quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

PERDOA, SIM!?

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PERDOA, SIM!?


MEIMEI
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 15 do Cap. X do ESE

O desconhecido passou, de carro, enlameando-te a veste, como se toda a rua lhe pertencesse... Compadece-te dele. Corre, desabalado, à procura de alguém que lhe socorra o filhinho nos esgares da morte.
Linda mulher, que pérolas e brilhantes, segue a teu lado, parecendo fingir que te não percebe a presença... Compadece-te! Ela tem os olhos embaciados de pranto e não chegou a ver-te.
Jovem, admiravelmente bem-posto, cruzou contigo endereçando-te palavra de sarcasmo e de injúria... Compadece-te! Ele tem os passos no caminho do hospício e ainda não sabe.
O amigo que mais amais negou-te um favor... Compadece-te dele! Não lhe vês a dificuldade encravada no coração.
Companheiros do mundo!... Estarão contigo, notadamente no lar, filhos e irmãos... Muita vez, levantam-se de manhã, chorosos e doloridos, aguardando um sorriso de entendimento, ou chegam do trabalho, fatigados e tristes, esmolando compreensão.
Todos trazem consigo aflições e problemas que desconheces.
Ergue a própria alma e auxilia sempre!... Indulgência para todos! Bondade para com todos!...
E, se algum deles te fere diretamente a carne ou a alma, não levantes o braço ou a voz a revidar.
Busca no silêncio a inspiração do Senhor, e o Mestre como se estivesse descendo da cruz em que pediu perdão para os próprios verdugos, te dirá compassivo:
- Perdoa, sim! Perdoa sempre, porque, em verdade, aqueles que não perdoam também não sabem o que fazem...

MINHA REFLEXÂO

Muitas vezes não sabemos o que se passa no coração de alguém ou como está a sua vida íntima para se comportar negativamente como nos comportaríamos se tivéssemos em seu lugar. Quem sabe no comportaríamos de maneira bem mais reprovável. Isso nos convida a pensar sobre o perdão.
Paulo, o apóstolo, no Cap. X – Bem Aventurados os Misericordiosos – do Evangelho Segundo o Espiritismo nos abre a mente sobre o perdão considerando que “perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo. Perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade”.
A mensagem do Espírito Meimei nos lembra das pequenas situações em que podemos ser mais indulgentes com as fraquezas e falta de jeito dos outros, procurando entendê-los quando inadvertidamente nos causa algum constrangimento ou sentimento de censura. Aquilo que parece nem sempre é, e nos comportamos como se fosse.
Uma pessoa que se encontra nas situações que a Meimei nos lista merece de nós uma prece, em vez de uma reprimenda ou censura que sai no impulso imediato. Em vez de orar por ela, em geral, comprometemos mais ainda seu campo mental/emocional com as nossas vibrações negativas direcionadas a ela ou querendo ensinar algo de maneira ostentosa como se não falhássemos. Dessa forma passamos a ser também necessitados não só de seu perdão, mas principalmente do perdão de Deus.
Na relação com os que dizemos querer bem, e às vezes exageradamente dizemos que os amamos, podemos refletir alguns pontos no que diz respeito ao perdão que devemos praticar uns com relação aos outros.
Ocorre que ao discordarmos, às vezes inflexivelmente, dessas pessoas que dizemos ser queridas, não levando em conta suas pequenas, mas significantes peculiaridades, criamos motivos para eles façam o mesmo conosco.
Entender as pessoas, em particular as queridas, significa nos colocarmos no lugar delas e criar motivos em nós que possam dar elas demonstrações de verdadeira amizade, que são frutos de um amor que não julga e não quer ensinar, mas torna a relação mais afetiva e de recíprocas trocas de considerações. Às vezes o que nos é pedido é tão pouco, mas preferimos desconsiderar o pedido e nos comportamos exclusivamente do nosso modo, não importando se vamos desagradar o ente querido ou com quem convivemos.
Na prática, preferimos querer ensinar e/ou demovê-los de suas “estranhices” que nos incomodam, nos esquecemos que somos também analisados por eles.
Então, uns contrariam os outros, causando-lhes emoções negativas, ou uma mágoa, pelo confronto que se estabelece em que um procura justificar-se pelo seu comportamento de forma incompreendida pelo outro.
Um clima difícil se forma pedindo a renúncia e/ou o silencio de alguém.
Isso significa uma perda de tempo e energias que poderia estar sendo usada no serviço do bem e no trabalho diário.
Precisamos ainda muito aprender a conviver com os outros, mesmo entre amigos e/ou familiares. O que dizer com os inimigos?
PERDÃO É TUDO!!
PAZ E ALEGRIAS!!!
FELIZ ANO NOVO A TODOS E A TODAS QUE ME VISITAM SILENCIOSAMENTE

domingo, 21 de dezembro de 2008

VIGÍLIA MATERNAL

Questão n. 890 do Livro dos Espíritos – Será uma virtude o amor materno, ou um sentimento instintivo, comum aos homens e aos animais? Resp. – Uma coisa e outra. A natureza deu à mãe o amor a seus filhos no interesse da conservação deles. No animal, porém, esse amor se limita às necessidades materiais; cessa quando desnecessários se tornam os cuidados. No homem, persiste pela vida inteira e comporta um devotamento e uma abnegação que são virtudes. Sobrevive mesmo à morte e acompanha o filho até no além-túmulo. Bem vedes que há nele coisa diversa do que há no amor do animal.

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VIGÍLIA MATERNAL


MEIMEI
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 18 do Cap. IV do ESE


Sorve, em lágrimas silenciosas, o cálice da amargura, ante o filho desobediente, e notas no coração que o amor e a dor palpitam juntos em paroxismo e profundezas.
Desencantada com as leves nódoas de indignidade que lhe entreviste no caráter, reparas, chorando, que ele não é mais a aparição celeste dos primeiros dias, e, ao ponderar-lhe a falência iniciante, temes a liberdade que o tempo lhe concederá na construção do destino.
Pretextando querê-lo, não te rendas à feição de praça vencida... Conquanto carregues o espinho da angústia engastado na alma, é preciso velar no posto de sentinela.
Não deformes o sentimento que te pulsa no peito.
Fortalece a própria vontade, governando-lhe os impulsos.
Ceder sempre, no fundo, é menosprezar.
Sê previdente, aparando-lhe os caprichos.
Acende a luz da prece e medita nas dores excruciantes que alcançaram também a Doce Mãe de Jesus e ergue a voz no corretivo às irreflexões e aos anseios imoderados que o visitam, se queres fazer dele um Homem.
Dosa o sal da energia e o mel da brandura, nos condimentos da educação.
Nem liberdade desordenada, nem apego excessivo.
Se teu filho é tua cruz, lembra-te de que, na Terra não há nascimento de santos. Almas em luta consigo mesmas, é compreensível vivamos todos nós, não raro, em luta uns com os outros, nos passos ziguezagueantes da experiência.
Sê operosa e humilde, sem ser escrava.
Não cultives desgostos.
Não fites ingratidões, nem coleciones queixumes.
A missão divina da maternidade apóia-se na força onipotente do amor.
Envolve teu filho na palavra de benção, que vence o orgulho, e na luz do exemplo que dissipa as sombras da rebeldia.
Faze que se lhe desenvolvam os sentimentos bons do coração, que o musgo dos séculos recobriu e ocultou.
Não te faças borboleta do sonho, quando a vida te pede vigílias de guardiã.
No rio da existência humana, os espíritas são as gotas d’água que se transformam em lâminas de arremesso contra as pedras dos obstáculos, talhando caminhos novos.
O Espiritismo gera consciências livres. Prova a teu filho semelhante verdade pelas próprias ações de renúncia e discernimento, conjugando o bálsamo do carinho com a rédea da autoridade.
Não queiras transformá-lo, à força, em escolhido, dentre aqueles chamados pelo Senhor.
Filhos do Eterno, todos somos cidadãos da Eternidade e somente elevamos a nós mesmos, a golpes de esforço e trabalho, na hierarquia das reencarnações.
Assim, pois, embora muita vez torturada na abnegação incompreendida, mostra a teu filho que a Lei Divina é insubordinável e que todo espírito é responsável por si próprio.

MINHA REFLEXÃO

Os laços de família são fortalecidos pela reencarnação e rompidos pela unicidade da existência (Cap. IV, Item 18 em diante, do Evangellho Segundo o Espiritismo). Eis o ensinamento espírita sobre a reencarnação. Vivemos em luta pelo nosso aperfeiçoamento e nem sempre reencarnamos com Espíritos afins, mas, com certeza, se viemos morar junto em família, foi por que Deus oportunizou um estreitamento de laços com aqueles que juntos vivemos momentos de queda no passado.
A reencarnação tem esse fim, fazendo parte de uma programação evolutiva para cada Espírito que reencarna. Segundo os nossos irmãos espirituais mais evoluídos, temos na Espiritualidade uma família sólida pela afinidade do pensamento. Nem sempre descemos a viver em família na Terra, mas ao deixarmos o corpo nos reencontramos e alimentamos a fraternidade existente entre nós.
Na Terra devemos buscar aumentar essa família nos reconciliando com os nossos adversários do passado e/ou reencaminhando a quem ajudamos a cair. Então, é aí que surgem os problemas com filhos e/ou irmãos consangüíneos difíceis. Em se tratando das mães que em si brota um sentimento de preocupação, às vezes excessivo, que é premiado pela decepção da desobediência por parte do filho que mais dá preocupação, é que o Espírito Anália Franco vem através dessa belíssima mensagem orientar as mães que sofrem desse padecimento diuturno e sacrificante.
Não há como transformar uma pessoa, pois isso depende muito mais dela do que de qualquer pessoa, em particular, os pais. Os pais podem muito ajudar nesse desiderato oferecendo a evangelização infanto-juvenil, auxiliando no diálogo e dando exemplos de cuidado com a sua própria transformação moral. Isso deveria ser bem evidente ao longo da infância, seguida da adolescência. Mas nem sempre isso se dá, pois os pais são também imperfeitos, e muitas vezes o filho se volta contra os pais quando o evidencia em erros que caracterizam a sua imperfeição, como se pedisse que não se importasse com o seu modo de viver, já que eles não são também perfeitos.
Isso se traduz em desgostos paternais e pode nascer, mais nos pais que nas mães, um sentimento de abandono. Nesse caso, buscamos o Livro dos Espíritos que nos esclarece na questão 892:
Quando os filhos causam desgostos aos pais, não têm estes desculpa para o fato de lhes não dispensarem a ternura de que os fariam objeto, em caso contrário? Resp.: Não, porque isso representa um encargo que lhes é confiado e a missão deles consiste em se esforçarem por encaminhar os filhos para o bem (552-583). Demais, esses desgostos são, amiúde, a conseqüência do mau feitio que os pais deixaram que seu filhos tomassem desde o berço. Colhem o que semearam.”

Entretanto, há casos em que, os pais tendo conduzido os filhos à evangelização e mostrado sempre o caminho mais conveniente para um progresso espiritual, nem sempre pelo exemplo, mas nunca descuidando pela palavra, o filho, assim, mesmo causa desgostos por chegar à fase adulta com comportamentos contrários ao que lhe foi orientado na infância e adolescência.
Pela imperfeição dos pais, a autoridade se fragiliza e o sofrimento se acentua, em particular para as mães cujos sentimentos de proteção e abnegação são muito maior que o do pai, em geral.
Mas, Deus é misericordioso e não pune os pais pela queda do filho se eles tudo fizeram pelo contrário, como nos esclarece o Espírito Santo Agostinho no Cap. 14 (HONRAI VOSSO PAI E VOSSA MÂE) do Evang. Segundo o Espiritismo numa mensagem intitulada “A ingratidão dos filhos e os laços de família”:
(...) Quando os pais fizeram tudo o que deviam para o adiantamento moral dos filhos, e, apesar de tudo, não alcançaram êxito, sua consciência poderá ficar tranqüila, e é natural o desgosto que sintam por verem fracassados todos os esforços feitos. Deus lhes reserva uma grande, uma imensa consolação, na certeza de que isso é apenas um atraso, e que lhes será permitido terminar, em uma outra existência, a obra começada nesta, e que um dia o filho ingrato os recompensará com o seu amor”.

PAZ E ALEGRIAS PARA TODOS E TODAS, UM NATAL COM O CRISTO E UM ANO NOVO CHEIO DE PROSPERIDADE E AVANÇO MORAL

sábado, 29 de novembro de 2008

CÓLERA



Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. (S. MATEUS, 5:5.).

Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (S. MATEUS, 5:9.)




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CÓLERA




ANDRÉ LUIZ
Psicografia de Chico Xavier
Sobre o Item 10 do Cap. IX do ESE




A cólera apresenta dez negativas complexas que induzem a melhor das criaturas à pior das frustrações.

1 – Não resolve.
Agrava
2 – Não resgata.
Complica
3 – não ilumina.
Escurece
4 – não reúne.
Separa.
5 – Não ajuda.
Prejudica
6 – Não equilibra.
Desajusta.
7 – Não reconforta.
Envenena.
8 – Não favorece.
Dificulta
9 – não abençoa.
Maldiz.
10 - Não edifica.
Destrói.


Evite a cólera como quem foge ao contacto destruidor de alta tensão.
Mas, se você amanhece de mau humor, antes que o flagelo se instale de todo na sua cabeça e na sua voz, comece o dia rogando à Divina Bondade o socorro providencial de uma laringite.

MINHA REFLEXÃO

Ao ler essa mensagem, lembro das vezes que me dei ao luxo de ser levado pela cólera e cometido atos que em condições normais até julgaria quem o fizesse. Em particular nos últimos meses.
Nasci com ímpetos belicosos, dado a brigar na vizinhança, colocar gente para correr. Mas fui amansando ao longo da minha adolescência a tal ponto que dava uma barra de chocolate para fugir de uma briga. Entretanto, entendia que apenas estava acumulando energias que poderiam ser perigosas se fossem deixadas transparecer. Cheguei a sonhar nesse período sendo impedido de golpear uma pessoa com um murro por uma força invisível.
Hoje, penso que estou em prova, pois a impaciência e a intolerância têm vindo à flor da pele sem controle. Nada que fira fisicamente as pessoas, mas... Oro todos os dias para que eu possa domar essa força que às vezes não consigo dominar. Quando vejo já eclodiu. Coisa de Espírito Velho.
Achava que tinha outras coisas mais sérias a ser resolvidas nessa existência, mas hoje concluo, que mais do que qualquer coisa, o que mais devo perseguir nessa existência como uma prova a ser passada, é a falta de brandura e tolerância. Não sei se é por estar sobrecarregado de trabalho e ao mesmo tempo passando por uma séria dificuldade. O certo é que mesmo sendo otimista, às vezes me vejo reclamando de forma muito negativa.

Desejo PAZ E ALEGRIAS para todos os meus visitantes silenciosos e pacíficos
.

DEUS EM NÓS


Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à
porta e se vos abrirá; porquanto, quem pede recebe
e quem procura acha e, àquele que bata à
porta, abrir-se-á.
Qual o homem, dentre vós, que dá uma pedra
ao filho que lhe pede pão? – Ou, se pedir
um peixe, dar-lhe-á uma serpente? – Ora, se,
sendo maus como sois, sabeis dar boas coisas
aos vossos filhos, não é 1ógico que, com mais
forte razão, vosso Pai que está nos céus dê os
bens verdadeiros aos que lhos pedirem?
(S. MATEUS, 7:7 a 11.)
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DEUS EM NÓS


EMMANUEL
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 1 do Cap. XXV

“E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias”. – ATOS, 19:11


Quem pode delimitar a extensão das bênçãos que dimanam da Altura?
Por ser sempre de origem inferior, o mal é limitado como todas as manifestações devidas exclusivamente às criaturas; o bem, no entanto, possui caráter divino e, semelhante aos atributos do Pai Excelso, traz em si a qualidade de ser infinito em qualquer direção.
Antes de tudo, vigora a intenção sincera do espírito no ato que procura executar.
Assim, utiliza as próprias possibilidades a serviço da Vontade Divina, oferecendo o coração às realizações com Jesus, e o ilimitado surgir-te-á gradativamente nas faixas da experiência, sob a forma de esperança e consolação, júbilo e paz.
Por mais sombrios te pareçam aos ideais de hoje os dias do passado, não te entregues ao desânimo.
Ergue os sentimentos e conjuga as próprias ações ao novo roteiro entrevisto.
Após a purificação necessária, a água mais poluída da sarjeta se torna límpida e cristalina como se jamais houvesse experimentado o convívio da impureza.
O presente é perene traço de união entre os resquícios do pretérito e uma vida futura melhor.
Plasma em ti mesmo as forças reconstrutivas de tuas novas resoluções, para que se exprimam em obras de aprimoramento e de amor.
Reconhecendo a nossa origem na Fonte de Todas as Perfeições, é natural que podemos e precisamos realizar em torno de nós as obras perfeitas a que estamos destinados por nossa própria natureza.
Eis o valor do registro dos Atos dos Apóstolos ao recordar-nos a magnitude das tarefas de Paulo, quando o Iniciado de Damasco se dispôs a caminhar, auxiliando e aprendendo, no holocausto das próprias energias à exaltação do bem.
As mãos, tanto quanto o conjunto de instrumentos e possibilidades de que nos servimos na vida comum, esperam passivamente o ensejo de se aplicarem aos Desígnios Superiores, segundo as nossas deliberações pessoais.
Quando agimos no bem, sentimos a presença de Deus em nós.
Medita no emprego dos teus recursos no campo da fraternidade.
Desterra de teu caminho a barreia do desalento e prossegue confiante, vanguarda a fora.
O solo frutifica sempre quando ajudado pelo cultivador.
Usa, pois, o arado com que o Senhor te enriquece as mãos, trabalhando a leira que te cabe, com firmeza e esperança, na certeza de que a colheita farta coroar-te-á os esforços, cada vez mais, desde que permaneças apoiado no propósito seguro de corresponder ao programa de trabalho que o Pai te reserva, na oficina da luz, em busca da Alegria Inalterável.

MINHA REFLEXÃO

Não imaginamos o quanto Deus espera de nós. Com certeza ele não nos criou para usar a liberdade sem que fosse com um fim construtivo. Nos deu todos os conhecimentos necessários e suficientes para sermos felizes o quanto antes, após a criação. No entanto, nos desviamos do caminho do bem e hoje passamos às vezes por dificuldades construídas pelas nossas intemperanças e descuidos conosco mesmos, nos deixando levar pelos descuidos e perversidade dos mais experientes no mal.
A mensagem de Emmanuel nos convida a valorizar cada momento de nossa vida para deixar resplandecer Deus nós, considerando que isso é o que vai fazer sermos felizes o mais cedo possível.
PAZ E ALEGRIAS.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

CRÍTICA

“Se somente amardes os que vos amam, que mérito se vos reconhecerá, uma vez que as pessoas de má vida também amam os que as amam? – Se o bem somente o fizerdes aos que vo-lo fazem, que mérito se vos reconhecerá, dado que o mesmo faz a gente de má vida? – Se só emprestardes àqueles de quem possais esperar o mesmo favor, que mérito se vos reconhecerá, quando as pessoas de má vida se entreajudam dessa maneira, para auferir a mesma vantagem? Pelo que vos toca, amai os vossos inimigos, fazei bem a todos e auxiliai sem esperar coisa alguma. Então, muito grande será a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, que é bom para os ingratos e até para os maus. – Sede, pois, cheios de misericórdia, como cheio de misericórdia é o vosso Deus.” (S. LUCAS, 6:32 a 36.)

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CRÍTICA

ANDRÉ LUIZ
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 2 do Cap. XII do ESE


Se você esta na hora de critica alguém, pense um, antes de iniciar.
Se o parente está em erro, lembre-se de que você vive junto dele para ajudar.
Se o irmão revela procedimento lamentável, recorde que há moléstia ocultas que podem atingir você mesmo.
Se um companheiro faliu, é chegado o momento de substituí-lo em trabalho, até que volte.
Se o amigo está desorientado, medite nas tramas da obsessão.
Se o homem da atividade pública parece fora do eixo, o desequilíbrio é problema dele.
Se há desastres morais nos vizinhos, isso é motivo para auxílio fraterno, porquanto esses mesmos desastres provavelmente chegarão até nós.
Se o próximo caiu em falta, não é preciso que alguém lhe agrave as dores de consciência.
Se uma pessoa entrou em desespero, no colapso das próprias energias, o azedume não adianta.
Ainda que você esteja diante daqueles que se mostram plenamente mergulhados na loucura ou na delinqüência, fale no bem e fuja da crítica destrutiva, porque a sua reprovação não fará o serviço dos médicos e dos juízes indicados para socorrê-los, e, mesmos que a sua opinião seja austera e condenatória, nisso ou naquilo, você não pode olvidar que a opinião de Deus, Pai de nós todos, pode ser diferente.

MINHA REFLEXÃO

Essa mensagem é um convite à indulgência, paciência e humildade a nós que somos dados a reprovar a todos que caem em falha como se não acontecesse conosco, que precisamos também da compreensão dos outros nos momentos de nossas quedas ou falhas com os nossos compromissos.
O Evangelho nos ensina que devemos amar a todos indistintamente, a ponto de amar até os nossos desafetos.
Muitas pessoas nos são antipáticas naturalmente e são esses que se nos configuram a prova dessa virtude que Deus nos oferece no dia a dia.
Trabalhamos em equipe e muitas vezes o nosso trabalho fica emperrado por que alguém da equipe falha e somos convidados a fazer a parte dele, e como fazemos reclamando. Perdemos assim a oportunidade de crescer com a queda do outro, se lembrarmos que um dia pode acontecer conosco, e como acontece...
Este pensamento é muito importante: “Se o próximo caiu em falta, não é preciso que alguém lhe agrave as dores de consciência”, pois não sabemos abraçar o caído, sem antes lhe revolver a ferida da alma... A censura ainda nos é muito peculiar e nessas situações perdemos também a oportunidade de aprender com a queda do outro não nos colocando no lugar dele.
Que sejamos humildes em reconhecer que um dia é o companheiro que falha outro dia somos nós.
Paz e alegrias.....

sábado, 15 de novembro de 2008

MARCOS INDELÉVEIS

Nem todos os que me dizem: Senhor! Senhor! Entrarão no reino dos céus, mas somente aqueles que fazem a vontade de meu Pai que está nos céus.” (S. MATEUS, 7:21)

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MARCOS INDELÉVEIS


EMANNUEL
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 16 do Cap. XVIII do ESE



“As obras que eu faço, em nome de meu Pai, essas

testificam de Mim”. JESUS (JOÃO, 10:25)



Cada trecho do solo demonstra o seu valor na riqueza ou na fertilidade que apresenta...
Cada vegetal é tido na importância de seu cerne, de sua essência, de seus frutos...
Cada animal é conhecido pelas peculiaridades de importância em sua existência...
O Sol constitui para todos os seres fonte inexaurível de vida, calor e luz.
A água significa o sangue do organismo terrestre.
O fogo, no crepitar da lareira ou na devastação do incêndio, demonstra realmente o seu papel inconfundível no campo imenso da Criação.
O juiz é respeitado pela integridade de seus sentimentos ou temido pelas manifestações de venalidade a que se acolhe.
O professor é acatado, consoante o grau de competência que lhe é próprio.
O médico adquire confiança, conforme a sua atitude ao pé dos enfermos.
O coração materno revela a sua íntima excelsitude, no trato natural com os rebentos de seu carinho.
O filho oferece ao mundo, na experiência diária, a extensão de seu amor para com os próprios pais.
A criança, em suas expressões infantis, apresenta invariavelmente o esboço de caráter que plasmou em si mesma através das vidas passadas.
O usurário cria, em torno de si, gelada atmosfera de reprovação pelos sentimentos que nutre no imo do próprio ser.
O leviano carrega consigo constantemente os prejuízos da ociosidade ou do vício, complicando-se na intemperança dos próprios dias.
O céptico representa, onde estiver, a aridez da mente hipertrofiada pelo orgulho infeliz.
O crente, leal a si mesmo, evidencia o poder de sua fé, nas posições assumidas perante os chamamentos do mundo.
Enfim, todas as criações do Excelso Pai testemunham-Lhe a glória no campo infinito da vida e cada Espírito se afirma bem ou mal, aproveitando-as para subir á Luz ou delas abusando para descer ás trevas.
Como aprendizes do Evangelho, portanto, cumpre-nos indagar à própria consciência:
- Que tenho executado na vida como aplicação das bênçãos de Deus?

Não nos esqueçamos, segundo a lição do Senhor, que somente as obras que fizermos, em nome do Pai, é que serão marcos indeléveis de nosso caminho, a testificarem de nós.


MINHA REFLEXÃO


Essa pergunta “Que tenho executado na vida como aplicação das bênçãos de Deus?” nos deixa em xeque, pois muito pouco temos feito em prol dos semelhantes a não ser em prol de nós mesmo, egoisticamente falando. Fazemos o nosso trabalho (por que sem ele não gozamos a vida, mas às vezes trabalhamos tanto e não gozamos do mesmo jeito) e cuidamos só dos nossos familiares, em especial dos que fazem o nosso lar. Às vezes deixamos de lado até os amigos. As obras que são citadas no Evangelho não se restringem a essas. Vão muito além disso.
Se quisermos podemos fazer muito mais pelos que nem conhecemos se dedicarmos um dia/uma hora aos que sofrem os mais diversos tipos de males e que não têm a formação moral que adquirimos na vida ou pelo menos nos foi orientado em algum momento dela.
As pessoas esclarecidas e que tem uma opção religiosa também não pode dizer que não tem tempo para se dedicar um dia/hora da semana para ir ao templo religioso cuidar de si e de outros que o buscam. Não vão por que isso requer disciplina, renúncia e às vezes conflito com alguns de casa. Mas se forçarem, com certeza, encontrarão um jeito de fazer isso, pois os templos, em particular, os espíritas, estão cheios de trabalhadores que não tem o apoio dos familiares, em particular do marido ou esposa. Colocam-se livres para exercer seu livre arbítrio. E as vezes acabam convencendo o cônjuge a ir também.
Temos que sair da apatia de que mal dar para cuidar dos seus. Nossa vida é muito mais útil do que cuidar só dos familiares (em particular dos de casa).
Quem merece o Reino de Deus? Muitos são os chamados (fazemos parte desse grupo) mas pouco serão escolhido(S. MATEUS, 22: 14). Será que faremos parte do segundo grupo?

VAMOS OBRAR? POIS FÉ SEM OBRAS, NÃO POOODE.... RS

PAZ E ALEGRIAS!!
.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

A TOMADA ELÉTRICA

Esse princípio suscita naturalmente a seguinte questão: Sofrem-se as conseqüências de um pensamento mau, embora nenhum efeito produza? Cumpre se faça aqui uma importante distinção. À medida que avança na vida espiritual, a alma que enveredou pelo mau caminho se esclarece e despoja pouco a pouco de suas imperfeições, conforme a maior ou menor boa vontade que demonstre, em virtude do seu livre-arbítrio. Todo pensamento mau resulta, pois, da imperfeição da alma; mas, de acordo com o desejo que alimenta de depurar-se, mesmo esse mau pensamento se lhe torna uma ocasião de adiantar-se, porque ela o repele com energia. É indício de esforço por apagar uma mancha. Não cederá, se se apresentar oportunidade de satisfazer a um mau desejo. Depois que haja resistido, sentir-se-á mais forte e contente com a sua vitória.
Aquela que, ao contrário, não tomou boas resoluções, procura ocasião de praticar o mau ato e, se não o leva a efeito, não é por virtude da sua vontade, mas por falta de ensejo. É, pois, tão culpada quanto o seria se o cometesse. Em resumo, naquele que nem sequer concebe a idéia do mal, já há progresso realizado; naquele a quem essa idéia acode, mas que a repele, há progresso em vias de realizar-se; naquele, finalmente, que pensa no mal e nesse pensamento se compraz, o mal ainda existe na plenitude da sua força. Num, o trabalho está feito; no outro, está por fazer-se. Deus, que é justo, leva em conta todas essas gradações na responsabilidade dos atos e dos pensamentos do homem. (Item 7 do Cap. VIII do ESE)


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A TOMADA ELÉTRICA



JULIO
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 7 do Cap. VIII do ESE


De volta à reencarnação, em breve tempo, sou trazido ao vosso recinto de oração e fraternidade por benfeitores e amigos para que algo vos fale de minha história- amargo escarmento aos levianos do ouvido e aos imprudentes da língua.
Sem ornato verbal de qualquer natureza, em minha confissão dolorosa, passo diretamente ao meu caso triste, à maneira de um louco que retorna ao juízo, depois de haver naufragado na vileza de um pântano.
Há alguns anos, em minha derradeira romagem na Terra, era eu simples comerciário de hábitos simples.
Com pouco mais de trinta anos, desposei Marina, muito mais jovem que eu, e, exaltando a nossa felicidade, construímos nosso paraíso doméstico, numa casa pequena de movimentado bairro do Rio.
Nossa vida modesta era um cântico de ventura, entretecido de esperanças e preces; todavia, porque fosse de ordinário, desconfiado e inquieto, amava minha esposa com doentia paixão.
Marina era muito moça, quase menina...
Estimava as cores festivas, o cinema, a vida social, a gargalhada franca e, por guardar temperamento infantil, a curto espaço teve o nome enliçado à maledicência que fustiga a felicidade, como a sombra persegue a luz.
Em torno de nós, fez-se o “disse-me-disse”.
Se tomávamos um bonde, éramos, quase sempre, seguido de assovios discretos...
Começaram para mim os recados escusos, os telefonemas inesperados, as cartas anônimas e os conselhos de família, reunindo várias acusações.
- “Marina desertara dos compromissos do lar”.
- “Marina era ingrata e infiel”.
- “Marina respirava numa poça de lama”.
- “Marina tornara-se irregular”.
Muita vez, minha própria mãe, zelosa de nosso nome, chamava-me a brios, indicando-me providências.
Amigos segredam-me anedotas irreverentes com sentido indireto.
Acabou-se em casa a alegria espontânea.
Debalde a companheira se inocentava, alertando-me o coração; entretanto, densas trevas possuíam-me o raciocínio, induzindo-me a criar assombrosos quadros em torno de faltas inexistentes.
Como se eu fora puro, exigia pureza em minha mulher. Qual se fosse santo, reclamava-lhe santidade.
Deplorável cegueira humana!
Foi assim que, numa tarde inesquecível para o remorso que me vergastava, tilintou o telefone, buscando-me para aviso.
Três horas da tarde...
Anuncia-me alguém ao cérebro atormentado que um estranho se achava em meu aposento íntimo.
Desvairado, tomei de um revólver e busquei minha casa.
Sem barulho, penetrei nossa câmara e, de olhos embaciados no desespero, vi Marina curvada, ao lado de um homem que se curvava igualmente a dois passos de nosso leito.
Não tive dúvida e alvejei-os, agoniado... Vi-lhes o sangue a misturar-se, enquanto me deitavam olhares de imensa angústia, e, porque não pudesse, eu mesmo, resistir a tamanha desdita, estilhacei meu crânio, com bala certa, caindo, logo após, para acordar no túmulo, agarrado a meu corpo, mazelento e fedentinoso, que servia de engorda a vermes famintos.
Em vão, busquei desvencilhar-me do arcabouço de lama, a emparedar-me na sombra.
Gargalhadas irônicas de Espíritos infelizes cercavam-me a prisão.
Descrever minha pena é tarefa impossível no vocabulário dos homens, porque o verbo dos homens não tem bastante força para pintar o inferno que brame dentro da alma.
Por muito tempo, amarguei meu cálice de aflição e pavor, até que mãos amigas me afastaram, por fim, do cárcere de lodo.
Vim, então, a saber que Marina, sem culpa, fora sacrificada em minhas mãos de louco.
Esposa abnegada e inocente que era, simplesmente pedira a um companheiro da vizinhança consertasse, em nosso quarto humilde, a tomada elétrica desajustada, a fim de passar a roupa que era precisa para o dia seguinte.
Transido de vergonha e enojado de mim, antes de suplicar perdão às minhas pobres vítimas, implorei, humilhado, a prova que me espera...
E é assim que, falando às almas descuidadas que cultivam na Terra o vício da calúnia, venho dizer a todas, na condição de um réu, que para me curar da própria insensatez roguei ao Pai Celeste e me foi concedida a benção de meio século de doença e martírio, luta e flagelação na dor de um corpo cego.

MINHA REFLEXÃO

É lastimável quando um pensamento maldoso nos assola a mente. Numa sociedade também maldosa em que vivemos, em geral, não conseguimos nos manter superior a maledicência e se somos dados a violência física podemos fazer coisas que podem nos fazer arrependidos por longo tempo.
Que antes de darmos sentido ao primeiro impulso pensemos em Deus e nunca venhamos a cometer atos que nos faz muito mais repreensível que aqueles que nós desprezamos pelos seus atos.
Paz e alegrias para nós.....

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

JESUS E VOCÊ

Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo. (S. MATEUS, 11:28 a 30.)




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JESUS E VOCÊ


ANDRÉ LUIZ
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 6 do Cap. VI do ESE


Nosso Mestre não se serviu de condições excepcionais no mundo para exaltar a luz da verdade e a benção do amor.

Em razão disso, não aguarde renovação exterior na vida diária, para ajudar. Comece imediatamente a própria sublimação.

Jesus não tinha uma pedra onde recostar a cabeça. Se você dispõe de mínimo recurso já possui mais que Ele.

Jesus, em seu tempo, não desfrutou qualquer expressão social. Se você detém algum estudo ou titulo, está em situação privilegiada.

Jesus esperou até aos trinta anos para servir mais decisivamente. Se você é jovem e pode ser útil, usufrui magnífica oportunidade.

Jesus partiu aos trinta e três anos. Se você vive na idade amadurecida e dispõe do ensejo de auxiliar, agradeça ao Alto, dando mais de sim mesmo.

Jesus não contou com os familiares nas tarefas a que se propôs. Se você convive em paz no recito doméstico, obtendo alguma cooperação em favor dos outros, bendiga sempre essa dádiva inestimável.

Jesus não encontrou ninguém que o amparasse na hora difícil. Se você recebe o apoio de alguém nos momentos críticos, saiba ser grato.

Jesus nada pôde escrever. Se você consegue grafar pensamentos na expansão do bem, colabore sem tardança para a felicidade de todos.

Vemos, assim, que a vida real nasce e evolui no espírito eterno e não depende de aparências para projetar-se no rumo da Perfeição.

Jesus segue à frente de nós. Se você deseja acertar, basta apenas segui-lo.
Sigamo-lo, pois.

MINHA REFLEXÃO

Jesus foi o mais humildes dos Grandes que pisaram a Terra e cumpriu a sua missão da forma mais eficiente.
Não contou com a estrutura que a maioria precisa pra fazer o que tem que fazer como nós. E muitas vezes com tudo que a gente tem, pouco fazermos por nós mesmos e pelo semelhante.
A inércia ainda faz parte de nós e devemos nos conscientizar que muito podemos fazer se não quisermos nos esconder atrás dos desculpismo que em geral somos adeptos.
Fechamos-nos em torno de nós, da nossa família e de nosso trabalho, como se fossem a única coisa a pensar e fazer. E o pior, nem fazemos bem essas coisas. Não formamos uma boa família e nem sempre fazemos bem o nosso trabalho, apesar dos sucessos (poderíamos fazer muito mais, se tivéssemos em harmonia com tudo que está a nossa volta).
Devemos fazer mais, se quisermos ser seus discípulos, pois com tão pouco, Ele fez muito, mas muito mais....

domingo, 19 de outubro de 2008

PERIGO

Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. (S. MATEUS, 5:5.)


39
PERIGO


EMMANUEL
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 1 do Cap. IX do ESE


Cada vez que a irritação te assoma aos escaninhos da mente, segues renteando sinal de perigo.
Mesmo que tudo pareça conspirar em teu prejuízo, não convertas a emoção em bomba de cólera a explodir-te na boca.
Desequilíbrio que anotes é apelo da vida a que lhe prestes cooperação.
Quando as águas, em monte, investem furiosas sobre a faixa de solo que te serve de habitação, levantas o dique, capaz de governar-lhe os impulsos.
Diante do fogo que te ameaça, recorres, de pronto, aos extintores de incêndio.
Toda vez que o curto-circuito reponta na rede elétrica, desligas a tomada de força para que a energia descontrolada não opere a destruição.
Assim também, quando a prova te visite, não transfigures a língua em chicote dos semelhantes.
Se agressões verbais te espancam os ouvidos, ergue a muralha do dever fielmente executado, em que te defendas contra o assalto da injúria.
Se a calúnia te alanceia, guarda-te em paz, no refúgio da prece.
Se a dignidade ofendida, dentro de ti, surge transformada em aceso estopim para a deflagração da revolta, deixa que o silêncio te emudeça, até que a nuvem da crise te abandone a visão.
Sobretudo à frente de qualquer companheiro encolerizado, não lhe agrave a distonia.
Ninguém cura um louco, zurzindo-lhe o crânio.
Se alguém te lança em rosto o golpe da intemperança de espírito ou se te arroja a pedrada do insulto, desculpa irrestritamente, e, se volta a ferir-te, é indispensável te reconheças na presença de um enfermo em estado grave, a pedir-te o amparo do entendimento e o socorro da compaixão.


MINHA REFLEXÃO


Meu grande desafio dessa existência: ser brando e pacífico. A irritação nos faz tão mal e às vezes nos alimentamos dela, por não cultivarmos em nós a indulgência, a tolerância e a paciência.
Ser brando e pacífico é resultado do desenvolvimento dessas três virtudes em nós.
Realmente, como são perigosas as águas do rio da intemperança. Quando pensamos que não, já nos tomaram de chofre e já nos carregaram nos deixando agitados como ela, carregando tudo que está a sua frente. Só Deus para nos salvar e salvar os que estão nas mesmas margens do rio do desequilíbrio. Só um pouco de evolução para não deixar que o nosso desequilíbrio venha ferir fisicamente os que nos empurram das margens desse rio. Mas com certeza, se estamos nas margens, é porque muito temos que nos corrigir para nos manter bem longe delas.
Equilíbrio, não se constrói de um dia para a noite, e, às vezes, nem de uma existência para outra.
Que Deus me ajude

sábado, 18 de outubro de 2008

A PAIXÃO DE JESUS

“A resistência do que não crê, convenhamos, se deve frequentemente menos a ele do que à maneira pela qual se lhe apresentam as coisas”(ALLAN KARDEC, In: Item 7 do cap.XIX do ESE).

“A inflexibilidade, no dever, não exige frieza de coração. Fujamos ao proselitismo fanatizante, mas, nem por isso, cultivemos nos outros a aversão por nossa fé”(EWERTON QUADRO, In: O Espírito da Verdade, p. 95)



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A PAIXÃO DE JESUS

Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 7 do Cap. XIX do ESE


O Espiritismo não nos abre o caminho da deserção do mundo.
S é justo evitar os abusos do século, não podemos chegar ao exagero de querer viver fora dele. Usufruamos a vida que Deus nos dá, respirando o ar das demais criaturas, nossas irmãs.
Para seguir apropria consciência, podemos dispensar a virtude intocável que forja a santidade ilusória.
Não sejamos sombras viva, nem transformemos nossos lares em túmulos enfeitados por filigramas de adoração.
Nossa fé não é campo fechado à espontaneidade.
Encarnados e desencarnados precisamos ser prudentes, mas isso não significa devamos reprimir expansões sadias e não nos abracemos uns aos outros. A abstinência do mal não impõe restrições ao bem.
Assim como a virtude jactanciosa é defeito quanto qualquer outro, a austeridade afetada é ilusão semelhante às demais.
Não façamos da vida particular uma torre de marfim para encastelar os princípios superiores ou estado de exibição para entronizar o ponto de vista.
A convicção espírita não é insensível ou impertinente.
A inflexibilidade, no dever, não exige frieza de coração. Fujamos ao proselitismo fanatizante, mas, nem por isso, cultivemos nos outros a aversão por nossa fé.
Se o papel de vítima é sempre o melhor e o mais confortável, nem por isso, a título de representá-lo, podemos forçar a nossa existência, transformando em verdugos, à força, as criaturas que nos rodeiam.
Não sejamos policiais do Evangelho, mas candidatemos-nos a servidores cristãos.
Nem caridade vaidosa que agrave a aspereza do próximo, nem secura do coração que estiole a alegria de viver.
Quem transpira gelo, dentro em breve caminhará em atmosfera glacial.
A crença aferrolhada no orgulho desencadeia desastres tão grandes quanto aqueles criados pelo materialismo.
Não sejamos companhias entediantes.
Um sorriso de bondade não compromete a ninguém.
A fé espírita reside no justo meio-termo do bem e da virtude.
Nem o silêncio perpétuo da meia-morte, que destrói a naturalidade, nem a fala medrosa da inibição a beirar o ridículo.
Nem os olhos baixos de santidade artificiosa, nem anseio inexperiente de se impor a todo preço.
Nem cumplicidade no erro, na forma de vício; nem conivência com o mal, na forma de aparente elevação.
Fé espírita é libertação espiritual. Não ensina a reserva calculada que anula a comunicabilidade, constrangendo os outros, nem recomenda a rigidez de hábitos que esteriliza a vida simples. Nem tristeza sistemática, nem entusiasmo pueril.
Abstenhamos-nos da falsa idéia religiosa, suscetível de repetir os desvios de existências anteriores, nas quais vivemos em misticismos acabrunhante. Desfaçamos os tabus da superioridade mentirosa, na certeza de que existe igualmente o orgulho de parecer humilde.
O Espiritismo nos oferece a verdadeira confiança, raciocinada e renovadora; eis por que o espírita não está condenado a atividade inexpressiva ou vegetante. Caridade é dinamismo do amor. Evangelho é alegria. Não é sistema de restringir as idéias ou tolher as manifestações, é vacinação conta o convencionalismo absorvente.
Busquemos o povo – a verdadeira paixão de Jesus -, convivendo com ele, sentindo-lhe as dores, e servindo-o sem intenções secundárias, conforme o “amai-vos uns aos outros” – a senda maior de nossa emancipação.

MINHA REFLEXÃO

Realmente, ser Espírita não nos torna superior às outras pessoas pois que somos tão imperfeitOS quanto elas, considerando que todos estamos num mundo de provas e expiações.
A alegria não deve desaparecer de nossos rostos e nem devemos evitar inflexivelmente a companhia de qualquer um.
Contudo, podemos e temos o direito de conviver somente com as pessoas que nos são caras e nas circunstancias mais apropriadas, caso seja possível organizar isso. Nem sempre isso será possível, pois há momentos inesperados que estaremos no convívio de amigos e/ou familiares, mesmo não gozando dos mesmos prazeres, dos quais discordamos e sabemos ser nocivo às suas saúdes.
Não podemos nos isolar, pois precisamos uns dos outros e não conseguimos nos modificar da noite para a dia. Então, devemos ser conscientes que somos Espíritos em evolução e que por mais que desejemos uma mudança radical em nosso comportamento, não conseguimos êxito de imediato. Ou seja, entraremos em conflito conosco mesmos ou desejaremos nos isolar de nós mesmo quando falharmos.
Os espíritas têm uma grande missão que é passar aos não espíritas que eles são alegres, mesmo estando num ritmo forte de cobrança de mudança de si mesmo, trabalhando em sua reforma íntima.
Seria bom que os grupos espíritas respirassem somente paz e alegrias, mas isso não se consegue, em sua maximização, nem nos lares espíritas.
Mas no futuro com certeza seremos mais alegres e unidos
.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

TRANQUILDADE

NA POSTAGEM DE HOJE NÃO COLOCAREI A MINHA REFLEXÃO APÓS A MENSAGEM ESPIRITUAL.
A CADA ITEM COLOCAREI MINHA REFLEXÃO SOBRE ELE EM CAIXA ALTA, LOGO EM SEGUIDA.
VEJAM O VIDEO SOBRE A PAZ QUE POSTEI AQUI TB(no final da postagem). Ele pode ser encontrado originalmente em http://www.videoespiritas.com/ e coloquei tb em http://macieldm.spaces.msn.com/


Não vos afadigueis por possuir ouro, ou prata, ou qualquer outra moeda em vossos bolsos. - Não prepareis saco para a viagem, nem dois fatos, nem calçados, nem cajados, porquanto aquele que trabalha merece sustentado (SÃO MATEUS, CAP. X)

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TRANQUILIDADE


ANDRÉ LUIZ
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 9 do Cap. XXV do ESE


1 - Comece o dia na luz da oração.
O amor de Deus nunca falha.
NORMALMENTE, COMEÇAMOS ASSIM, MAS COMO SOMOS INVIGILANTES!!!

2 - Aceite qualquer dificuldade sem discutir.
Hoje é o tempo de fazer o melhor.
OS PROBLEMAS NOS FAZEM MAIS AMADURECIDOS SE SOMOS PACIENTES COM O PROCESSO ATÉ O SEU FINAL...

3 -Trabalhe com alegria.
O preguiçoso, ainda mesmo quando se mostre num pedestal de ouro maciço, é um cadáver que pensa.
O TRABALHO QUE TEMOS É O QUE MERECEMOS PARA O MOMENTO. DEMOS GRAÇAS A DEUS E TRABALHEMOS COM ALEGRIA, SEM A INÉRCIA DE PROCURAR OUTRO, CASO ASPIRAMOS OUTRA SEARA MAIS COERENTE COM O NOSSO PERFIL.

4 - Faça o bem quanto possa.
Cada criatura transita entre as próprias criações.
AS NOSSAS REALIZAÇÕES/CRIAÇÕES SÃO NOSSSAS REPRESENTAÇÕES MAIS VIVAS.

5 - Valorize os minutos.
Tudo volta, com exceção da hora perdida.
A TERRA NÃO GIRA, JAMAIS, NO SENTIDO CONTRÁRIO. NÃO TENHO VALORIZADO MUITO OS MEUS.

6 - Aprenda a obedecer no culto das próprias obrigações.
Se você não acredita na disciplina, observe um carro sem freio.
A DISCIPLINA CONSTRUTIVA NOS LEVA AO BEM ESTAR E A FELICIDADE

7 - Estime a simplicidade.
O luxo é o mausoléu dos que se avizinham da morte.
A SIMPLICIDADE NOS APROXIMAM MAIS DO NOSSO PRÓXIMO.

8 - Perdoe sem condições.
Irritar-se é o melhor processo de perder.
A IRRITAÇÃO É FILHA DA INTOLERÂNCIA, E ESSA, FILHA DO DISTANCIAMENTO DO AMOR AO PROXIMO.

9 - Use a gentileza, mas, de modo especial, dentro da própria casa.
Experimente atender aos familiares como trata as visitas.
A GENTILEZA ESTÁ LIGADA A PACIENCIA, TOLERÂNCIA E A INDULGÊNCIA

10 - Em favor de sua paz, conserve fidelidade a si mesmo.
Lembre-se de que, no dia do Calvário, a massa aplaudia a causa triunfante dos crucificadores, mas o Cristo, solitário e vencido, era a causa de Deus.
A FIDELIDADE A NÓS MESMOS TRADUZ O PENSAR NA VIDA FUTURA E O AMOR A SI MESMO.
PAZ E ALEGRIAS PARA TODOS OS VISITANTES.
QUE DEUS OS ABENÇOE E OS TORNEM BRANDOS E PACÍFICOS

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O FILHO DO ORGULHO

Vimos preparar os caminhos para que as profecias se cumpram. Quando o Senhor vos der uma manifestação mais retumbante da sua clemência, que o enviado celeste já vos encontre formando uma grande família; que os vossos corações, mansos e humildes, sejam dignos de ouvir a palavra divina que ele vos vem trazer; que ao eleito somente se deparem em seu caminho as palmas que aí tenhais deposto, volvendo ao bem, à caridade, à fraternidade. Então, o vosso mundo se tornará o paraíso terrestre.(LARCODAIRE-ESPÍRITO,1863 – ESE, IN: CAP. VII, ITEM 11)
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O FILHO DO ORGULHO

CAIBAR SCHUTEL
Psicografada por Waldo Vieira
Sobre o Item 11 do Cap. VII do ESE

O Melindre – filho do orgulho – propele a criatura a situar-se acima do bem de todos. É a vaidade que se contrapõe ao interesse geral.
Assim, quando o Espírita se melindra, julga-se mais importante que o Espiritismo e pretende-se melhor que a própria tarefa libertadora em que se consola e esclarece.
O melindre gera a prevenção negativa, agravando problemas e acentuando dificuldades, ao invés de aboli-los. Essa alergia moral demonstra má-vontade e transpira incoerência, estabelecendo moléstias obscuras nos tecidos sutis da alma.
Evitemos tal sensibilidade de porcelana, que não tem razão de ser.
Basta ligeira observação para encontrá-la a cada passo: É o diretor que tem a sua proposição refugada e se sente desprestigiado, não mais comparecendo às assembléias.
O médium advertido construtivamente pelo condutor da sessão, quanto à própria educação mediúnica, e que se ressente, fugindo às reuniões.
O comentarista admoestado fraternalmente para abaixar o volume da voz e que se amua na inutilidade.
O colaborador do jornal que vê o artigo recusado pela redação e que esse supõe menosprezado, encerrando atividade na imprensa.
A cooperadora da assistência social esquecida, na passagem de seu aniversário, e se mostra ferida, caindo na indiferença.
O servidor do templo que foi, certa vez, preterido na composição da mesa orientadora da ação espiritual e se desgosta por sentir-ser infantilmente injuriado.
O doador de alguns donativos cujo nome foi omitido nas citações de agradecimento e surge magoado, esquivando-se a nova cooperação.
O pai relembrado pela professora das aulas de moral cristã, com respeito ao comportamento do filho, e que, por isso, se suscetibiliza, cortando o comparecimento da criança.
O jovem aconselhado pelo irmão amadurecido e que se descontenta, rebelando-se contra o aviso da experiência.
A pessoa que se sente desatendida ao procurar o companheiro de cuja cooperação necessita, nos horários em que esse mesmo companheiro, por sua vez, necessita de trabalhar a fim de prover a própria subsistência.
O amigo que não se viu satisfeito ante a conduta do colega, na instituição, e deserta, revoltado, englobando todos os demais em franca reprovação, incapaz de reconhecer que essa é a hora de auxílio mais amplo.
O espírita que se nega ao concurso fraterno somente prejudica a si mesmo.
Devemos perdoar e esquecer se quisermos colaborar e servir.
A rigor, sob as bênçãos da Doutrina Espírita, quem pode dizer que ajuda alguém? Somos sempre auxiliados.
Ninguém vai a um templo doutrinário para dar, primeiramente. Todos nós aí comparecemos para receber, antes de mais nada, sejam quais forem as circunstâncias.
Fujamos à condição de sensitivas humanas, convictos de que a honra reside na tranqüilidade da consciência, sustentada pelo dever cumprido.
Com a humildade não há o melindre que piora aquele que o sente, sem melhorar a ninguém.
Cabe-nos ouvir a consciência e seguí-la, recordando que a suscetibilidade de alguém sempre surgirá no caminho, alguém que precisa de nossas preces, conquanto curtas ou aparentemente desnecessárias.
E para terminar, meu irmão, imagine se um dia Jesus se melindrasse com os nossos incessantes desacertos...


MINHA REFLEXÃO

Larcordaire, o autor da mensagem inspiradora da mensagem de Cairbar Schutel, fez uma belíssima pagina sobre a dicotomia orgulho e humildade. A mensagem sobre esse tema, no ESE, está no Cap. VII, intitulado Bem-Aventurados os pobres de espíritos. Então, Cairbar Schutel traz a reflexão para o contexto da Casa Espírita e nos faz lembrar de nossos melindres, próprios de pessoas orgulhosas que querem ser lembradas com a devida importância que elas mesmas sentem merecedoras.

O agrupamento humano de um centro espírita representa uma secção da humanidade terrena ainda muito imperfeita e por isso ainda é possível encontrar nele todas as formas de melindres citadas pelo Espírito Cairbar Schutel.

Entretanto, apesar de muitos se afastarem por esse motivo, encontramos na seara espíritas verdadeiros guerreiros contra o seu próprio orgulho que aprendem também na relação com o outro, na convivência diária do centro espírita. Esses são os verdadeiros espíritas, que acreditam na doutrina espírita como uma revelação muito além de seus próprios interesses.

Sejamos espíritas, em particular, na casa espírita, que é uma das extensões do lar, onde também temos que rechaçar o nosso orgulhos, em especial, se formos os pais.
Abraços aos leitores.
Comentem!!! Alterei a configuração para que qualquer um, mesmo sem senha do google, possa comentar nesse espaço de reflexão espírita.

domingo, 28 de setembro de 2008

SE VOCÊ FIZER FORÇA

Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes. (S. MARCOS, 11:24.)

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SE VOCÊ FIZER FORÇA

ANDRÉ LUIZ
PSICOGRAFADA POR CHICO XAVIER
Sobre o Item 8 do Cap. XXVII do ESE


Diz você que não pode respirar o clima de luta na experiência doméstica; entretanto, se fizer força no cultivo da renúncia santificante, fará da própria casa um refúgio de amor.
Diz você que não mais suporta o amigo desajustado, mas, se fizer força, no exercício da tolerância, é possível consiga convertê-lo amanhã em colaborador ideal.
Diz você experimentar imenso cansaço, diante do chefe atrabiliário e inconseqüente; contudo, se fizer força, sustentando a paciência, obterá nele, ainda hoje, um amigo fiel.
Diz você que não adianta ensinar o bem; no entanto, se fizer força para exemplificar o que ensina, atingirá realizações de valor inimaginável.
Diz você que se nota assaltado por enorme desânimo na pregação construtiva. Entretanto, se fizer força, na sementeira da educação, transfigurará o seu verbo em facho de luz.
Diz você estar desistindo da caridade, ante os golpes da ingratidão, mas, se fizer força para prosseguir, ajudando sem exigência, surpreenderá na caridade a perfeita alegria.
Diz você que está doente e nada consegue de nobre e útil. No entanto, se fizer força para superar as próprias deficiências, vencerá a enfermidade, avançando em serviço e merecimento.
Diz você que a conversação já lhe esgotou a reserva nervosa e dispõe-se à retirada para o repouso justo; contudo, se fizer força para continuar atendendo aos ouvintes, olvidando a própria fadiga, ninguém pode prever a extensão da colheita de bênçãos que virá da sua plantação de gentileza e bondade.
O grande bem de todos é feito nos pequenos sacrifícios de cada um.
E se fizermos força para viver, segundo os bons conselhos que articulamos para uso dos outros, em breve tempo transformaremos a Terra em luminoso caminho para a glória real.

MINHA REFLEXÃO

André Luiz lembra da passagem espírita encontrada no ESE (Item 8 do Cap. XXVII) em que uma pessoa está no deserto nas ultimas forças, muito sedento, podendo ser o momento de desfalecimento maior, mas é quando ele reúne forças, levanta-se, e escolhe, por intuição espiritual, um caminho entre dois para chegar em um oásis.
No esclarecimento, Kardec simula duas situações que mostram o caráter de um espírito fervoroso que vê Deus acima acima dele e o daquele egoísta e pretensioso que entende que os seus sucessos são resultados unicamente de suas ações.
Então, no meu entender, André Luiz traça diversas situtações de esmorecimento espiritual que podemos superar pelo esforço próprio, transformando “um limão numa limonada”.
Pelo ensinamento evangélico, quando nos dispomos a fazer algo com determinação, e passamos por uma fase de esmorecimento, devemos reunir forças interiores, que, por sua vez, serão aumentadas pelas as dos nossos bons irmãos espirituais, que nos inspiram ainda sobre as alternativas para superarmos a dor ou o problema que nos aflige naquele momento da luta a ser vencida, sendo esse o nosso desejo maior.
Eu me vi essa semana numa situação de desespero que eu sozinho não poderia resolver. Primeiro busquei uma ajuda que me foi negada, por duas vezes pela mesma pessoa, qdo como por encanto me veio a lembrança de um colega de profissão. Ele se dispôs a ajudar de uma forma tão gratuita e fácil, que me fez pensar que nunca devemos nos sentir abandonados como a pessoa do deserto aparentemente parecia estar. Em situações adversas devemos crer que se pedirmos ajuda ela será dada, de uma forma ou de outra.
Os diversos problemas que são citados na mensagem de André Luiz são oportunidades de crescimento espiritual para cada um de nós seres humanos que encarnou na Terra para ser provado ou expiar as faltas de vidas passadas.
É um verdadeiro convite à reforma íntima.
Graças a Deus.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A DESCOBERTO

Aquele que me confessar e me reconhecer diante dos homens, eu também o reconhecerei e confessarei diante de meu Pai que está nos céus; – e aquele que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei diante de meu Pai que está nos céus. (S. MATEUS, 10:32 e 33.)
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A DESCOBERTO

EMMANUEL
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 13 do Cap XXIV



“...nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se”. Jesus(Mateus, 10:26)


Na atualidade, é deveras significativa a extensão do progresso humano nos variados campos da inteligência.
Pormenores da vida microscópica são vislumbrados por olhos pesquisadores e argutos.
Ninhos do Cosmo Infinito são tateados por delicada instrumentação astronômica.
Aparelhagem múltipla ausculta o corpo físico, desvelando-lhe a intimidade.
Experimentos inúmeros atestam a grandeza de tudo o que existe no seio da própria Terra.
Avançando em todas as direções, o homem alcança eloqüente patrimônio intelectual, senhoreando leis e princípios que agrupam os seres e as coisas, mantendo o equilíbrio e a ordem do Universo.
Entretanto, na razão direta do conhecimento que vai conquistando, o espírito divisa horizontes mais vastos e fascinantes, aguçando o esforço do raciocínio.
Quanto mais conhece, mas se lhe amplia aos olhos a imensidão do desconhecido.
Quanto mais lógica no estudo, mais se lhe patenteia a exigibilidade do próprio discernimento, em face da excelsitude do Todo-Divino.
Alma alguma pode encobrir, para si mesma, as próprias manifestações no quadro da Vida, e, de igual modo, perante a Lei, ninguém consegue disfarçar o menor pensamento.
Tudo pode ser descortinado, sopesado, medido...
Assim, não só a realidade ainda ignorada por nós, como também as mentalizações e os atos de nosso próprio caminho, serão revisados e conhecidos, sempre que semelhante medida se fizer necessária, no local exato e na época oportuna.
“Nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se”, esclarece o Senhor.
Recordemos, assim, o ensinamento vivo em nosso próprio passo, agindo na esfera particular, como quem vive à frente da multidão, porquanto os nossos mínimos movimento, na soledade ou na sombra, podem ser também trazidos ao campo da plena luz.

MINHA REFLEXÃO

A mensagem de Emmanuel se reporta, no seu topo, à parte evangélica que colocamos acima desta postagem. Entretanto, a mensagem, no meu entender se reporta mesmo é a passagem que está logo depois do título da mesma.
Entendo que não vivemos sós nesse mundo, como nos ensina os Espíritos. Existe um outro mundo, que é o real, em que vivem Espíritos que, sem que vejamos, nos observa nos atos mais simples.
Muitas vezes nos esquecemos disso e achamos, ou nos iludimos que há algo na nossa vida que não poderá vir à baila.
Há segredos perversos. Quantos tivemos em vidas passadas que esconderam crimes cruéis, mas que num determinado momento fora descoberto, por que assim tinha que ser?
Há segredos também por mais bonitos que sejam, seria conveniente que não viesse a tona. Mas segredo só dura enquanto podemos guardá-lo. Sempre virá a tona, seja por que esquecemos que fazemos parte de um todo, seja por que há alguém, desse ou do outro plano, que se interessa que seja revelado.
Quando um segredo é revelado é por que, convenientemente, as pessoas devem passar a ter uma outra visão de mundo e das pessoas. Não deve ser mais guardado e sim assumido como algo que deve ser de comum conhecimento de todos. A descoberta deve ser encarada como algo a fazer sentido para todos que passam a saber o que foi revelado. Isso se dá no contexto cientifico ou mesmo pessoal.
Muitas vezes o que foi revelado causa tumulto e até mesmo escândalo. A história prova isso. Mas com o tempo ele é absorvido por todos e passa a ser encarado como algo normal.
Que a paz de Deus seja conosco....

terça-feira, 9 de setembro de 2008

PÁGINA DO CAMINHO

Reconciliai-vos o mais depressa possível como vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho, para que ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao ministro da justiça e não sejais metido em prisão. – Digo-vos, em verdade, que daí não saireis, enquanto não houverdes pago o último ceitil. (S. MATEUS, 5:25 e 26.)

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PÁGINA DO CAMINHO

ALBINO TEIXEIRA
Psicografada por Chico Xavier
Sobre o Item 5 do Cap. X do ESE


Não aguardes o amigo perfeito para as obras do bem.
Esperavas ansiosamente a criatura, na soleira do lar, e o matrimônio trouxe alguém a reclamar-te sacrifício e ternura.
Contavas com teu filho, mas teu filho alcançou a mocidade sem ouvir-te as esperanças.
Sustentavas-te no companheiro de ideal e, de momento para outro, recolheste mistura vinagrosa na ânfora da amizade em que sorvias água pura.
Mantinhas a fé no orientador que te merecia veneração e, um dia, até ele desapareceu de teus olhos, arrebatado por terríveis enganos.
Contudo, embora a dor de perder, continua no trabalho edificante que vieste realizar...
Ninguém reprova o doente porque sofra de mal-humorado.
Ninguém censura a árvore que deixou de produzir porque o lenhador lhe haja decepado os braços frondejantes.
Quase sempre, aqueles que tomamos por afetos mais doces, crendo abraça-los por sustentáculos da luta, simbolizam tarefas que solicitam renúncia e apostolados a exigirem amor.
Não importa o gelo da indiferença, nem o bramido da incompreensão, se buscamos servir.
O coração mais belo que pulsou entre os homens respirava na multidão e seguia só. Possuía legiões de Espíritos angélicos e aproveitou o concurso de amigos frágeis que o abandonaram na hora extrema. Ajudava a todos e chorou sem ninguém. Mas, ao carregar a cruz, no monte áspero, ensinou-nos que as asas da imortalidade podem ser extraída do fardo de aflição, e que, no território moral do bem, alma alguma caminha solitária, porque vive tranqüila na presença de Deus.


MINHA REFLEXÃO


Albino Teixeira se inspirou no Item 5 do Cap. X do ESE, intitulado Bem Aventurados os misericordiosos, onde Alan Kardec interpreta a luz do Espiritismo a passagem evangélica que colocamos no topo dessa postagem.
Segundo a Doutrina Espírita, ao reencarnarmos, fazemos planos que, se bem executados, devem favorecer nosso adiantamento espiritual. Podemos ter acordado conviver com almas que tomamos como filhos do coração por termos em vidas pregressas contribuído para seus descaminhos. Podemos ainda nos consorciar com uma alma que de alguma forma lhes devemos algo no campo da afetividade. Além disso, por questões de relacionamentos nos permitimos conviver com aqueles desafetos do passado delituoso, num ambiente social, seja de trabalho, da vizinhança e as vezes até mesmo religioso.
Eis que no desenvolvimento de nossa missão, aqui ou acolá, nas mais diversas instâncias sociais, já citadas acima, surgem as oportunidades de sermos misericordiosos com aqueles que não contávamos jamais com uma decepção que nos afeta por demais a alma.
Somos e seremos convidados a perdoar-lhes por serem imperfeitos como nós mesmos e por termos lhes dado motivos nessa ou em outras vidas para que não respeitem o que mais significativo possamos ter-lhes dado de nós mesmos independentemente de sermos falíveis e estarmos tanto quanto eles em jornada de aprendizagem e evolução.
Devemos seguir Jesus Cristo que é o maior modelo de misericórdia, pois podia contar os espíritos do mais alto quilate, como nos lembra Albino Teixeira e, no entanto, preferiu contar com seres ainda evolução, para ensejar ensino de maior valor que é o de perdoar a quem mais depositamos confiança e/ou mais investimos com sacrifício na sua aprendizagem.
Precisamos do perdão dos outros, mas evolutivamente, como nos ensinou o nosso iluminado Francisco de Assis, devemos procurar mais “perdoar que ser perdoado, compreender que ser compreendido, amar que ser amado”(...)
Paz e alegrias....

terça-feira, 2 de setembro de 2008

NA SAÚDE, NA DOENÇA

“Amai, pois, vossa alma, mas cuida também do corpo, instrumento da alma. Desconhecer as necessidades que a própria Natureza indica é desconhecer a Lei de Deus.” GEORGE, ESPÍRITO PROTETOR. In: ESE, Cap. XVII, Item 11.

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NA SAÚDE, NA DOENÇA


ANDRÉ LUIZ
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 11 do Cap. XVII


Em toda circunstância, trate a própria saúde, prevenindo-se da doença com os recursos encontrados em você mesmo.
Cada dia é novo ensejo para adquirirmos enfermidade ou curar nossos males.
O melhor remédio, antes de qualquer outro, é a vontade sadia, porque a vontade débil enfraquece a imaginação e a imaginação doentia debilita o corpo.
Doença do corpo pode criar doença da alma e doença da alma pode acarretar doença do corpo.
Vida atribulada nem sempre significa vida bem vivida.
Conquanto a existência em torno possa mostras–se febricitante e turbilhonaria, resguarde-se contra as intempéries emocionais no clima íntimo do próprio ser, ajudando e servindo com alegria ao menos felizes, na certeza de que o enfermiço diligente conserva a integridade mental, muito embora convivendo, dia a dia, com dezenas de enfermos em grandes desequilíbrios.
Somos parte integrante da farmácia do nosso próximo.
Observe as reações que a sua presença provoca no semelhante e pacifique aqueles com quem convive, não só pela palavra, mas até mesmo pela aparência e pelas atitudes, pois com a simples aproximação funcionamos como tranqüilizadores ou excitantes de quem nos cerca, aliviando ou agravando os seus padecimentos físicos e morais...
Muitas doenças nascem da suspeita injustificável.
Seja sincero com você e com os outros na apreciação de sintomas que se reportem a desajustamentos orgânicos, tratando de assuntos dessa natureza, sem alarde e sem exagero.
O maior restaurador de forças é a consciência reta que asserena as emoções.
Se o leito de dor é agasalho imposto ao seu corpo enfermo, lembre-se de que a meditação é santuário invisível para o abrigo do espírito em dificuldade e que a prece refunde e sublima as energias da alma.
Doença é contingência natural, inevitável às criaturas em processo de evolução; por isso, esforce-se por abolir inquietações quanto a problemas de saúde física, atendendo ao equilíbrio orgânico e confiando na Vontade Superior.

MINHA REFLEXÃO
Quando o Espírito André Luiz afirma que “Doença do corpo pode criar doença da alma e doença da alma pode acarretar doença do corpo”, tem a intenção de nos esclarecer, baseado em Georges, que há uma afinidade muito grande entre a alma e o corpo. O perispírito, corpo da alma, intermediário entre a alma e o corpo físico, se ressente de todo mal que fazemos ao nosso corpo e esse, por sua vez, absorve os problemas que acarretam a alma.
O Espírito Georges nos esclarece que devemos procurar o equilíbrio para que os dois possam conviver na mais completa harmonia.
Esse Espírito nos lembra que devemos ser serenos em qualquer lugar que formos e estivermos, pois a nossa influência sobre as pessoas é muito forte. Em um ambiente em que há doentes devemos manter a serenidade que acalma e dá esperança.
Quanto ao cuidado com o corpo e a alma, que previne doenças nos corpos físico e espiritual, quantas vezes achamos que o nosso comportamento diz respeito só a nós mesmos. No entanto, como somos responsáveis pela queda do nosso próximo, pelo descuido que temos conosco mesmo, pelo desamor que temos com o nosso corpo e alma e pelo desrespeito às Leis de Deus.
Como é forte a nossa influência sobre os jovens. Como eles nos copiam, por verem que nós, de imediato, não nos ressentimos do mal que fazemos ao nosso corpo. E quantos de nós achamos graça quando verificamos que uma pessoa por mais que seja uma inveterada em um vício, nos exames que fazem, não aparecem, naquele momento, os estragos que já existem em seu corpo físico ou espiritual.
Atualmente não fumo e nem consumo bebidas alcoólicas, mas já fiz muito isso. E como fazia com desconhecimento de causa. O conhecimento do Espiritismo me ajudou a largar esses vícios. Graças a Deus. Fico triste, e às vezes revoltado, indignado, quando vejo alguém fumar ou ingerir bebida alcoólica. Não sei se mais pela “inconsciência” de quem usa essas substâncias ou pela influência que isso tem sobre os jovens e ou adultos que potencialmente são fumantes inveterados ou alcoólatras, que precisam só o primeiro gole ou trago para reiniciarem o vicio que deixaram pela morte em existência passada ou, ainda, pela perversidade de quem lucra com a morte dos outros.
É duro, e temos que ser serenos quanto a isso, pois cada um é responsável pelo destino que escolhe na sua vida, e se não fazemos o que os outros fazem, fazemos o que os que os outros não fazem. Chico Xavier nos exemplificou: “Deixo os outros fazerem o que lhes convém e me permito fazer o que me convém”. E a caridade, segundo São Paulo - vi isso hoje no Evangelho –
“é paciente, é doce e benigna. [...] tudo suporta, tudo crê, tudo espera e tudo sofre”. Confesso que de quando em quando eu esqueço isso e o homem velho se revela com muita intensidade em mim. Perdoem-me quem se ressentem com isso. Rs.
Acredito que se formos pacientes com tudo que nos prova vivencialmente na relação com os nossos problemas e/ou na relação com o nosso próximo e em particular com o nosso semelhante do lar, seremos mais rapidamente libertados do que nos prendem á Terra:
nossa imperfeição. Deus nos ajude e o nosso Anjo da Guarda também
.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

ORAÇÃO DA MIGALHA

5. Estando Jesus sentado defronte do gazofilácio, a observar de que modo o povo lançava ali o dinheiro, viu que muitas pessoas ricas o deitavam em abundância. - Nisso, veio também uma pobre que apenas deitou duas pequenas moedas do valor de dez centavos cada uma. - Chamando então seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu muito mais do que todos os que antes puseram suas dádivas no gazofilácio; - por isso que todos os outros deram do que lhes abunda, ao passo que ela deu do que lhe faz falta, deu mesmo tudo o que tinha para seu sustento. (SÃO MARCOS, cap. XII, vv. 41 a 44. - S. LUCAS, cap. XXI. vv. 1 a 4.)6. Multa gente deplora não poder fazer todo o bem que desejara, por falta de recursos suficientes, e, se desejam possuir riquezas, é, dizem, para lhes dar boa aplicação. E sem dúvida louvável a intenção e pode até nalguns ser sincera. Dar-se-á, contudo, seja completamente desinteressada em todos? Não haverá quem, desejando fazer bem aos outros, muito estimaria poder começar por fazê-lo a si próprio, por proporcionar a si mesmo alguns gozosmais, por usufruir de um pouco do supérfluo que lhe falta, pronto a dar aos pobres o resto?
Esta segunda intenção, que esses tais porventura dissimulam aos seus próprios olhos, mas que se lhes depararia no fundo dos seus corações, se eles os perscrutassem, anula o mérito do intento, visto que, com a verdadeira caridade, o homem pensa nos outros antes de pensar em si O ponto sublimado da caridade, nesse caso, estaria em procurar ele no seu trabalho, pelo emprego de suas forças, de sua inteligência, de seus talentos, os recursos de que carece para realizar seus generosos propósitos. Haveria nisso o sacrifício que mais agrada ao Senhor. infelizmente, a maioria vive a sonhar com os meios de mais facilmente se enriquecer de súbito e sem esforço, correndo atrás de quimeras, quais a descoberta de tesouros, de uma favorável ensancha aleatória, do recebimento de inesperadas heranças, etc." (Evangelho Segundo o Espiritismo-ALLAN KARDEC)


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ORAÇÃO DA MIGALHA

MEIMEI
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 5 do Cap. XIII do ESE



Senhor!
Quando alguém estiver em oração, referindo-se à caridade, faze que esse alguém me recorde, para que eu consiga igualmente ajudar em teu nome.
Quantas criaturas me fitam, indiferentes, e quantas me abandonam por lixo emprestável!...
Dizem que sou moeda insignificante, sem utilidade para ninguém; contudo, desejo transformar-me na gota de remédio para a criança doente. Atiram-me a distância, quando surjo na forma de pedaço de pão que sobra à mesa; no entanto, aspiro a fazer, ainda, a alegria dos choram de fome. Muita gente considera que sou trapo velho para o esfregão, mas anseio agasalhar os que atravessam a noite, de pele ao vento... outros alegam que sou resto de prato para a calha do esgoto, mas, encontrando mãos fraternas que me auxiliem, posso converter-me na sopa generosa, para alimento e consolo dos que jazem sozinhos, no catre do infortúnio, refletindo na morte.
Afirmam que sou apenas migalha e, por isso, me desprezam... Talvez não saibam que, certa vez, quando quiseste falar em amor, narraste a história de uma dracma perdida e, reportando-te ao reino de Deus, tomaste uma semente de mostarda por base de teus ensinos.
Faze, Senhor, que os homens me aproveitem nas obras do bem eterno!... E, para que me compreendam a capacidade de trabalhar, dize-lhes que, um dia, estivemos juntos, em Jerusalém, no templo de Salomão, entre a riqueza dos poderosos e as jóias faiscantes do santuário, e conta-lhes que me viste e me abençoaste, nos dedos mirrados de pobre viúva, na feição de um vintém.

MINHA REFLEXÃO
A pobre mulher do gazofilácio é um exemplo de desprendimento pessoal humano que não espera situação boa pra ajudar o semelhante. Ela tirou do que não tinha e Jesus aproveitou a oportunidade para nos ensinar uma lição de caridade.
O Espírito Meimei pensando nessa passagem evangélica lembrou do que se pode fazer com pouco dinheiro, pois muita gente precisa de muito pouco para pelo menos se sentir lembrado por Deus.
E quanto nós estragamos, quanto nós esbanjamos dos recursos que temos. Quanto vestuário parado no nosso guarda-roupa, sobras de comida jogada no lixo.
Muitas vezes achamos que não podemos ajudar o nosso semelhante porque o que temos mal dá para o nosso sustento e uma vida mínima de prazer, que é natural desejar, afinal trabalhamos, e às vezes muito, para isso.
Entretanto, temos muitas riquezas, além do supérfluo, que podemos dividir com o nosso semelhante, que se constituem no uso de nossa inteligência para fazer um trabalho individual ou coletivo de evangelização, levantamento de recursos e mantimentos para os mais indigentes da “sorte”, uma conversa amiga com aqueles indigentes da familia.
Lembro da história real de uma pessoa que fazia visitas ao asilo de mendicidade, colônia de hansenianos, hospital de doentes mentais e orfanatos. Certo domingo (dia reservado para esse trabalho) ele se encontrou totalmente sem dinheiro para pagar uma passagem de ônibus para ir até um local, onde se encontraria com a esposa, para de lá irem juntos à visita.
E pensou: Meu Deus o que fazer? Como posso ajudar meu semelhante se não tenho dinheiro nem pagar um ônibus para ir fazer o trabalho de visita de hoje? Ele teve a resposta como um ânimo interior e uma intuição de que deveria ir para a parada de ônibus assim mesmo. E ele foi, vivendo lá um milagre:
depois de algumas negativas de pessoas a lhe arranjar uma passagem para tomar o ônibus que o levaria até a esposa que lhe esperava com dinheiro para seguirem juntos para a visita, lhe apareceu, não se sabe de onde, um motoqueiro (meio suspeito, sem camisa e meio a um chuvisco que teimava em cair. rs) que lhe ofereceu uma carona sem nunca ter lhe conhecido, deixando-o no local dejesado.
Pode haver maior exemplo que nos faz acreditar que Deus nos estimula a sermos caridosos com o nosso semelhante, mesmo não tendo nenhum recurso?
Que Deus nos ajude a pensar que muito podemos fazer pelo próximo, mesmo com apenas uma moeda, ou mesmo sem nenhuma.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

AS ESTATUTETAS

Espíritas, nunca vos esqueçais que nas palavras, bem como nas ações, o perdão das injúrias não deve ser uma palavra vazia e inútil. Se vos dizeis espíritas, sede-o de fato. Esquecei o mal que vos foi feito e pensai apenas em uma coisa: no bem que podeis fazer. Aquele que entrou neste caminho não deve nem mesmo em pensamento desviar-se dele, porque sois responsáveis pelo que pensais, e Deus vos conhece. Fazei, portanto, com que eles sejam desprovidos de qualquer sentimento de rancor. Deus sabe o que se passa no coração de cada um de seus filhos. Feliz, portanto, daquele que pode a cada noite dizer ao deitar-se: “nada tenho contra o meu próximo””.(SIMEÃO, In: ESE, Cap. X, Item 14)
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AS ESTATUETAS


HILÁRIO SILVA
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 14 do Cap. X do ESE


O Diálogo, à noite, entre as duas senhoras, continuava na copa:
- Você, minha filha, deve perdoar, esquecer... Lá diz o Evangelho que costumamos ver o argueiro no olho do vizinho, sem ver trave dentro do nosso...
- Mas, mamãe, foi um insulto! O moço parou à frente da janela, viu as minhas estatuetas e atirou a pedra!
E Dona Balbina, senhora espírita de generoso coração, prosseguia falando à filha, Dona Rogéria:
- Ele é um pobre rapaz obsidiado.
- História! É uma fera solta, isto sim!
- Mas Dona Margarida, a mãe dele, foi sempre amiga...
- Isso não vem ao caso... Cada qual é responsável pelos próprios atos. A senhora sabe que ele é maior.
Precisamos perdoar para sermos perdoados...
- Ser bom é uma coisa, e outra coisa é ser tolo! Darei queixa à polícia... Somente não queria fazê-lo sem ouvi-la; contudo, Fábio e eu estamos decididos. Meu Fábio já anda cansado do volante... Pobre marido! Dinheiro cavado em caminhão é duro de ganhar...
- Meu conselho, filha, é desculpar e desculpar...
- Mas o prejuízo é de dois mil cruzeiros, além da injúria!
- Mesmo assim, o perdão é o melhor remédio.
- Ah! Que será do mundo, assim, sem corrigenda, sem justiça?
Nesse instante, alguém bate à porta.
Ambas atendem.
O portador comunica:
- Um desastre! O senhor Fábio trompou uma casa e a parede caiu!
Mãe e filha correm para o local, que se encontra entulhado de multidão, e vêem a casa acidentada. É justamente a moradia de Dona Margarida, a mãe do rapaz que atirara a pedra.
O caminhão, num lance estouvado, derribara uma parede lateral e penetrara, fundo, inutilizando todo o mobiliário da sala de refeições.
Apagara-se a luz no quarteirão e as duas, sem que ninguém as reconhecesse, podiam escutar Dona Margarida, que sustentava uma vela acesa, diante do guarda de trânsito:
- Peço-lhe – dizia ao fiscal – não abrir processo algum. Não quero reclamações.
- Mas, Dona Margarida – insistia o funcionário -, a senhora vai ter aqui um prejuízo para mais de quarenta contos!
- Não importa. Deus dará jeito. “Seu” Fábio e Dona Rogéria são meus amigos de muito tempo.
As duas senhoras, porém, não puderam continuar ouvindo, pois a voz irritada de Fábio elevou-se da multidão e era necessário socorrê-lo, porque o infeliz estava ébrio.
MINHA REFLEXÃO

Essa mensagem foi inspirada na mensagem de Simeão, cujo extrato digitei no seu topo. Perdoar, eis um ato de profunda sintonia com o Pai Eterno que é misericordioso infinitamente.
Um fato como ocorreu na mensagem pode muito bem acontecer com qualquer pessoa. Veja que a oportunidade de perdoar foi insistentemente apontada pela mãe e a filha se mostrava renitente em não perdoar.
Todos nós estamos passivos de precisar do perdão do outro. É difícil, mas temos que exercitar. 
Estudando sobre isso, encontrei no livro de Hammed, “Renovando Atitudes”, da Editora Boa Nova, psicografado por Francisco do Espírito Santos Neto, um ensaio sobre como perdoar e postei no meu blog do meu spaces (http://macieldm.spaces.msn.com, Categoria: MENSAGENS – Aprendendo a perdoar).
A mágoa, o ressentimento só nos empurra para baixo, nos deixando sem sintonia com as boas idéias. O esforço de se desvencilhar desses sentimentos é as vezes sobre humano, considerando o nosso estágio evolutivo, mas cada vez que exercitarmos com a ajuda dos bons Espíritos, seremos cada vez vitoriosos nessa batalha íntima contra esse vício horrível que ainda arrastamos conosco: o orgulho.
Que Deus nos ajude. Precisamos muito.