quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

VOCÊ E OS OUTROS

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VOCÊ E OS OUTROS



ANDRÉ LUIZ
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 9 do Cap. XIII do ESE



Amigo, atendamos ao apelo da fraternidade.
Abra a própria alma às manifestações generosas para com todos os seres, sem trancar-se na torre das falsas situações perante o mundo.
A pretexto de viver com dignidade, não caminhe indiferente ao passo dos semelhantes.
Busque relacionar-se com as pessoas de todos os níveis sociais, tendo amigos além das fronteiras do lar, da fé religiosa e da profissão.
Evite circunspecção constante e a tristeza sistemática que geram a frieza e sufocam a simpatia.
Não menospreze a pessoa mal vestida nem a pessoa bem-posta.
Não crie exceções na gentileza para com o companheiro menos experiente ou menos educado, nem humilhe aquele que atenta contra a gramática.
Não deixe correr meses sem visitar e falar aos irmãos menos favorecidos, ignorando a dor que acaso exista.
Não condicione as relações com os outros ao paletó e à gravata, às unhas esmaltadas ou aos sapatos brilhantes que possam mostrar.
Não se escravize ao título convencional e nem exagere as exigências da sua posição em sociedade.
Dê atenção a quem lhe peça, sem criar empecilhos.
Trave conhecimento com os vizinhos, sem qualquer solenidade.
Faça amizade desinteressadamente.
Aceite o favor espontâneo e preste serviço também sem pensar em remuneração.
Ninguém pode fugir à convivência da Humanidade.
Saiba, pois viver com todos para que o orgulho não lhe solape o equilíbrio.
Quem se encastela no próprio espírito é assim como o poço de água para da que envenena a si mesmo.
Seja comunicativo.
Sorria à criança.
Cumprimente o velhinho.
Converse com o doente.
Liberte o próprio coração, destruindo as barreiras de conhecimento e fé, título e tradição, vestimenta e classe social, existentes entre você e as criaturas, e a felicidade que você fizer para os outros será luz da felicidade sempre maior brilhando em você.

MINHA REFLEXÃO
Esta mensagem de André Luiz, conforme o seu caput, se relaciona com o Cap. do ESE, intitulado “Não saiba a vossa mão esquerda o que dê a vossa mão direita.” (S. MATEUS, cap. VI, vv. 1 a 4.)* , e, em particular, se reporta ao item 9, intitulado “Caridade material e caridade moral”. Esse item é uma mensagem do Espírito Irmã Rosália que nos ensina a viver as duas caridades: a material, que trata do assistencialismo aos desfavorecidos de toda sorte e a moral, que trata do nosso relacionamento com aqueles que Deus coloca no nosso caminho para nos provar a paciência, tolerância, humildade e o perdão. Ela nos ensina, ainda, que não devemos repelir ninguém que nos bate a porta do coração, pois podemos estar a repelir um ente querido de outras encarnações**.
Entretanto, essa mensagem também nos lembra outra discussão evangélica, relacionada à perfeição espiritual. Ela nos reporta ao Capítulo XVII “Sede Perfeitos”*** do ESE. Nesse capítulo, trata-se do dever, da virtude, do homem de bem, do bom espírita, a relação entre superiores e inferiores, o cuidado que devemos ter com o corpo e com o espírito e o Item 10, intitulado, “O homem no mundo”, sobre o qual queremos nos deter, pois a mensagem nos faz pensar na nossa posição no mundo. Para mim, essa mensagem é a “cara” da de Andre Luiz, que estamos refletindo.
A mensagem do Espírito Protetor, no Cap. XVII, nos faz lembrar que estamos no mundo para servir uns aos outros sem distinção. Desse modo, todos são dignos de nossa atenção, em qualquer lugar em que estivermos. Não devemos nos isolar e nem assumir espírito de grupo, seja religioso ou profissional como nos exorta André Luiz, e muito menos assumir posturas de circunspecção constantes, pois a alegria deve ser uma constante em nossas vidas. Se não fosse assim, deixaríamos de ser uma pessoa comum por nos tornarmos espíritas****.
Pensemos que estamos no mundo para nos aperfeiçoar e a construção desse aperfeiçoamento não se dá pelo isolacionismo, e sim, pelo encontro com as pessoas que, como nós, reencarnaram com o mesmo fim: progredir.
Aos espíritas, que sejamos bons espíritas, como A. Kardec nos ensinou e lembremos que, segundo ele, reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.
Que Deus nos ilumine.
PAZ E ALEGRIAS


* Tende cuidado em não praticar as boas obras diante dos homens, para serem vistas, pois, do contrário, não recebereis recompensa de vosso Pai que está nos céus. – Assim, quando derdes esmola, não trombeteeis, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua recompensa. - Quando derdes esmola, não saiba a vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita; - a fim de que a esmola fique em segredo, e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos recompensará. - (S. MATEUS, cap. VI, vv. 1 a 4.)
** Grande mérito há, crede-me, em um homem saber calar-se, deixando fale outro mais tolo do que ele. É um gênero de caridade isso. Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira se escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdém com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se supõem acima de vós, quando na vida espírita, a única real, estão, não raro, muito abaixo, constitui merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto não dar atenção ao mau proceder de outrem é caridade moral (Irma Rosália – Paris – 1860).
*** Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam. - Porque, se somente amardes os que vos amam que recompensa tereis disso? Não fazem assim também os publicanos? - Se unicamente saudardes os vossos irmãos, que fazeis com isso mais do que outros? Não fazem o mesmo os pagãos? – Sede, pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial. (S. MATEUS, cap. V, vv. 44, 46 a 48.)
**** Aquele, pois, que se isola priva-se voluntariamente do mais poderoso meio de aperfeiçoar-se; não tendo de pensar senão em si, sua vida é a de um egoísta. (Um Espírito Protetor – Bordéus, 1863.)

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

MENSAGEM DA CRIANÇA AO HOMEM

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MENSAGEM DA CRIANÇA AO HOMEM


MEIMEI
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 4 do Cap. VIII do ESE



Construíste palácio que assombram a Terra; entretanto, se me largas ao relento, porque me faltem recursos para pagar hospedagem, é possível que a noite me enregele de frio.

*

Multiplicaste os celeiros de frutos e cereais, garantindo os próprios tesouros; contudo, se me negas lugar à mesa, porque eu não tenha dinheiro a fim de pagar o pão, receio morrer de fome.

*

Levantaste universidades maravilhosas, mas, se me fechas a porta da educação, porque eu não possua uma chave de ouro, temo abraçar o crime, sem perceber.
*
Criaste hospitais gigantescos; no entanto, se não me defendes contra as garras da enfermidade, porque eu não te apresente uma ficha de crédito, descerei bem cedo ao torvelinho da morte.
*
Proclamas o bem por base da evolução; todavia se não tens paciência para comigo, porque eu te aborreça, provavelmente ainda hoje cairei na armadilha do mal, como ave desprevenida no laço do caçador.
*
Em nome de Deus que dizes amar, compadece-te de mim!...
Ajuda-me hoje para que eu te ajude amanhã.
Não te peço o máximo que alguém talvez te venha a solicitar em meu benefício...
Rogo apenas o mínimo do que me podes dar para que eu possa viver e aprender.


MINHA REFLEXÃO
Meimei, um Espírito materno, vem, nessa mensagem, em favor das crianças abandonadas, que sabemos existir, e que nesse momento passam necessidades como ela coloca.
A mensagem de Meimei parece um apelo às autoridades políticas, que representam a sociedade, no sentido de uma maior atenção às crianças abandonadas, ou mesmo aquelas que vivem protegidas pelos pais, mas à margem da sociedade.
Parece um pedido ao Espírito humano encarnado na Terra para que olhe as crianças órfãs de tudo, que na verdade são Espíritos em expiação ou prova (em geral em expiação).
O item 4 do Capitulo VIII – Bem Aventurado os que têm puro o coração – nos trás a reflexão de A. Kardec sobre a inocência da criança, que por natureza deve ter um corpo proporcional a capacidade intelectual do Espírito que o habita e por bom senso, ser dócil as impressões educativas que deve receber nos primeiros anos de vida, no sentido de tornar-se melhor do que chegou. Se não fosse um “anjo” ninguém o suportaria, em particular a sua mãe.
Que essa carta tenha eco no conjunto de políticas públicas, mas, sobretudo, que possamos de nossa parte, fazer o que for possível, apoiando uma iniciativa, seja social ou religiosa, que visa dar uma atenção caridosa às crianças abandonadas.
Que Deus nos ilumine.
PAZ E ALEGRIAS

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

ESCOLA DA BENÇÃO

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ESCOLA DA BENÇÃO



MEIMEI
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 4* do Cap. XV do ESE



Sofres cansaço da vida, dissabores domésticos, deserção de amigos, falta de alguém...
Por isso, acordaste sem paciência, tentando esquecer.
Procuraste espetáculos públicos que te não distraíram e usastes comprimidos repousantes que não te anestesiaram o coração.
Entretanto, para teu reconforto, pelo menos uma vez por semana, sai te ti mesmo e busca na caridade a escola da benção.
Em cada compartimento aprenderás diversas lições ao contacto daqueles que lêem na cartilha das dores que desconheces.
Surpreenderás o filme real da angústia no martírio silencioso dos que jazem num catre de espinhos, sem se queixarem, e a emocionante novela das mães sozinhas que ofertam, gemendo, aos filhos nascituros a concha do próprio seio como prato de lágrimas.
Fitarás homens tristes, suando penosamente por singela fatia de pão, como atletas perfeitos do sofrimento, e os que disputam valorosamente com os animais com os animais um lugar de repouso ao pé de ruínas em abandono.
Observarás, ainda mais, os paralíticos que sonham com a alegria de se arrastarem, os que se vestem de chagas esfogueantes, suplicando um momento de alívio, os que choram mutilações trazidas do berço e os que vacilam, desorientados, na noite da loucura...
Ver-te-ás, então, consolado, estendendo consolo, e, ajustado a ti mesmo, volverás ao conforto da própria casa, murmurando, feliz:
- Obrigado, meu Deus!


MINHA REFLEXÃO

Essa mensagem da querida e benfeitora irmã Meimei nos lembra que se estamos em angústia, devemos nos consolar buscando nossos irmãos que estão nesse mundo, como nós, ao sabor dos resultados de suas incúrias contra si mesmo ao longo dos séculos em que foram categorizados como Espíritos já cientes de seu livre arbítrio, saindo de sua infância espiritual.
Muitos hoje ainda estão plantando, até com afinco, vivendo a filosofia da vida única, uns mesmo sem consciência, outros já bem esclarecidos ou sobejados pelas doutrinas reencarnacionistas, mas que preguiçosamente vêem apenas como um ideal, pois, certamente ainda não podem viver hoje essa filosofia, se escondendo nas mútiplas atividades do dia a dia, que devem ser vivida, dia a dia (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 1 a 14.); outros já tentam, com certa dificuldade, viver a doutrina cristã, seja de qual for o credo religioso, refletindo sobre tudo que o Cristo falou na sua iluminada passagem entre nós**, tentando fazer o que ele nos ensinou, saindo de si mesmo, reformando-se, buscando aqueles que sofrem, que tem fome, sofrem o frio, estão preso ou estão doentes (S. MATEUS, cap. XXV, vv. 31 a 46.).
Conforme a mensagem anterior aqui refletida, o chamado para esse trabalho redentor, que nos reintegra ao Reino de Deus, que há muito nos distanciamos, foi feito pelo Cristo de Deus dois mil anos atrás e muitos se tornaram, de lá para cá, aos poucos, os trabalhadores da última hora (S. MATEUS, cap. XX, vv. 1 a 16.).
Ele, que aniversaria simbolicamente nesta data, 25/12, nos deixou o seu legado maior na resposta ao doutor da lei, que objetivando tentá-lo, lhe perguntou qual era o maior mandamento da Lei de Deus, respondendo-lhe: Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito. - Esse o maior e o primeiro mandamento. - E aqui está o segundo, que é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. - Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 37 a 40). Essa belíssima passagem, mas de grande fim prático, foi reunida, junta a outras passagens evangélicas como a do “bom samaritano”, a “separação dos justos e injustos, a “caridade segundo São Paulo”, no capitulo FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVACAO de O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, que nos orienta que o que faz o bom cristão não é a religião que professa, mas sua dedicação a causa dos desfavorecidos e sofredores. Esses que devemos tê-lo em conta como aqueles que estão colhendo seus deslizes espirituais, são nossos irmãos eleitos por Jesus como aqueles que precisam de cuidados, para os quais Ele dedicou a sua passagem aqui na Terra (S. MATEUS, cap. V, vv. 5, 6 e 10; S. LUCAS, cap. VI, vv. 20 e 21).
Se nós nos contentarmos com o que já fizemos de errado no passado, contrário a Lei de Amor e pararmos de fazer mal a nós mesmo, trabalhando contra nossa própria felicidade, poderemos, mesmo estando entre esses eleitos de Jesus, praticando a CARIDADE para conosco e nossos semelhantes, construir, a partir de hoje, dessa vida, o Reino de Deus em nós (a felicidade tão decantada pelos idealistas).

Que Deus, nosso Pai e o Mestre Jesus, nosso Irmão Maior, nos ajudem.



*4. Mas, os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca aos saduceus, se reuniram; e um deles, que era doutor da lei, foi propor-lhe esta questão, para o tentar: - Mestre, qual o grande mandamento da lei? - Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito. - Esse o maior e o primeiro mandamento. - E aqui está o segundo, que é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. - Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos. (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)
Caridade e humildade, tal a senda única da salvação. Egoísmo e orgulho, tal a da perdição. Este princípio se acha formulado nos seguintes precisos termos: "Amarás a Deus de toda a tua alma e a teu próximo como a ti mesmo; toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos." E, para que não haja equívoco sobre a interpretação do amor de Deus e do próximo, acrescenta: “E aqui está o segundo mandamento que é semelhante ao primeiro” , isto é, que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo sem amar a Deus. Logo, tudo o que se faça contra o próximo o mesmo é que fazê-lo contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.(Allan Kardec, In: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XV, item 5.

**Naquela oportunidade, a humanidade da época (da qual já fazíamos parte) quis de qualquer modo torná-la obscura imolando-o na cruz

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

CHAMADA E ESCOLHA

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CHAMADA E ESCOLHA

EMMANUEL
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 1 do Cap. XVIII do ESE

Sem flor não há semente.
Mas se a flor prepara, só a semente permanece

Sem instrução, a máquina é segredo.
Mas se a instrução avisa, só a máquina produz.

Sem convicção, a atitude não aparece.
Mas se a convicção indica, só a atitude define.

Sem programa, o trabalho se desordena.
Mas se o programa sugere, só o trabalho realiza.

Sem teoria, a experiência não se expressa.
Mas se a teoria estuda, só a experiência marca.

Sem lição, o exercício não vale.
Mas se a lição esclarece, só o exercício demonstra.

Sem ensinamento, a obra não surge.
Mas se o ensinamento aconselha, só a obra convence.

*
Disse Jesus, referindo-se à Divina Ascensão: ”Serão muitos os chamados e poucos os escolhidos para o reino dos Céus.”
Isso quer dizer que, sem chamada, não há escolha.
Mas se estamos claramente informados de que a chamada vem de Deus, atingindo todas as criaturas na hora justa da evolução, só a escolha, que depende do nosso exemplo, nos confere caminho para a Vida Maior.

MINHA REFLEXÃO

Essa mensagem de Emmanuel nos lembra a outra dele, de ordem 94, intitulada “Verdade e Crença”, neste livro.
Deus aos nos criar simples e ignorantes não nos abandonou a própria sorte. Ele nos dotou do livre-arbítrio que se “desenvolve à medida que o Espírito adquire a consciência de si mesmo.”(Questão 122 de O Livro dos Espíritos).
Além de nos dotar de boas companhias para nos apoiar em nossas decisões, que nos eleva nas sucessivas categorias espirituais, nos dotou de consciência de suas leis a serem cumpridas visando integração com a vida superior. Todavia, por que alguns de seu filhos se afastam do bom caminho, num mundo de provas e expiações, Ele envia seus profetas para difundir suas leis de forma bem concreta e pessoal.
Assim foi o que aconteceu na nossa querida Terra. E o maior profeta foi o Cristo que foi imolado na cruz, sem merecer por ser um Espírito puro.
Ao enviar os profetas reveladores, Deus encaminhou seus servos para convidar aqueles receptivos a idéia de viver integrado ao seu Reino. Enviou o ensino, o esclarecimento, a rota de Luz. Coube aos “convidados” que são todos os habitantes do planeta acolher ou não, com obediência, o chamado. Nem todos aceitaram o convite (e ainda hoje vivem deixando para depois esse compromisso, achando que o seu momento ainda não é agora, entendendo que estão sendo sábios e usando seu livre arbítrio com sabedoria) e foram, estão sendo ou serão “punidos” com severidade (Ver toda sorte de dores espalhada pelo nosso planeta, mas que não serve de exemplo para as pessoas pararem de se fazer o mal a si mesmo).
Muitos profetas foram trucidados, pois quando o mal impera no planeta, toda ação que orienta para o bom caminho deve ser contida. A maioria dos habitantes prefere ser orientados pelos espíritos que se comprazem no mal e querem manter os que simpatizam com o bem no mesmo estágio evolutivo, e então inspiram a manutenção de toda sorte de vícios que matam (vicio como o tabagismo, alcoolismo e drogas) e ou geram a desarmonia no seio de todo grupo, seja familiar, religioso ou social de maneira geral.
Que Deus nos ajude a não cairmos na tentação do adiamento desse chamado, mais ainda, como se pudéssemos repor o tempo perdido sem sofrimento.
Quanto mais deixarmos para amanhã o que temos que fazer hoje, mais distante estaremos do Reino de Deus (a felicidade espiritual), com um agravante: o retorno ao caminho reto nunca é feito sem dor, pois segundo o Espírito São Luis (ESE, 1859), “o que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo.”
Trago nesse parágrafo o que, no meu entendimento, aproxima essa mensagem de Emmanuel da outra (94) já refletida por mim nesse blog:
“Mas se estamos claramente informados de que a chamada vem de Deus, atingindo todas as criaturas na hora justa da evolução, só a escolha, que depende do nosso exemplo, nos confere caminho para a Vida Maior.”
PAZ E ALEGRIAS

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

SÊ COMPASSIVO

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SÊ COMPASSIVO

CAIRBAR SCHUTEL
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 17 do Cap. XIII do ESE

Sem compaixão não há caridade.
As lágrimas vertidas ao calor vívido da piedade corroem as densas cadeias da provação.
Desterremos de nós a insensibilidade crua diante das telas de Angústia que se desenrolam em nossa estrada.
A piedade e a simpatia espontânea e desinteressada que se antepõe antipatia gratuita ou despeitosa. Ela deve induzir-nos à prática do socorro moral e material, junto daqueles que no-la despertam, sem o que se torna infrutífera.
Quando o sofrimento alheio não nos sensibiliza, a Orientação Divina estatui venhamos a experimentá-lo igualmente para avaliar a dor do próximo e nos predispormos a ampará-lo.
Só a piedade consoladora traz alegria ao espírito, criando elevação e valor. Fujamos à compaixão aparente que se manifesta em lágrimas de crocodilo, gestos e exclamações pomposas, nos cenários artificiais do fingimento.
Mede-se a comiseração pelo devotamento e solicitude fraternais que promove. Deve-se-lhe o despovoamento gradativo das zonas de purgação moral da Espiritualidade.
Deixa-te enternecer ante os painéis comovedores das crises de pranto, vezes e vezes temperadas em sangue e suor; contudo, não te detenhas aí: busca dirimi-las.
Perlustra as vielas ínvias da necessidade e beneficia as almas que se agitam em desespero, dentro da jaula do próprio corpo.
Tem dó, não apenas dos quadros gritantes de falência íntima, mas também dos padecimentos mascarados de silêncio e de orgulho, ingenuidade e inexperiência.
Inunda de amor os corações mantidos sob o vácuo do tédio.
Protege a infância desvalida, pois os pequenos viajores da carne carecem de guias.
Favorece com a moeda e abençoa com a palavra os pedintes andrajosos somente acariciados pelos cães que vagueiam nas ruas.
E na certeza de que a piedade sincera jamais expressa covardia a derruir o bem, nem ridículo a excitar o riso alheio, acatemo-la como força de renovação das almas e luz interior da Verdadeira Vida, eternizada por Deus.
Sê compassivo.

MINHA REFLEXÃO
O capítulo do ESE que deu origem a mensagem de Cairbar Schutel trata da caridade; e uma das mensagens desse capítulo nos lembra o valor espiritual da piedade, que é o melancólico, mas celeste precursor da caridade, primeira das virtudes que a tem por irmã e cujos benefícios ela prepara e enobrece. - Miguel. (ESE, Cap. XIII, Item 17, Bordéus, 1862).
Existe muita dor espalhada por aí e nós podemos nos misturar aos que sofrem, esquecendo nossas mazelas, já que temos recursos espirituais (conhecimentos religiosos) capazes de nos fazer missionários da consolação e da esperança. Mas, só consolaremos e levaremos a esperança aos que sofrem se formos conscientes que estamos num mundo de provas e expiações e que nossa vida tem um único objetivo: fazer-nos progredir.
Lembremos que o progresso resulta exatamente em tratar os problemas como elementos evolutivos e se hoje não temos as dores lancinantes de alguém que sofre, poderemos no futuro, por nossa vez, passar pelos mesmos problemas.
Não sejamos impiedosos a ponto de rejeitar a dor alheia. Não sejamos tão apegados aos nossos problemas como se não tivessem do nosso lado pessoas com problemas muito maiores que aqueles que temos que administrar no nosso cotidiano.
Algumas pessoas às vezes por não suportar suas dores se portam de forma agressiva quando em contato conosco e ao sermos pegos de surpresa com aquela atitude, nem pensamos que elas trazem problemas, que se soubéssemos da existencia não reagiríamos com a mesma moeda. Elas muitas vezes acabam se tornando instrumentos de provas (compaixão) e/ou expiação (perdão).
SEJAMOS COMPASSIVOS.
QUE DEUS NÃO NOS DEIXE ESQUECER ISSO.
PAZ E ALEGRIAS

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

SE VOCÊ QUISER

95
SE VOCÊ QUISER


ANDRÉ LUIZ
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 5
[i] do Cap. XXV do ESE


Diz você que o mundo é um amontoado de males infinitos; entretanto, se você quiser construir o bem na própria alma, respirará, desde agora, na faixa do mundo melhor que surgirá em si mesmo.
Diz você que a casa onde reside é uma forja de sofrimento pela incompreensão dos familiares que lhe ignoram os ideais; contudo, se você quiser servir com paciência e bondade, ajudando a cada um sem reclamar retribuição, embora pouco a pouco, passarão todos eles a conhecer-lhe os princípios, através de seus atos, convertendo-se-lhe o lar em ninho de bênçãos.
Diz você que a ingratidão mora em seu campo de trabalho, transfigurando-o em lugar de suplícios, mas se você quiser consagrar-se ao próprio dever, com humildade e tolerância, observará que o seu exemplo granjeará o respeito e o carinho de todos, transformando-se-lhe a tarefa em manancial de alegrias.
Diz você haver perdido a fé, ante aqueles que ensinam a virtude sem praticá-la; no entanto, se você quiser, cumprirá com tanto devotamento as próprias que a fé lhe brilhará no coração, por fonte de júbilo intransferível.
Diz você que não dispõe de recursos para ajudar ao companheiro em lutar maior, mas se você quiser repousar menos alguns minutos, em seus lazeres de cada dia, poderá converter algumas horas, cada semana, em auxílio ou consolação para os semelhantes, conquistando a simpatia e o concurso de muita gente.
Não se queixe em circunstância alguma.
Lembre-se de que a vida e o tempo são concessões de Deus diretamente a você, e, acima de qualquer angústia ou provação, a vida e o tempo responderão a você com a benção da luz com a experiência da sombra, como você quiser.


MINHA REFLEXÃO
Nossa vida, que segue um programa de prova e/ou expiação, nos oferece oportunidades de fé, perseverança e resistência moral.
Não nos damos conta que se estamos nesse mundo, um objetivo muito sábio e justo foi idealizado para nós, visando nosso aperfeiçoamento ou felicidade.
Como perdemos oportunidade de crescimento reclamando de um insucesso ou incômodo que sofremos por uma circunstancia criada por nós mesmo...
Quando nos comportamos assim, nos vemos no centro do mundo, dizendo-se decepcionado com tudo e com todos, deixando de lembrar o bem que amealhamos na nossa trajetória, como os amigos que nos procuram, na familia e fora dela, presencialmente ou a distância, que são solidários e carinhosos conosco.
Como sofremos por não ser atendido nessa ou naquela orientação. Como sofremos por ver alguém seguindo para o desfiladeiro da dor e nao podemos fazer nada, como se a vida dele(a) fosse nossa, deixando de cuidar de nós mesmo, que temos também defeitos para corrigir e evitar também certos dissabores futuros.
Como sofremos por achar que temos que ter algo ou alguém exclusivavemente criado para nós para nos compensar os momentos de tristeza, e esquecemos que temos amigos suficientes para isso. Quando fechamos questão para a exclusividade, nos enterramos na solidão e depressão, nos estagnando, sendo ingratos com a amizade de muitos que nos cercam e deixando de fazer pelos os outros aquilo que queremos que os outros não deixem de fazer por nós.
Deus não nos abandona em momento algum. Somos eternamente acompanhados por Espíritos amigos que nos auxiliam e nos fazem sentir acompanhado quando nos sintonizamos com eles a partir de pensamentos otimistas e esperançosos. Nesta hora é que verdadeiramente batemos a porta da espiritualidade e seremos com certeza atendidos*.
André Luiz nos lembra que, sob qualquer circunstância, devemos manter aquela tranqüilidade dos justos e a fé dos verdadeiros crentes que crêem que Deus, nosso Grande Pai, não nos dará pedra se lhe pedirmos pão*.


QUE ELE NOS AJUDE
PAZ E ALEGRIAS

[i]5. Do ponto de vista moral, essas palavras de Jesus significam: Pedi a luz que vos clareie o caminho e ela vos será dada; pedi forças para resistirdes ao mal e as tereis; pedi a assistência dos bons Espíritos e eles virão acompanhar-vos e, como o anjo de Tobias, vos guiarão; pedi bons conselhos e eles não vos serão jamais recusados; batei à nossa porta e ela se vos abrirá; mas, pedi sinceramente, com fé, confiança e fervor; apresentai-vos com humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias forças e as quedas que derdes serão o castigo do vosso orgulho. Tal o sentido das palavras: buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.
*Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá; porquanto, quem pede recebe e quem procura acha e, àquele que bata à porta, abrir-se-á. Qual o homem, dentre vós, que dá uma pedra ao filho que lhe pede pão? - Ou, se pedir um peixe, dar-lhe-á uma serpente? -Ora, se, sendo maus como sois, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, não é lógico que, com mais forte razão, vosso Pai que está nos céus dê os bens verdadeiros aos que lhos pedirem? (S. MATEUS, cap. VII, vv. 7 a 11.)

sábado, 5 de dezembro de 2009

VERDADE E CRENÇA

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VERDADE E CRENÇA

EMMANUEL
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 1 do Cap. XIX do ESE


“E se vos digo a verdade, por que não credes?” – JESUS
(JOÃO, 8:46)


Jesus lecionou a verdade em todas as situações da peregrinação messiânica.
A todos concedeu amor puro, bênçãos de luz e bens para a Eternidade.
Provou com os próprios testemunhos a excelência de seus ensinos...
Ministrou a caridade simples e natural, sem melindrar ou ferir...
A cada qual apontou a lógica real das circunstâncias da vida...
A ninguém enganou...
Não sofismou por nenhuma razão...
Perdoou sem apresentar condições...
Cedeu a benefícios de todos.
Não temeu, nem vacilou ao indicar a realidade, nem fugiu de demonstrá-la no próprio exemplo.
Não aguardou bonificações: serviu sempre.
De ninguém reclamou: sacrificou a si mesmo.
Não permaneceu em posição de neutralidade: definiu-se.
Cabe, portanto, a quem recolhe os dons divinos da claridade evangélica amar e perdoar, construindo o bem e a paz, esposando ostensivamente a Vida Cristã, na elucubração da teoria e no esforço da aplicação.
Se possuímos a luz da verdade, por que não lhe seguir a rota de luz?

MINHA REFLEXÃO

A Luz está no mundo desde o nascimento do Cristo. Naquela oportunidade os Reis Magos seguiram uma luz cintilante que os conduziram até o Messias e eles a seguiram por acreditar na realeza do Espírito de alta envergadura que acabava de baixar na Terra, um mundo de prova expiações. Um príncipe esperado há muito pelos judeus, mas contraditoriamente não veio como o esperavam.

Ele nos mostrou o caminho, todas as rotas para a felicidade e deixou sua luz acesa a partir do trabalho dos Evangelistas, que não a deixaram apagar, propagando seus ensinamentos e, em particular, dois deles (Mateus e João), mais dois que se juntaram a um apóstolo em particular (Marcos e Lucas), relataram de forma escrita a Sua passagem pela Terra.

Ele se intitulou O Caminho, a Verdade e a Vida e nós só temos que o seguir se acreditamos nisso. A verdade está estampada frente a nós e temos só que a seguir.
A pergunta de Emmanuel no final de sua mensagem é no mínimo um “puxão de orelha”, pois somos mais simpatizantes que crentes das Verdades Cristãs, pois o verdadeiro crente se transforma, é determinado e não fica se programando para mudar. Ele tem fé e por isso se transforma, colocando para o lado até a maior montanha que o limita a se transformar com facilidade. Ele identifica os seus descaminhos e se vira para a Luz novamente e a segue, deixando seus maus hábitos, que ate então o temo empurrado para o desfiladeiro da dor. Mesmo atingindo um relativo grau de perfeição ele não vê limite para a sua transformação, pois sabe que a sabedoria Divina é infinita e se quer ser semelhante ao Pai, ele deve estar sempre receptivo às novas mudanças que vão surgindo à medida que as missões vão sendo dadas, a medida que tem espiritualidade para exercê-la.

Que sejamos firmes em nossas transformações espirituais e possamos ter a vista firme frente a Luz que é JESUS.

QUE DEUS NOS AJUDE
PAZ E ALEGRIAS

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

TEMOS O QUE DAMOS

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TEMOS O QUE DAMOS


MEIMEI
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 20(1) do Cap. XIII do ESE



Podes guardar o pão para muitos dias, ainda que o excesso de tua casa signifique ausência do essencial entre os próprios vizinhos; todavia, quanto puderes, alonga a migalha de alimento aos que fitam debalde o fogão sem lume.
Podes conservar armários repletos de veste inútil ainda que traça concorra contigo à posse do pano devido aos que se cobrem de andrajos; no entanto, sempre que possas, cede a migalha de roupa ao companheiro que sente frio.
Podes trazer bolsa farta, ainda que o dinheiro supérfluo te imponha problemas e inquietações; contudo, quanto puderes, oferece a migalha de recursos aos irmãos em necessidade.
Podes alinhar perfumes e adornos para uso à vontade, ainda que pagues caro a hora do abuso, mas, sempre que possas, estende a migalha de remédio aos doentes em abandono.
Um dia, que será noite em teus olhos, deixarás pratos cheios e móveis abarrotados, cofres e enfeites, para a travessia da grande sombra; entretanto, não viajarás de todo nas trevas, porque as migalhas de amor que tiveres distribuídos estarão multiplicadas em tuas mãos como bênçãos de luz.

MINHA REFLEXÃO

Fazendo uma reflexão aprofundada dessa mensagem, podemos concluir que ninguém pode se achar isento de dar alguma coisa, considerando que ninguém é desprovido de tudo. Até aquele(a) que menos tem pode dar alguma coisa, lembrando da passagem evangélica relativa ao óbolo da viúva no gazofiláceo (SÃO MARCOS, cap. XII, vv. 41 a 44. - S. LUCAS, cap. XXI. vv. 1 a 4.) e foi nessa passagem que o Mestre identificou a maior caridade.
A mensagem de Meimei já nos chama atenção sobre o que nos sobra em casa, com relação à alimentação, vestuário, poupança, acessórios de higiene e adornação.
No final de sua mensagem, esse iluminado Espírito nos faz lembrar que um dia poderemos estar na mesma situação das pessoas que nos bate à porta ou nos espera com nossa ajuda espontânea, na situação de necessitados como apontados pelo Cristo (S. LUCAS, cap. VI, vv. 20 e 21.), seja em prova ou expiação. Se fizermos o bem hoje, seremos recompensados amanhã pelas almas boas de coração.
PAZ E ALEGRIAS

(1) 20. É acertada a beneficência, quando praticada exclusivamente entre pessoas da mesma opinião, da mesma crença, ou do mesmo partido? Não, porquanto precisamente o espírito de seita e de partido é que precisa ser abolido, visto que são irmãos todos os homens. O verdadeiro cristão vê somente irmãos em seus semelhantes e não procura saber, antes de socorrer o necessitado, qual a sua crença, ou a sua opinião, seja sobre o que for. Obedeceria o cristão, porventura, ao preceito de Jesus-Cristo, segundo o qual devemos amar os nossos inimigos, se repelisse o desgraçado, por professar uma crença diferente da sua? Socorra-o, portanto, sem lhe pedir contas à consciência, pois, se for um inimigo da religião, esse será o meio de conseguir que ele a ame; repelindo-o, faria que a odiasse. - S. Luís. (Paris, l860.)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

ESPIRITISMO E VOCÊ

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ESPIRITISMO E VOCÊ




ANDRÉ LUIZ
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 4 do Cap. XVII do ESE



Recentemente você teve os primeiros contactos com a Doutrina Espírita e agora se deslumbra com as novas perspectivas espirituais da existência.
Ideais redentores.
Relações pessoais enriquecidas.
Conversações edificantes.
Leitura nobre.
Promissores ensejos de servir à fraternidade.
Recorde, no entanto, os imperativos da disciplina, em todos os empreendimentos, para que a afoiteza não crie frustrações.
Tornar-se espírita não é santificar-se automaticamente, não significa privilégios e nem expressa cárcere interior.
É oportunidade de libertação da alma com responsabilidades maiores ante as Leis da Criação.
É reencarnar-se moralmente, de novo, dentro da própria vida humana.
Convicção espírita é galardão abençoado no aprendizado multimilenar da evolução.
Desse modo, nem prevenção nem invigilância constituem caminhos para semelhante conquista.
Urge sustentar perseverança e paciência na execução justa de todos os deveres.
Evite arrancar abruptamente as raízes defeituosas, mas profundas, de suas atividades; empreenda qualquer renovação pouco a pouco.
Contenha os ímpetos de defesa intempestiva das suas idéias novas; sedimente primeiro os próprios conhecimentos.
Espiritismo é Claridade Eterna.
Gradue a intensidade da luz que você vislumbra, para que seus olhos não sejam acometidos pela cegueira do fanatismo.
Muitos irmãos nossos ainda se debatem nas lutas de subnível, porque não se dispuseram a aceitar a realidade que você está aceitando, mas, também, outros muitos palmilharam o lance da experiência que hoje você palmilha e nem por isso alcançaram êxitos maiores, na batalha íntima e intransferível que travamos conosco, em vista da negligência a que ainda se fazem.
Crença não nos exime da consciência.
Acerta ou cair são problemas pessoais.
Tudo depende de você.
Quem persiste na ilusão, abraça a teimosia.
Quanto mais se edifica a inteligência, mais se lhe acentua o prazer de servir.
Obedeça, pois, ao chamamento do Senhor, emprestando boa-vontade ao engrandecimento da redenção humana, através do trabalho ativo e incessante nos diversos setores em que se lhe possa desenvolver a colaboração.
Conserve-se encorajado e confiante.
Alegria serena, em marcha uniforme, é a norma ideal para atingir-se a meta colimada.
Eleve anseios e esperanças, tentando sublimar emoções e cometimentos.
Acima de tudo, consolide no coração a certeza de que a revelação maior é aquela que nos preceitua o dever de procurar com Jesus a nossa libertação do mal e, em nosso próprio benefício, compreendamos a real posição do Mestre como Excelso Condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.



MINHA REFLEXÃO
Essa mensagem foi inspirada em outra do livro O Evangelho Segundo Espiritismo, de Allan Kardec, grafada no capítulo intitulado SEDE PERFEITOS. Nesse capitulo tem uma dissertação de A. Kardec sobre OS BONS ESPÍRITAS. A. Kardec, considerando a tendência dessa ou daquela pessoa ser tocada moralmente pelos ensinamentos do Espiritismo, classifica os Espíritas em duas categorias: os imperfeitos e o verdadeiro espírita.
No primeiro, apenas o fenômeno lhe atrai, é simpático às exortações evangélicas e morais, mas não se compromete com as conseqüências morais que advém disso, que devem ser a transformação moral, pois não está preparado para mudar, e por isso nem tenta; além disso, não se envolve com o movimento espírita, o que dificulta a integração com a Doutrina, por faltar o elemento social - a interação com os pares.
Conforme Kardec, reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. Não é fácil se modificar, considerando os milênios no automatismo da estagnação espiritual, então é preciso muito esforço e amor a si próprio para desenvolver um programa de mudanças morais, que envolve mudar hábitos, podar reações negativas que vêm de sopetão em sua mente, que a maioria das vezes vão as vias de fatos, e renunciar algumas vezes de forma sistemática, certos prazeres da vida cotidiana que fazem parte da vida social e familiar.
O verdadeiro espírita trabalha pela sua reforma íntima a partir de estudos e preces, seguidos de ação e reflexão sobre a prática. O orgulho que é o maior inimigo do ser humano tem que ser enfrentado diariamente; os pensamentos maledicentes têm que ser expulsos vez e outra; a paciência tem que ser convidada no relacionamento consigo mesmo e com os outros; o perdão a si mesmo e aos outros o prova a todo instante. Enfim, ele deve ser caridoso... Pois aprende que ser espírita não garante lugar no Céu, conforme a máxima espírita: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO!
André Luiz adverte, por sua vez, aos iniciantes, sobre as mudanças interiores que devem ser levadas em conta, sem exigir de si mesmos mudanças radicais que podem não ser suportadas. A angelitude ainda se encontra distante do ser humano terráqueo, então as mudanças devem seguir um ritmo que difere de um para outro; no entanto, é importante não descuidar da disciplina e fugir da teimosia relativa a certos hábitos físicos ou morais e das tentações que lhe batem a porta como prova à sua ascensão espiritual. Conforme André Luiz, nessa mensagem, móvel dessa reflexão, crença não nos exime da consciência. Acertar ou cair são problemas pessoais. Tudo depende de você. Quem persiste na ilusão, abraça a teimosia.
QUE DEUS NOS AJUDE.
PAZ E ALEGRIAS.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

ESTRADA REAL

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ESTRADA REAL

JOSÉ HORTA
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 6
[1] do Cap. XV do ESE


Filhos, a estrada real para Deus chama-se Caridade.
Nela, todos os regulamentos e indicações guardam a mesma essência.
O roteiro é caridade.
O sentimento é caridade.
A idéia é caridade.
O passo é caridade.
O veículo é caridade.
A palavra é caridade.
O trabalho é caridade.
O movimento é caridade.
O repasto é caridade.
O aviso é caridade.
A cooperação é caridade.
A meta é caridade.
Junto de todas as pessoas e em todas as circunstâncias na grande viagem, as atitudes são do mesmo sentido.
Caridade para com amigos.
Caridade com os adversários.
Caridade com os bons.
Caridade com os menos bons.
Caridade com o próximo.
Caridade com os ausentes.
Caridade com os felizes.
Caridade com os menos felizes.
Caridade com os justos.
Caridade com os menos justos.
Em todos os momentos, a diretriz será sempre Caridade. E crede que não há redundância em nossas palavras.
Reflitamos juntos e a meditação fará diferença.

MINHA REFLEXÃO
Essa mensagem foi inspirada na carta de Paulo aos Coríntios onde trata da exaltação da CARIDADE como sendo a virtude por excelência. Ela ficou na condição de caminho para a felicidade eterna, pois na divisão dos bons e maus filhos de Deus, segundo Jesus Cristo, a única pergunta a ser feita a eles seria se tinham feito o bem aos irmãos mais necessitados; e dessa forma Ele nos ensinou o único caminho que leva a perfeição (S. MATEUS, cap. XXV, vv. 31 a 46.). Aqui chegamos ao ponto de não identificar a SALVAÇÃO em uma ou outra religião, tratada como um conjunto de princípios, dogmas ou revelações.
Qual a Religião de JESUS CRISTO? Ele não fundou nenhuma, pois Ele foi o ensinamento vivo. Ele representou A RELIGIÃO cujo dogma, como algo indiscutível, estabeleceu como sendo a prática da CARIDADE. O que veio depois dele foi a tentativa humana, e às vezes de forma perversa, de congregar aqueles que, afinizados com uma idéia de um CRIADOR, buscavam orientações dos iniciados, ditos representantes do ser divino, e em particular, Dele, na Terra.
A idéia da religião evoluiu e A. Kardec nos trouxe através de seus estudos, amparados pela Espiritualidade Maior, a Revelação do Consolador Prometido, que em sua simplicidade nos dirige a idéia primitiva de salvação que se dá unicamente pela prática da caridade, pois essa envolve todas as nossas emoções e entendimentos do amor ao próximo.
O Espírito José Horta foi feliz nos trazendo o que envolve a CARIDADE e a quem devemos dirigir essa virtude maior ensinada de forma viva por CRISTO. De tudo isso, A. Kardec conclui em sua Codificação, no livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, que FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO, máxima que serve de titulo do capitulo (XV) que discute o tema.
PAZ E ALEGRIAS.
Vamos caminhar para dias melhores, praticando a CARIDADE.

[1] 6. Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa e um címbalo que retine; - ainda quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios, e tivesse perfeita ciência de todas as coisas; ainda quando tivesse a fé possível, até o ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. - E, quando houver distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria. A caridade é paciente; é branda e benfazeja; a caridade não é invejosa; não é temerária, nem precipitada; não se enche de orgulho; - não é desdenhosa; não cuida de seus interesses; não se agasta, nem se azeda com coisa alguma; não suspeita mal; não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais excelente é a caridade (S. PAULO, 1ª Epístola aos Coríntios, cap. XIII, vv. 1 a 7 e 13.)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

OLVIDE E RECORDE

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OLVIDE E RECORDE


ANDRÉ LUIZ
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 3 do Cap. XV do ESE

Olvide o pó e o vento.
Recorde que a luz do Sol e a pureza da água são gratuitos.
*
Olvide o pessimismo e o mau agouro.
Recorde que a marcha do progresso é inexorável.
*
Olvide a palavra infeliz.
Recorde que você está sendo ouvido e observado.
*
Olvide a malquerença.
Recorde que o imperativo da fraternidade atinge a todos.
*
Olvide a indisposição.
Recorde que a disciplina mental é o primeiro remédio.
*
Olvide o próprio direito.
Recorde que o dever pessoal é intransferível.
*
Olvide a censura.
Recorde que a harmonia e a cooperação constroem sempre mais.
*
Olvide a discussão intempestiva.
Recorde que o respeito ao semelhante é o alicerce da paz.
*
Olvide a vaidade intelectual.
Recorde o valor do procedimento correto em todas as circunstâncias.
*
Olvide as vozes destrutivas.
Recorde que a extensão da seara do bem espera por nós.
*
Olvide a convenção nociva.
Recorde que a naturalidade suscita sempre a simpatia maior.
*
Olvide a lamentação.
Recorde que o minuto passa sem esperar por ninguém.
*
Triunfar é esquecer o lado menos bom da vida, lembrando o cumprimento das próprias obrigações que, em verdade, sustentam a nossa alegria incessante.

MINHA REFLEXÃO
O Item 3 do Cap XV (FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO) do ESE trata de uma interpretação da parábola do Bom Samaritano feita por Allan Kardec, que visualiza na mensagem do Cristo apenas uma maneira de alcançar o Reino de Deus: praticando a caridade. Quando ele propõe a separação dos filhos de Deus que assistiram seus irmãos daqueles que os desprezaram, Jesus Cristo nos ensina que somente isso será levado em conta quando tivermos que prestar conta de uma existência na Terra.
Conforme A. Kardec, quanto ao ensinamento de Jesus relativo às virtudes, “desde que coloca a caridade em primeiro lugar, é que ela implicitamente abrange todas as outras: a humildade, a brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc., e porque é a negação absoluta do orgulho e do egoísmo".
Na mensagem de André Luiz, ele nos lembra de esquecer o que de ruim estamos vivendo ou vivemos anteriormente, considerando que o lado positivo da vida é muito mais importante. Dessa forma podemos desenvolver as virtudes que constituem a CARIDADE na expressão transcendental que o Cristo imprime nas suas palavras.
Então, que possamos ser Bons Samaritanos independente da época, do grupo social que nos envolvem ou procuramos, de raça ou religião. Que possamos ser CARIDOSOS, enfim.
QUE DEUS NOS AJUDE.
PAZ E ALEGRIAS.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

AFLIGES-TE

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AFLIGES-TE

EMMANUEL
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 2 do Cap. V do ESE


AFLIGES-TE com a vizinhança do parente menos simpático.
Esqueces-te, no entanto, dos que vagueiam sem rumo.

AFLIGES-TE com leve dor de cabeça que o remédio alivia.
Esqueces-te, porém, dos que carregam a provação da loucura na grade dos manicômios.

AFLIGES-TE por perder a condução, no momento oportuno.
Esqueces-te, entretanto, dos que jazem detidos em catres de sofrimento, suspirando pelo conforto de se arrastarem.

AFLIGES-TE pelo erro sanável da costureira, na vestimenta que encomendastes.
Esqueces-te, contudo, daqueles que ostentam a pele ultrajada de chagas, sem se queixarem.

AFLIGES-TE em casa porque alguém te não fez o prato de preferência.
Esqueces-te, todavia, dos que varam a noite, atormentados de fome.

AFLIGES-TE com as travessuras do filhinho desajustados.
Esqueces-te, contudo, das crianças perdidas, ao sabor da intempérie.
AFLIGES-TE por insignificantes deveres no ambiente doméstico.
Esqueces-te, porém, dos que choram sozinhos, no leito dos hospitais.

AFLIGES-TE, tantas vezes, por bagatelas!...
Fita, no entanto, a retaguarda e, reparando as aflições dos outros, agradecerás ao SENHOR a própria felicidade que não conseguias ver.

MINHA REFLEXÃO
Em palavras do vulgo, Emmanuel quis dizer que “reclamamos de barriga cheia”. Esse planeta é de provas e expiações, por isso a exortação da bem aventurança relativa aos aflitos.
Não devemos nos prender as palavras, entendendo que temos sofrer para sermos felizes, para merecermos o reino de Deus. Jesus falava para nós que pela nossa evolução e desmandos em vidas passadas, vivemos em um mundo de provas e expiações e merecemos o que sofremos. Ou seja, se temos que sofrer por isso, que soframos resignados e conscientes de que estamos nos resguardando de males piores que poderemos viver se não formos dóceis à Justiça Divina.
PAZ E ALEGRIAS
QUE DEUS ME AJUDE

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

DE TOCAIA

88
DE TOCAIA



HILÁRIO SILVA
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 3 do Cap. X do ESE


Luís Borges, denodado tarefeiro da Causa Espírita, em S. Paulo, atravessava calmamente a Av. S. João, na capital bandeirante, quando foi alvejado por um tiro de revolver, estabelecendo-se o rebuliço.
Populares e guardas. Assobios e exclamações.
Pobre moço desconhecido e armado foi preso e trazido à presença da vítima.
Borges mostrava-se assustado, mas sereno. A bala atingira simplesmente o livro que sobraçava de mão encostada ao peito. E esse livro era “O Evangelho segundo o Espiritismo”, com que se dirigira a certa reunião em favor de um enfermo.
– Peço desculpas. O tiro foi casual – rogou o jovem, pálido.
Os policiais, contudo, retinham-no, furiosos.
Luís Borges, no entanto, buscando a paz, abriu o volume chamuscado e falou:
– Vejamos a mensagem do Evangelho.
E ante o assombro geral, leu, na página aberta, as belas referências do Capítulo X, “Bem-aventurados os que são misericordiosos”:
– “Então, aproximando-se dele, disse-lhe Pedro: - Senhor, quantas vezes perdoarei a meu irmão quando houver pecado contra mim? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: – Não vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete.”
Quando Borges terminou a ligeira leitura, o moço preso ajoelhou-se na rua e começou a soluçar. Só então explicou que ali se achava de tocaia para assassinar o próprio irmão que o havia prejudicado num processo de herança e prometeu desistir de semelhante propósito para sempre.

MINHA REFLEXÃO

Perdoar é uma das virtudes de maior engrandecimento, pois anula o egoísmo e o orgulho, a ira e intolerância. Quem perdoa, ganha mais da vida, pois não perde tempo preso a um momento de invigilância e falta de caridade de alguém.
A maior prova e mais meritório ainda é perdoar continuamente a mesma pessoa. Quando se age dessa forma, de certo modo, o perdoador age como agiria com seu filho ou irmão consangüíneo.
Jesus orienta que jamais façamos escândalos com quem nos faz mal. Antes disso, Ele orienta que o chamemos em particular para que desse modo ganhemos um amigo.
O perdão é um artifício de ganhar amigo!!!
Quando se trata de um familiar que nos faz mal, a ação de perdoar é o único meio de alargarmos a nossa família espiritual. Eis o objetivo da reencarnação: aumento e fortalecimento dos laços de família do ponto de vista espiritual. (ESE, CAPÍTULO IV - NINGUÉM PODERÁ VER O REINO DE DEUS SE NÃO NASCER DE NOVO, Item 18)
PAZ E ALEGRIAS.

domingo, 18 de outubro de 2009

ROGATIVA DO ESTÔMAGO




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ROGATIVA DO ESTÔMAGO


ANDRÉ LUIZ
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 8 do Cap. XIII do ESE


1 – Sou a porta de sua sustentação.
Conserve-me limpo.

2 – Posso trabalhar com segurança.
Não me incline à desordem.

3 – Muita vez clama você contra a carestia.
E despende somas consideráveis para desajustar-me as funções e conturbar-me os serviços.

4 – Não me encha de excessos.
Carregando peso desnecessário, é possível venhamos a cair hoje mesmo.

5 – Não me faça depósito de condimento demasiado.
Obedecendo às leis orgânicas, transmitirei ao seu próprio sangue os venenos que você me impuser.

6 – Não me dê bebidas alcoólicas.
Se você fizer isso, não garantirei sua própria cabeça.
7 – Rogo a você afastar-me de todo entorpecente, a não ser por ocasião de tratamentos excepcionais.
Pequena drágea para repouso inconveniente pode, em verdade, aproximar-nos da morte.

8 – Não desejo e nem posso alimentar-me exclusivamente com recursos celestes.
Peço apenas a você discernimento e equilíbrio.

9 – Governe-me contra as sugestões da mesa festiva, mesmo nos mais simples prazeres familiares.
Tenho comigo a chave de sua própria harmonia.

10 – Não me diga que morrerá de fome porque não disponha de mesa lauta.
Por amor de Deus, não olvide que a maior parte das enfermidades vem do prato abundante e que nós não vivemos para comer, mas comemos simplesmente para viver.

MINHA REFLEXÃO
André Luiz se inspirou na exortação de JESUS quanto ao convite que se faz para uma festa, em que muitos o fazem para manter um círculo de amizade com quem pode convidar-lhes por sua vez.
JESUS orienta que façamos esse tipo de convite sem ostentação, sem esperar uma retribuição pelo que fez. Num extremo, é preferível convidar quem não pode retribuir, pois assim não teremos a expectação de um convite de volta.
Mas André Luiz quis nos mostrar nessa mensagem o cuidado que devemos ter com o nosso corpo, particularmente com o estômago que para muitos é motivo de queda e conseqüentemente a dor posterior no mesmo local, com efeitos colaterais, tanto físico, em outras áreas, como emocionais, psicológicos e/ou moral.
O problema da obesidade, dos acidentes cardiovasculares, distúrbios gastro-intestinais estão todos relacionados, de um modo ou de outro com os excessos que fizemos nesta ou em vidas passadas com o nosso estômago.
As necessidades fisiológicas em geral, causam-nos um certo prazer, senão não faríamos. Deus foi cuidadoso com isso. Entretanto, todas as criações fisiológicas divinas ou tecnológicas humanas nunca foram essencialmente usadas para o que foram criadas. O homem em geral, no decorrer dos tempos sempre as usaram para a exarcebação do prazer ou conquista de poder fazendo do uso do livre arbítrio um motivo de queda.
Em particular a fisiologia estomacal, que para funcionar precisa que o alimento dê entrada pela boca, onde o homem só coloca aquilo que lhe dá prazer, sofre pelo excesso da busca desse prazer: o apetite desenfreado.
A frase educativa de Jesus – Não é o que entra ela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto sim, contamina o homem¹ – foi e ainda o é equivocadamente utilizada por muitos e, às vezes, de forma irônica, para justificar um vício, como o cigarro, a bebida alcoólica (mesmo de forma social), a glutonaria e as drogas. Muitos entendem que por serem boas pessoas podem fazer uso dos mais diversos tipos venenos (no caso do alimento é o excesso).
A última frase dessa mensagem do André Luiz

Por amor de Deus, não olvide que a maior parte das enfermidades vem do prato abundante e que nós não vivemos para comer, mas comemos simplesmente para viver.

deve ser nosso norte vivencial, ou seja, devemos tê-las em mente toda vez que nos prepararmos para nos alimentar. Devemos tê-la, a bem da verdade, como programa de vida; quer dizer, a nossa dieta deve ser consciente durante o dia todo e todos os dias. Devemos comer de forma disciplinada, que significa escolher o alimento, a forma do preparo, a hora de comê-lo e fundamentalmente, pensar na quantidade que levamos à boca. Pensando assim construímos uma prática construtiva que colabora em muito com a felicidade humana, que é o meu desafio, nesse momento.
PAZ E ALEGRIAS!!
QUE DEUS ME AJUDE!

¹ São Mateus, 15:11 Texto da Sociedade Bíblica do Brasil. 2ª Ed. Baueri-SP, 1992. (trad. de João Ferreira de Almeida). Veja o mesmo versículo traduzido pelo mesmo tradutor no texto da Imprensa Bíblica Brasileira. 36º Ed. Rio de Janeiro-RJ, 1993 – O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca isso é o que contamina o homem. Mas vejamos o que temos em outra tradução de responsabilidade da Editora Mundo Cristão (Copyright 1980, 2000 by Internacional Bible Society – não há informação do tradutor): Você não se torna impuro por comer alimentos proibidos no cerimonial! É o que você diz e pensa que o torna impuro. Vemos notadamente que Jesus tomou um exemplo contextual para ensinar que não adianta cumprir um ritual religioso se não temos uma mente pura, condenando ainda as práticas ritualísticas feitas mecanicamente pelas pessoas sem pensarem no real significado delas. Trouxe várias traduções para podermos ver como os textos podem, interpretados ao pé da letra, matar e não vivificar.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

OS NOVOS SAMARITANOS







86
OS NOVOS SAMARITANOS




EURÍPEDES BARSANULFO
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 2
[1] do Cap XV do ESE





Quem ainda não caiu nos resvaladouros do erro?
Quem ainda não se viu forçado a reerguer-se de muitas quedas?
Tange as fibras do coração e estende a indulgência, servindo aos companheiros que o açoite da provação flagela e vergasta.
Ei-los que surgem por toda parte:
O doente recluso no manicômio, expirando à míngua de luz, no crepúsculo da existência......
A jovem acidentada cujos olhos empalidecem par não mais fitarem o azul do céu...
O moço que ostenta a saúde a brincar-lhe no corpo e a irreflexão a empurrar-lhe a alma para os antros do vício...
A mulher que resume ao mesmo tempo a ternura de mil mãezinhas, ao enlaçar o filhinho amado e enfermo, desfalecente e já sem forças para chorar...
O homem de passo errante que se estira em descanso sobre passeios e bancos da via pública, tentando conciliar o sono sem sonhos do supremo infortúnio...
O cultivador do solo, preso a dores antigas e que não troca de vestimenta há vários meses de intensa luta...
A dama elegante e bela que traz o coração repleto de enganos sobe o colo estrelado de jóias...
O ébrio de olhar sem brilho e de lábios sem cor, que avança para o sepulcro, cambaleando aos soluços dos filhos entregues à ignorância e à necessidade...
A velhinha encarquilhada que ainda busca coser farrapos de velhos sonhos...
O sentenciado infeliz cuja consolação é somente ouvir a orquestra dos passarinhos sobre as telhas do cárcere...
Construindo o bem sem alarde, no sublime anonimato do amor fraterno, os espíritas podem e devem ser os novos samaritanos, em plena vida de hoje.

MINHA REFLEXÃO



Essa passagem evangélica foi a mensagem inspiradora de um trabalho muito bonito que fiz parte na década de 80. Hoje não tenho mais contato com os amigos do Grupo Espírita de Visita “Humberto de Campos”: Ribamar, Zé Antônio, Noely, Ana Maria. Fazíamos um estudo nos sábados e visitas aos domingos, toda semana. Passamos bons momentos naquelas tardes de domingo, porque, na alegria de estarmos fazendo bem às pessoas que visitávamos, fazíamos bem aos amigos do grupo pela oportunidade dada a eles de ter um grupo afinizado para fazer um trabalho que solitariamente seria mais difícil fazer.
Um dia da semana, da quinzena, do mês, podemos escolher para fazer um trabalho desse que ajuda a muitos a passar pelos momentos que passam em dificuldades de saúde, física ou mental, pela solidão, passando fome ou em risco da marginalidade ou prostituição, refletindo sobre o mal feito as pessoas, em presídios.
Podemos ser os novos samaritanos inspirados na parábola de Jesus quando nos ensinou que a caridade é a “condição absoluta da felicidade futura" (Item 3 do Cap. XV do ESE – Intitulado FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO).
Lendo o Item 3, transcrito no rodapé dessa postagem, concluímos que a CARIDADE é muito mais que fazer visita aos doentes e desvalidos de toda sorte; é muito mais que dizer ser dessa ou daquela religião. A caridade é o nome de um grupo de virtudes que nos levam ao Reino de Deus como sendo um estado de espírito que devemos perseguir representando no final a FELICIDADE ETERNA: Bem-aventurados, disse, os pobres de espírito, isto é, os humildes, porque deles é o reino dos céus; bem-aventurados os que têm puro o coração; bem-aventurados os que são brandos e pacíficos; bem-aventurados os que são misericordiosos; amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros o que quereríeis vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quiserdes ser perdoados; praticai o bem sem ostentação; julgai-vos a vós mesmos, antes de julgardes os outros. Não é pouca coisa, mas Deus nos dá todo o tempo da eternidade para conseguirmos essa condição...
Uns atingirão mais rápido que outros pela ESCOLHA que fizer visando o melhor para sua vida, mas, outros, ainda reticentes, ainda vão ainda penar bastante para despertar para caminhos mais retos, lembrando que depois da vinda de Jesus Cristo à Terra, já se passaram 2000 anos e ainda nos mostramos ainda vacilantes nessa ESCOLHA como se a FELICIDADE não dependesse dela.
Ainda fazemos muito mal a nós mesmos, retardando nosso progresso e a FELICIDADE ETERNA que o próprio JESUS prometeu e que é tão sonhada e poementizada por tantos, como se fosse apenas um ideal e não algo real, como se fosse alcançada somente por aqueles que nasceram com esse dom, indo de encontro com a JUSTIÇA DIVINA, que é imparcial e soberanamente JUSTA
[2].
Finalizando, deixo uma passagem de Davi, em Salmos, 32: 1-2, que nos adianta, já no seu tempo, que todos têm direito à felicidade. Entretanto, na visão espírita, tendo o Espírito já percorrido e estando percorrendo caminhos ainda muitos comprometedores, pode ainda almejar a FELICIDADE ETERNA, desde que trabalhe nesse sentido, praticando a caridade e, ainda mesmo que doa e, para muitos, que doa muito, pelos males que causou a muitos e a si mesmo: Como é feliz o homem que tem suas desobediências perdoadas e seus pecados cobertos! Como é feliz o homem cujos pecados Deus apagou e está livre de más intenções em seu coração.
PAZ E ALEGRIAS!
QUE DEUS ME AJUDE!

[1] Item 3 que comenta o Item 2. Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. Em todos os seus ensinos, ele aponta essas duas virtudes como sendo as que conduzem à eterna felicidade: Bem-aventurados, disse, os pobres de espírito, isto é, os humildes, porque deles é o reino dos céus; bem-aventurados os que têm puro o coração; bem-aventurados os que são brandos e pacíficos; bem-aventurados os que são misericordiosos; amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros o que quereríeis vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quiserdes ser perdoados; praticai o bem sem ostentação; julgai-vos a vós mesmos, antes de julgardes os outros. Humildade e caridade, eis o que não cessa de recomendar e o de que dá, ele próprio, o exemplo. Orgulho e egoísmo, eis o que não se cansa de combater. E não se limita a recomendar a caridade; põe-na claramente e em termos explícitos como condição absoluta da felicidade futura. No quadro que traçou do juízo final, deve-se, como em muitas outras coisas, separar o que é apenas figura, alegoria. A homens como os a quem falava, ainda incapazes de compreender as questões puramente espirituais, tinha ele de apresentar imagens materiais chocantes e próprias a impressionar. Para melhor apreenderem o que dizia, tinha mesmo de não se afastar muito das idéias correntes, quanto à forma, reservando sempre ao porvir a verdadeira interpretação de suas palavras e dos pontos sobre os quais não podia explicar-se claramente. Mas, ao lado da parte acessória ou figurada do quadro, há uma idéia dominante: a da felicidade reservada ao justo e da infelicidade que espera o mau. Naquele julgamento supremo, quais os considerados da sentença? Sobre que se baseia o libelo? Pergunta, porventura, o juiz se o inquirido preencheu tal ou qual formalidade, se observou mais ou menos tal ou qual prática exterior? Não; inquire tão-somente de uma coisa: se a caridade foi praticada, e se pronuncia assim: Passai à direita, vós que assististes os vossos irmãos; passai à esquerda, vós que fostes duros para com eles. Informa-se, por acaso, da ortodoxia da fé? Faz qualquer distinção entre o que crê de um modo e o que crê de outro? Não, pois Jesus coloca o samaritano, considerado herético, mas que pratica o amor do próximo, acima do ortodoxo que falta com a caridade. Não considera, portanto, a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas como a condição única. Se outras houvesse a serem preenchidas, ele as teria declinado. Desde que coloca a caridade em primeiro lugar, é que ela implicitamente abrange todas as outras: a humildade, a brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc., e porque é a negação absoluta do orgulho e do egoísmo.

[2] LIVRO DOS ESPÍRITOS, QUESTÃO 133. Têm necessidade de encarnação os Espíritos que, desde o princípio, seguiram o caminho do bem? “Todos são criados simples e ignorantes e se instruem nas lutas e tribulações da vida corporal. Deus, que é justo, não podia fazer felizes a uns, sem fadigas e trabalhos, conseguintemente sem mérito.”

terça-feira, 6 de outubro de 2009

PRECE DO PÃO


85
PRECE DO PÃO



MEIMEI
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 7
[1] do Cap XIII do ESE


Senhor!
Entre aqueles que te pedem proteção, estou eu também, servo humilde a quem mandaste extinguir o flagelo da fome.
Partilhando o movimento daqueles que te servem, fiz hoje igualmente o meu giro.
Vi-me freqüentemente detido, em lares faustosos, cooperando nas alegrias da mesa farta, mas vi pobres mulheres que me estendiam, debalde, as mãos.
Vi crianças esquálidas que me olhavam ansiosas, como se estivessem fitando um tesouro perdido.
Encontrei homens tristes, transpirando suor, que me contemplavam, agoniados, rogando, em silêncio, para que lhes socorresse os filhinhos largados ao extremo infortúnio...
Escutei doentes que não precisavam tanto de remédio, mas de mim, para que pudessem atender ao estômago torturado!...
Vi a penúria cansada de pranto e reparei, em muitos corações desvalidos, mudo desespero por minha causa.
Entretanto, Senhor, quase sempre estou encarcerado por aquelas mesmas criaturas que te dizem honrar.
Falam em teu nome, confortadas e distraídas na moldura do supérfluo, esquecendo que caminhastes, no mundo, sem reter uma pedra em que repousar a cabeça.
Elogiam-te a bondade e exaltam-te a glória, sem perceberem, junto delas, seus próprios irmãos fatigados e desnutridos. E, muitas vezes, depois de formosas dissertações em torno de teus ensinos, aprisionam-me em gavetas e armários, quando não me trancam sob a tela colorida de vitrinas custosas ou no recinto escuro dos armazéns.
Ensina-lhe, Senhor, nas lições da caridade, a dividir-me por amor, para que eu não seja motivo à delinqüência.
E, se possível, multiplica-me, por misericórdia, outra vez, a fim de que eu possa aliviar todos os famintos da Terra, porque, um dia, Senhor, quando ensinavas o homem a orar, incluíste-me entre as necessidades mais justas da vida, suplicando também a Deus:
- “O pão nosso de cada dia dai-nos hoje.”

MINHA REFLEXÃO

O pão representa a continuidade da vida, mesmo que sem qualidade. Ele aparece em várias passagens bíblicas/evangélicas
[2], representando muitas outras coisas, como a aliança, comunhão (Santa Ceia), a ajuda do céu (maná), o trabalho/esforço (Comerás o pão com o suor do teu rosto (Gn 3, 19)), etc.
Meimei suplica ao Senhor que as pessoas voltem seus olhares para os infortunados, pois muitos ficariam felizes com um simples pedaço de pão no inicio do dia.
Isso me faz lembrar que já passei fome quando estudei longe de meus pais. Certo dia amanheci sem nenhum tostão e ia seguindo sem me alimentar até o inicio da tarde, quando encontrei um amigo meu que me emprestou um dinheiro para eu me alimentar. Já tinha passado a hora do restaurante universitário e então procurei uma lanchonete e lá pedi um pão de queijo. Nossa...quando abri a boca para abocanhá-lo, vi pular de minha boca a saliva que se formou na boca só em pensar nele...rs. Acho que nunca comi um pão de queijo tão gostoso na minha vida.
É isso, quem já passou por isso, sabe o que Meimei diz na mensagem, sendo que essas pessoas que ela cita, já vem passando fome já há muitos dias, o que é uma potencialização do sofrimento da fome.
Que não venhamos a passar fome (ninguém sabe o dia de amanhã, nessa ou na próxima vida) e procuremos alimentar as pessoas com o pão da simpatia, da indulgência, da tolerância, da educação.
PAZ E ALEGRIAS
QUE DEUS ME AJUDE


[1] 7. Disse também àquele que o convidara: Quando derdes um jantar ou uma ceia, não convideis nem os vossos amigos, nem os vossos irmãos, nem os vossos parentes, nem os vossos vizinhos que forem ricos, para que em seguida não vos convidem a seu turno e assim retribuam o que de vós receberam. – Quando derdes um festim, convidai para ele os pobres, os estropiados, os coxos e os cegos. – E sereis ditosos por não terem eles meios de vo-lo retribuir, pois isso será retribuído na ressurreição dos justos. Um dos que se achavam à mesa, ouvindo essas palavras, disse-lhe: Feliz do que comer do pão no reino de Deus! (S. LUCAS, 14:12 a 15.)

[2] http://murima.blogspot.com/2003/05/po-nosso-o-smbolo-do-po-na-bblia-1.html

domingo, 27 de setembro de 2009

PRÓ OU CONTRA

84
PRÓ OU CONTRA


EMMANUEL
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 4 do Cap XVII do ESE


Entre o bem e o mal não existe neutralidade.
De igual modo, não há miscibilidade ou transição entre a verdade e a mentira.
Escondemo-nos na sombra ou revelamo-nos na luz.
Quem não edifica o bem, só por essa omissão já está forjando o mal, em forma de negligência.
Quem foge à realidade cairá inevitavelmente no engano de conseqüências imprevisíveis.
Importa considerar, entretanto, a relatividade das posições individuais, nos quadros da vida coletiva, para não encarcerarmos a própria conduta em opiniões inamovíveis.
Desse modo, busquemos sempre, acima de tudo, a verdade fundamental que dimanado Criador, e o bem maior, relativo ao interesse espiritual de todas as criaturas.
Partindo desse principio basilar, sentiremos a realidade do esclarecimento justo do Senhor:
- "Quem não é comigo é contra mim."
A necessidade mais imperiosa de nossas almas é sempre aquela do culto incessante à caridade pura, sem condições de qualquer natureza. Quem estiver fora dessa orientação, respira a distância do apostolado com Jesus.
Para assegurar-nos a firme atitude na senda reta, trazemos dentro de nós a consciência, à feição de porta-voz do roteiro exato.
Nos mínimos sucessos de cada dia, define-te, pois, com clareza, para que te não abandones à neblina dos vales de indecisão.
Estacionamento no mal, ou ascensão para o bem.
Com Jesus ou distante dele.
Isto significa que estarás ao lado do Cristo, desprezando agora as supostas facilidades que gerarão depois as dificuldades reais, ou abraçando, hoje, a cruz do caminho que, amanhã, conferir-te-ão o galardão do imarcescível triunfo.

MINHA REFLEXÃO

A mensagem de Emmanuel inspirada na instrução de Allan Kardec sobre os bons espíritas, dissertada no Cap. XVII nos lembra outra passagem evangélica quando o Cristo nos faz optar entre Deus e Mamom (ESE, Cap XVI).
Sendo Jesus a expressão de Deus na Terra, não podemos ficar vacilantes em optar por ele ou qualquer coisa, doutrina, tendência filosófica ou religiosa.
Devemos fazer o bem como Jesus nos ensinou. Não fazer o mal não é suficiente para se dizer bondoso. Temos que tomar atitudes benevolentes. Conforme Emmanuel, nessa mensagem dele psicografada por Waldo Vieira, “quem não edifica o bem, só por essa omissão já está forjando o mal, em forma de negligência”. Então, para sermos bons espíritas, devemos fazer mais que se omitir quando uma situação nos pede uma posição cristã, significando uma opção por Jesus.
É bem verdade que estamos em ascensão espiritual e nem sempre conseguimos seguir a risca os preceitos evangélicos, mas devemos manter sempre o esforço em nos melhorarmos, conforme Allan Kardec nos ensinou: “Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más” (ESE, CAP..XVII, Item 4).
PAZ E ALEGRIAS

sábado, 19 de setembro de 2009

NOSSOS IRMÃOS

83
NOSSOS IRMÃOS

ALBINO TEIXEIRA
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 5[1] do Cap. XII do ESE



Um pensamento de simpatia e de amor para os nossos irmãos que se recuperam!... Muitos são chamados criminosos, mas, em verdade, foram doentes. Sofriam desequilíbrios da alma, que se lhes encravavam no ser, quais moléstias ocultas.
Praticaram delitos, sim... Hoje, entretanto, procuram-te a companhia, sonhando renovação.
Amaram, ignorando que o afeto deve estar vinculado à harmonia da consciência, e amarguraram terrível secura, em labirintos de sombra, a suspirarem agora pelo orvalho da luz.
Eram sovinas e sonegavam o pão à boca faminta dos semelhantes; contudo, pretendem contigo o reingresso na escola da caridade.
Acreditavam-se em regime de exceção, quando o orgulho lhes assopravam a mentira; no entanto, após resvalarem no erro, refugiam-se em tua fé, anelando refazimento.
Renderam-se às tentações e foram pilhadas na armadilha do mal; todavia, presentemente, buscam-te os olhos e apertam-te as mãos, ansiando esquecer e recomeçar.
Não lhes fites o desacerto.
Alimenta-lhes a esperança.
Não te animarias a espancar a cabeça de quem estivesse a convalescer, depois da loucura, nem cortarias a pele em cicatrizes recentes.
Enfermos graves da alma, todos nós fomos ontem!...
Rende, pois, graças a Deus, se já podes prestar auxílio, porque, se chegaste ao grau de restauração em que te encontras, é que, decerto, alguém caminhou pacientemente contigo, com bastante amor de servir e bastante coragem de suportar.

MINHA REFLEXÃO

Nosso passado delituoso (não precisamos voltar ao passado, pois nossas inclinações nos indicam o que gostávamos de fazer em outras vidas) nos faz pensar que os nossos desafetos, irmãos e filhos que nos contrariam merecem nossa paciência e tolerância.
Quando decidiram que tinham que mudar, aceitaram viver entre nós, como colegas, filhos ou parentes, na esperança de mudarem, serem ajudados por nós, considerando que aceitamos essa tarefa a partir de nossa resolução de também repararmos o que destruimos no passado e progredir também.
Muitas vezes fomos os seus descaminhadores, isto é, contribuimos muito para que fossem o que vieram a ser e que hoje pensam em reparar o mal feito.
Devemos ser pacientes e tolerantes...Eis o caminho para a nossa felicidade...
Paz e alegrias!!!


[1] Com um mau proceder, o homem irrita o seu inimigo, que então se constitui instrumento de que a justiça de Deus se serve para punir aquele que não perdoou.