quinta-feira, 29 de outubro de 2009

AFLIGES-TE

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AFLIGES-TE

EMMANUEL
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 2 do Cap. V do ESE


AFLIGES-TE com a vizinhança do parente menos simpático.
Esqueces-te, no entanto, dos que vagueiam sem rumo.

AFLIGES-TE com leve dor de cabeça que o remédio alivia.
Esqueces-te, porém, dos que carregam a provação da loucura na grade dos manicômios.

AFLIGES-TE por perder a condução, no momento oportuno.
Esqueces-te, entretanto, dos que jazem detidos em catres de sofrimento, suspirando pelo conforto de se arrastarem.

AFLIGES-TE pelo erro sanável da costureira, na vestimenta que encomendastes.
Esqueces-te, contudo, daqueles que ostentam a pele ultrajada de chagas, sem se queixarem.

AFLIGES-TE em casa porque alguém te não fez o prato de preferência.
Esqueces-te, todavia, dos que varam a noite, atormentados de fome.

AFLIGES-TE com as travessuras do filhinho desajustados.
Esqueces-te, contudo, das crianças perdidas, ao sabor da intempérie.
AFLIGES-TE por insignificantes deveres no ambiente doméstico.
Esqueces-te, porém, dos que choram sozinhos, no leito dos hospitais.

AFLIGES-TE, tantas vezes, por bagatelas!...
Fita, no entanto, a retaguarda e, reparando as aflições dos outros, agradecerás ao SENHOR a própria felicidade que não conseguias ver.

MINHA REFLEXÃO
Em palavras do vulgo, Emmanuel quis dizer que “reclamamos de barriga cheia”. Esse planeta é de provas e expiações, por isso a exortação da bem aventurança relativa aos aflitos.
Não devemos nos prender as palavras, entendendo que temos sofrer para sermos felizes, para merecermos o reino de Deus. Jesus falava para nós que pela nossa evolução e desmandos em vidas passadas, vivemos em um mundo de provas e expiações e merecemos o que sofremos. Ou seja, se temos que sofrer por isso, que soframos resignados e conscientes de que estamos nos resguardando de males piores que poderemos viver se não formos dóceis à Justiça Divina.
PAZ E ALEGRIAS
QUE DEUS ME AJUDE

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

DE TOCAIA

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DE TOCAIA



HILÁRIO SILVA
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 3 do Cap. X do ESE


Luís Borges, denodado tarefeiro da Causa Espírita, em S. Paulo, atravessava calmamente a Av. S. João, na capital bandeirante, quando foi alvejado por um tiro de revolver, estabelecendo-se o rebuliço.
Populares e guardas. Assobios e exclamações.
Pobre moço desconhecido e armado foi preso e trazido à presença da vítima.
Borges mostrava-se assustado, mas sereno. A bala atingira simplesmente o livro que sobraçava de mão encostada ao peito. E esse livro era “O Evangelho segundo o Espiritismo”, com que se dirigira a certa reunião em favor de um enfermo.
– Peço desculpas. O tiro foi casual – rogou o jovem, pálido.
Os policiais, contudo, retinham-no, furiosos.
Luís Borges, no entanto, buscando a paz, abriu o volume chamuscado e falou:
– Vejamos a mensagem do Evangelho.
E ante o assombro geral, leu, na página aberta, as belas referências do Capítulo X, “Bem-aventurados os que são misericordiosos”:
– “Então, aproximando-se dele, disse-lhe Pedro: - Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão quando houver pecado contra mim? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: – Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete.”
Quando Borges terminou a ligeira leitura, o moço preso ajoelhou-se na rua e começou a soluçar. Só então explicou que ali se achava de tocaia para assassinar o próprio irmão que o havia prejudicado num processo de herança e prometeu desistir de semelhante propósito para sempre.

MINHA REFLEXÃO

Perdoar é uma das virtudes de maior engrandecimento, pois anula o egoísmo e o orgulho, a ira e intolerância. Quem perdoa, ganha mais da vida, pois não perde tempo preso a um momento de invigilância e falta de caridade de alguém.
A maior prova e mais meritório ainda é perdoar continuamente a mesma pessoa. Quando se age dessa forma, de certo modo, o perdoador age como agiria com seu filho ou irmão consangüíneo.
Jesus orienta que jamais façamos escândalos com quem nos faz mal. Antes disso, Ele orienta que o chamemos em particular para que desse modo ganhemos um amigo.
O perdão é um artifício de ganhar amigo!!!
Quando se trata de um familiar que nos faz mal, a ação de perdoar é o único meio de alargarmos a nossa família espiritual. Eis o objetivo da reencarnação: aumento e fortalecimento dos laços de família do ponto de vista espiritual. (ESE, CAPÍTULO IV - NINGUÉM PODERÁ VER O REINO DE DEUS SE NÃO NASCER DE NOVO, Item 18)
PAZ E ALEGRIAS.