sábado, 19 de setembro de 2009

NOSSOS IRMÃOS

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NOSSOS IRMÃOS

ALBINO TEIXEIRA
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 5[1] do Cap. XII do ESE



Um pensamento de simpatia e de amor para os nossos irmãos que se recuperam!... Muitos são chamados criminosos, mas, em verdade, foram doentes. Sofriam desequilíbrios da alma, que se lhes encravavam no ser, quais moléstias ocultas.
Praticaram delitos, sim... Hoje, entretanto, procuram-te a companhia, sonhando renovação.
Amaram, ignorando que o afeto deve estar vinculado à harmonia da consciência, e amarguraram terrível secura, em labirintos de sombra, a suspirarem agora pelo orvalho da luz.
Eram sovinas e sonegavam o pão à boca faminta dos semelhantes; contudo, pretendem contigo o reingresso na escola da caridade.
Acreditavam-se em regime de exceção, quando o orgulho lhes assopravam a mentira; no entanto, após resvalarem no erro, refugiam-se em tua fé, anelando refazimento.
Renderam-se às tentações e foram pilhadas na armadilha do mal; todavia, presentemente, buscam-te os olhos e apertam-te as mãos, ansiando esquecer e recomeçar.
Não lhes fites o desacerto.
Alimenta-lhes a esperança.
Não te animarias a espancar a cabeça de quem estivesse a convalescer, depois da loucura, nem cortarias a pele em cicatrizes recentes.
Enfermos graves da alma, todos nós fomos ontem!...
Rende, pois, graças a Deus, se já podes prestar auxílio, porque, se chegaste ao grau de restauração em que te encontras, é que, decerto, alguém caminhou pacientemente contigo, com bastante amor de servir e bastante coragem de suportar.

MINHA REFLEXÃO

Nosso passado delituoso (não precisamos voltar ao passado, pois nossas inclinações nos indicam o que gostávamos de fazer em outras vidas) nos faz pensar que os nossos desafetos, irmãos e filhos que nos contrariam merecem nossa paciência e tolerância.
Quando decidiram que tinham que mudar, aceitaram viver entre nós, como colegas, filhos ou parentes, na esperança de mudarem, serem ajudados por nós, considerando que aceitamos essa tarefa a partir de nossa resolução de também repararmos o que destruimos no passado e progredir também.
Muitas vezes fomos os seus descaminhadores, isto é, contribuimos muito para que fossem o que vieram a ser e que hoje pensam em reparar o mal feito.
Devemos ser pacientes e tolerantes...Eis o caminho para a nossa felicidade...
Paz e alegrias!!!


[1] Com um mau proceder, o homem irrita o seu inimigo, que então se constitui instrumento de que a justiça de Deus se serve para punir aquele que não perdoou.