terça-feira, 6 de janeiro de 2009

RENASCER E REMORRER

"Algumas vezes a experiência (maturidade) vem um pouco tarde, quanda a vida já está perturbada e foi desperdiçada, as forças desgastadas e o mal nao tem mais remédio. Então o homem se põe a dizer: Se no início da vida eu soubesse o que sei hoje, quantas faltas teria evitado! Faria tudo de um outro modo, mas não há mais tempo! Tal como o trabalhador preguiçoso que diz: "Perdi o meu dia", ele também diz: "Perdi minha vida". Mas da mesma forma que o Sol se levanta no dia seguinte para o trabalhador e uma nova jornada começa, e lhe permite recuperar o tempo perdido, após a noite do túmulo, também brilhará para o homem o Sol de uma nova vida, na qual poderá tirar proveito da experiência do passado e de suas boas resoluções par o futuro (...) (Item 12 do Cap. V do ESE).

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RENASCER E REMORRER

LINS DE VASCONCELOS
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 12 do Cap. V do ESE


Usufruímos na Espiritualidade o continente sem limites de onde viemos; no Universo Físico, o mar sem praias em que navegamos de quando em quando, e, na Vida Eterna, o abismo sem fundo em que desfrutamos as magnificências divinas.

No trajeto multimilenário de nossas experiências, aprendemos, entre sucessivos transes de nascimento e desencarnação, a alegria de viver, descobrindo e reconhecendo a necessidade e a compensação do sofrimento, sempre forjado por nossas próprias faltas.

Já renascemos e remorremos milhões de vezes, contraindo e saldando obrigações, assimilando a excelsitude da Providência e o valor inapreciável da humildade, para saber, que toda revolta humana é absurda e impotente.

Se as lutas do burilamento moral não têm unidade de medida, a ação do amor é infinita na solução de todos os problemas e na medicação de todas as dores.Tolera com paciência as inevitáveis, mas breves provas de agora, para que te rejubiles depois.

Nos compromissos espirituais, todos encontramos solvibilidade através do esforço próprio. Aproveitemos a benção da dor na amortização dos débitos seculares que nos ferreteiam as almas, perseverando resignadamente no posto de sentinelas do bem, até que o Senhor mande render-nos com a transformação pela morte.

Sempre trazemos dívidas de lágrimas uns para com os outros.

Vive, assim, em paz com todos, principalmente junto aos irmãos com os quais a tua vida se entrecomunica a cada instante, legando, por testamento e fortuna, atos de amor e exemplos de fé, no fortalecimento dos espíritos de amigos e descendentes.

Se há facilidade para remorrer, há dificuldades para renascer. As portas dos cemitérios jamais se fecham; contudo, as portas da reencarnação só se abrem com a senha do mérito haurido nas edificações incessante da caridade.

As dores iguais criam os ideais semelhantes.

Auxiliemo-nos mutuamente.

O Evangelho – o livro-luz da evolução – é nosso apoio. Busquemos a Jesus, lembrando-nos de que o lamento maior, o desesperado clamor dos clamores, que poderia ter partido de seus lábios, na potência de mil ecos dolorosos, jamais chegou a existir...



MINHA REFLEXÃO


Essa mensagem é muito profunda. Cada parágrafo é uma chamada para a nossa conscientização do motivo de estarmos encarnados. O esforço de cada um é solicitado no sentido do burilamento da alma. A união dos pares e envolvidos nas tramas das paixões do passado é requisitada. O convite a nos juntar no sentido de ajudar uns aos outros é imperativo.

Somos almas viajoras e precisamos estar cientes dos perigos e aflições que nos esperam, mostrando-nos sempre otimistas e unidas para que a viagem seja a mais confortável possível e possamos ser fortes contra as tentações da fuga, da rebeldia e falta de fé.

Somos almas imperfeitas que sozinhas não chegaríamos muito longe, antes de sucumbirmos nas nossas próprias teias da preguiça espiritual.

Entretanto, até o presente momento, nós, os espíritas e simpatizantes da Doutrina Espírita, já recebemos muitas informações sobre a vida futura e não nos é mais apropriado aquela fala: Se no início da vida eu soubesse o que sei hoje, quantas faltas teria evitado!, pois há muito sabemos o que nos é impróprio e o que nos faz mal. Se fazemos é por que somos masoquistas e tolos.

Mas com certeza, com a ajuda de nosso Anjo da Guarda e dos Espíritos amigos e familiares, seremos fortes contra a nossa própria incúria que nos faz mal hoje e seremos mais felizes numa próxima vida sem deixar de resgatar os males contra o próximo e contra nós mesmo.

Para isso, devemos fazer de Jesus o modelo, pois, na curta viagem que fez por aqui, deu exemplo de fé, esperança e consciência cósmica. Ensinou-nos a sermos amigos uns dos outros, a perdoar, a sermos humildes, brandos e pacíficos, fervorosos, objetivos e conscientes da vida futura que nos espera. Deu-nos o elixir contra a dor.

Precisamos ser seus discípulos mais disciplinados, estudiosos e praticar a caridade, dando conta de nossa missão na Terra, que, antes de qualquer coisa, é nos reformarmos intimamente. Enfim, fazer valer a pena uma vida toda pela frente que nos foi concedida mais uma vez por Deus.

Que Deus nos ajude...

Paz e alegrias....


Domício.