimidos repousantes que não te anestesiaram o coração.
Entretanto, para teu reconforto, pelo menos uma vez por semana, sai te ti mesmo e busca na caridade a escola da benção.
Em cada compartimento aprenderás diversas lições ao contacto daqueles que lêem na cartilha das dores que desconheces.
Surpreenderás o filme real da angústia no martírio silencioso dos que jazem num catre de espinhos, sem se queixarem, e a emocionante novela das mães sozinhas que ofertam, gemendo, aos filhos nascituros a concha do próprio seio como prato de lágrimas.
Fitarás homens tristes, suando penosamente por singela fatia de pão, como atletas perfeitos do sofrimento, e os que disputam valorosamente com os animais com os animais um lugar de repouso ao pé de ruínas em abandono.
Observarás, ainda mais, os paralíticos que sonham com a alegria de se arrastarem, os que se vestem de chagas esfogueantes, suplicando um momento de alívio, os que choram mutilações trazidas do berço e os que vacilam, desorientados, na noite da loucura...
Ver-te-ás, então, consolado, estendendo consolo, e, ajustado a ti mesmo, volverás ao conforto da própria casa, murmurando, feliz:
- Obrigado, meu Deus!


MINHA REFLEXÃO

Essa mensagem da querida e benfeitora irmã Meimei nos lembra que se estamos em angústia, devemos nos consolar buscando nossos irmãos que estão nesse mundo, como nós, ao sabor dos resultados de suas incúrias contra si mesmo ao longo dos séculos em que foram categorizados como Espíritos já cientes de seu livre arbítrio, saindo de sua infância espiritual.
Muitos hoje ainda estão plantando, até com afinco, vivendo a filosofia da vida única, uns mesmo sem consciência, outros já bem esclarecidos ou sobejados pelas doutrinas reencarnacionistas, mas que preguiçosamente vêem apenas como um ideal, pois, certamente ainda não podem viver hoje essa filosofia, se escondendo nas mútiplas atividades do dia a dia, que devem ser vivida, dia a dia (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 1 a 14.); outros já tentam, com certa dificuldade, viver a doutrina cristã, seja de qual for o credo religioso, refletindo sobre tudo que o Cristo falou na sua iluminada passagem entre nós**, tentando fazer o que ele nos ensinou, saindo de si mesmo, reformando-se, buscando aqueles que sofrem, que tem fome, sofrem o frio, estão preso ou estão doentes (S. MATEUS, cap. XXV, vv. 31 a 46.).
Conforme a mensagem anterior aqui refletida, o chamado para esse trabalho redentor, que nos reintegra ao Reino de Deus, que há muito nos distanciamos, foi feito pelo Cristo de Deus dois mil anos atrás e muitos se tornaram, de lá para cá, aos poucos, os trabalhadores da última hora (S. MATEUS, cap. XX, vv. 1 a 16.).
Ele, que aniversaria simbolicamente nesta data, 25/12, nos deixou o seu legado maior na resposta ao doutor da lei, que objetivando tentá-lo, lhe perguntou qual era o maior mandamento da Lei de Deus, respondendo-lhe: Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito. - Esse o maior e o primeiro mandamento. - E aqui está o segundo, que é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. - Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 37 a 40). Essa belíssima passagem, mas de grande fim prático, foi reunida, junta a outras passagens evangélicas como a do “bom samaritano”, a “separação dos justos e injustos, a “caridade segundo São Paulo”, no capitulo FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVACAO de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, que nos orienta que o que faz o bom cristão não é a religião que professa, mas sua dedicação a causa dos desfavorecidos e sofredores. Esses que devemos tê-lo em conta como aqueles que estão colhendo seus deslizes espirituais, são nossos irmãos eleitos por Jesus como aqueles que precisam de cuidados, para os quais Ele dedicou a sua passagem aqui na Terra (S. MATEUS, cap. V, vv. 5, 6 e 10; S. LUCAS, cap. VI, vv. 20 e 21).
Se nós nos contentarmos com o que já fizemos de errado no passado, contrário a Lei de Amor e pararmos de fazer mal a nós mesmo, trabalhando contra nossa própria felicidade, poderemos, mesmo estando entre esses eleitos de Jesus, praticando a CARIDADE para conosco e nossos semelhantes, construir, a partir de hoje, dessa vida, o Reino de Deus em nós (a felicidade tão decantada pelos idealistas).

Que Deus, nosso Pai e o Mestre Jesus, nosso Irmão Maior, nos ajudem.



*4. Mas, os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca aos saduceus, se reuniram; e um deles, que era doutor da lei, foi propor-lhe esta questão, para o tentar: - Mestre, qual o grande mandamento da lei? - Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito. - Esse o maior e o primeiro mandamento. - E aqui está o segundo, que é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. - Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos. (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)
Caridade e humildade, tal a senda única da salvação. Egoísmo e orgulho, tal a da perdição. Este princípio se acha formulado nos seguintes precisos termos: "Amarás a Deus de toda a tua alma e a teu próximo como a ti mesmo; toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos." E, para que não haja equívoco sobre a interpretação do amor de Deus e do próximo, acrescenta: “E aqui está o segundo mandamento que é semelhante ao primeiro” , isto é, que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo sem amar a Deus. Logo, tudo o que se faça contra o próximo o mesmo é que fazê-lo contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.(Allan Kardec, In: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XV, item 5.

**Naquela oportunidade, a humanidade da época (da qual já fazíamos parte) quis de qualquer modo torná-la obscura imolando-o na cruz

Um comentário:

Anônimo disse...

No título, o Espírito Meimei já apresenta o benefício da prática da Caridade, sentido de toda a mensagem. Somos convidados ao enxergamento da vida que se realiza além de nós. Ver o outro habilitando-se na sua construção de "homem de bem na Terra", apesar de suas dores, perdas, arrependimentos, imperfeições. Esse retrato de nossos irmãos é usado, sabiamente, por Meime para nos dizer: "...sai de ti mesmo e busca na caridade a escola da bênção.". Assim ela observa que ninguém evolui solitariamente. A Lei de progresso concretiza-se em consonância com a Lei de sociedade( e com as demais ). E, por sua vez, a Lei de Amor( ESE, cap.XII, item 8: Espírito Lázaro )"substitui a personalidade pela fusão dos seres; ela aniquila as misérias sociais.". Amemos para vencer o egoísmo que cega nossa visão do próximo. Olhemos Jesus, multiplicando os pães e peixes que alimentam o corpo e o Espírito, porque foram benzidos de amor. Coloquemo-nos a serviço do BEM.

Fiquemos com Deus e Jesus!

Lourença