terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

SIMPATIA E BONDADE

“O homem pode suavizar ou agravar a amargura de suas provas pela maneira de encarar a vida terrena”. [...] O resultado da maneira espiritual de encarar a vida diminui a importância das coisas deste mundo, faz com que o homem modere seus desejos, se contente com a sua posição sem invejar a dos outros, a atenua a impressão moral dos reveses e das decepções que ele experimenta. O homem adquire uma calma e uma resignação tão úteis à saúde do corpo quanto à da alma...(...). O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 5, item 13.


SIMPATIA E BONDADE

EMMANUEL
Psicografia de Waldo Vieira
In: Xavier, F. C; Vieira, Waldo. O Espírito da Verdade: Estudos e dissertações em torno de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec. 14 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003.

No plano infinito da Criação jamais encontraremos alguém que prescinda de dois derivados naturais do amor: a simpatia e a bondade.
A árvore frondosa e plena de vigor solicita o apoio do Sol e a solicitude do vento para conservar-se e estender as suas propriedades vitais.
O animal, por mais inferior na escala dos seres, requer o carinho e a ternura da Terra, a fim de manter as próprias funções e aperfeiçoar o seu modo de ser, no meio em que se desenvolve.
A criança e o jovem, a mulher e o homem, tornam-se enfermiços e infelizes, se não recebem o calor da bondade e da simpatia por alimento providencial na sustentação do equilíbrio e da saúde, da esperança e da paz que lhes são indispensáveis no esforço de cada dia.
Procura, pois, revestir as próprias manifestações, perante aqueles que te rodeiam, com os recursos da simpatia que ajuda e compreende, e da bondade que concede e perdoa, ampliando a misericórdia no mundo e fortalecendo a fraternidade entre todas as criaturas.
Enriquece com o teu entendimento o patrimônio afetivo do companheiro e o companheiro retribuir-te-á com auxílios originais e incessantes.
Envolve em tua generosidade fraterna a alma infeliz e desajustada, e nela descobrirás imprevistas nuanças do amor.
Não desprezes a simpatia e a bondade ante as lutas alheias e a bondade e a simpatia nos outros abençoar-te-ão toda a vida.


MINHA REFLEXÃO

Este texto se reporta ao item 7 do capitulo IX do ESE (Bem-aventurados os aqueles que são brandos e pacíficos), que versa sobre a paciência.
De fato, somos co-criadores do Universo e uma das coisas a ser criada é um mundo de paz e harmonia.
Mas como fazer isso? Jesus nos exortou, transcrito em Mateus, cap. V, a termos paciência diante de tudo e nos promete duas coisas se formos brandos e pacíficos: herdarmos a Terra e sermos chamados filhos de Deus.
Sermos brandos e pacíficos significa criar em torno de nós uma ambiente de paz e harmonia pela simpatia e bondade que isso propicia. Sobre isso, destacamos da mensagem a seguinte exortação
: Procura, pois, revestir as próprias manifestações, perante aqueles que te rodeiam, com os recursos da simpatia que ajuda e compreende, e da bondade que concede e perdoa, ampliando a misericórdia no mundo e fortalecendo a fraternidade entre todas as criaturas.
Uns dos exercícios a serem praticados na conquista da paz em torno de nós, seriam: não levantar a voz aos nossos semelhante; deixar de dizer impropérios quando ocorrer uma decepção, consigo mesmo ou com outros; e, enfim, não reagir rispidamente a uma ação pueril, nossa ou de um companheiro do círculo familiar ou social.
O retorno do exercício da brandura e paz é a simpatia e a bondade. Devemos ser bons e simpáticos até nas horas mais difíceis, que nada mais são provas para esse exercício.
E para mantermos o clima de paz em torno de nós e angariarmos simpatia e bondade dos que nos cercam, devemos seguir Um Espírito Amigo quando nos diz: Sede, pois, paciente; sede cristão, esta palavra resume tudo!
Deixo ainda mais dois pensamentos de Emmanuel
"Se a irritação já se te fez um hábito, pensa nas desvantagens dela para que te livres de semelhante desajuste espiritual."
"Ainda que o coração se te mostre ferido, conversa com serenidade e esclarece com paciência"
In: Xavier, Francisco Cândido. Calma. São Bernardo de Campos: Grupo Espírita Emmanuel Sociedade Civil Editora