terça-feira, 2 de setembro de 2008

NA SAÚDE, NA DOENÇA

“Amai, pois, vossa alma, mas cuida também do corpo, instrumento da alma. Desconhecer as necessidades que a própria Natureza indica é desconhecer a Lei de Deus.” GEORGE, ESPÍRITO PROTETOR. In: ESE, Cap. XVII, Item 11.

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NA SAÚDE, NA DOENÇA


ANDRÉ LUIZ
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 11 do Cap. XVII


Em toda circunstância, trate a própria saúde, prevenindo-se da doença com os recursos encontrados em você mesmo.
Cada dia é novo ensejo para adquirirmos enfermidade ou curar nossos males.
O melhor remédio, antes de qualquer outro, é a vontade sadia, porque a vontade débil enfraquece a imaginação e a imaginação doentia debilita o corpo.
Doença do corpo pode criar doença da alma e doença da alma pode acarretar doença do corpo.
Vida atribulada nem sempre significa vida bem vivida.
Conquanto a existência em torno possa mostras–se febricitante e turbilhonaria, resguarde-se contra as intempéries emocionais no clima íntimo do próprio ser, ajudando e servindo com alegria ao menos felizes, na certeza de que o enfermiço diligente conserva a integridade mental, muito embora convivendo, dia a dia, com dezenas de enfermos em grandes desequilíbrios.
Somos parte integrante da farmácia do nosso próximo.
Observe as reações que a sua presença provoca no semelhante e pacifique aqueles com quem convive, não só pela palavra, mas até mesmo pela aparência e pelas atitudes, pois com a simples aproximação funcionamos como tranqüilizadores ou excitantes de quem nos cerca, aliviando ou agravando os seus padecimentos físicos e morais...
Muitas doenças nascem da suspeita injustificável.
Seja sincero com você e com os outros na apreciação de sintomas que se reportem a desajustamentos orgânicos, tratando de assuntos dessa natureza, sem alarde e sem exagero.
O maior restaurador de forças é a consciência reta que asserena as emoções.
Se o leito de dor é agasalho imposto ao seu corpo enfermo, lembre-se de que a meditação é santuário invisível para o abrigo do espírito em dificuldade e que a prece refunde e sublima as energias da alma.
Doença é contingência natural, inevitável às criaturas em processo de evolução; por isso, esforce-se por abolir inquietações quanto a problemas de saúde física, atendendo ao equilíbrio orgânico e confiando na Vontade Superior.

MINHA REFLEXÃO
Quando o Espírito André Luiz afirma que “Doença do corpo pode criar doença da alma e doença da alma pode acarretar doença do corpo”, tem a intenção de nos esclarecer, baseado em Georges, que há uma afinidade muito grande entre a alma e o corpo. O perispírito, corpo da alma, intermediário entre a alma e o corpo físico, se ressente de todo mal que fazemos ao nosso corpo e esse, por sua vez, absorve os problemas que acarretam a alma.
O Espírito Georges nos esclarece que devemos procurar o equilíbrio para que os dois possam conviver na mais completa harmonia.
Esse Espírito nos lembra que devemos ser serenos em qualquer lugar que formos e estivermos, pois a nossa influência sobre as pessoas é muito forte. Em um ambiente em que há doentes devemos manter a serenidade que acalma e dá esperança.
Quanto ao cuidado com o corpo e a alma, que previne doenças nos corpos físico e espiritual, quantas vezes achamos que o nosso comportamento diz respeito só a nós mesmos. No entanto, como somos responsáveis pela queda do nosso próximo, pelo descuido que temos conosco mesmo, pelo desamor que temos com o nosso corpo e alma e pelo desrespeito às Leis de Deus.
Como é forte a nossa influência sobre os jovens. Como eles nos copiam, por verem que nós, de imediato, não nos ressentimos do mal que fazemos ao nosso corpo. E quantos de nós achamos graça quando verificamos que uma pessoa por mais que seja uma inveterada em um vício, nos exames que fazem, não aparecem, naquele momento, os estragos que já existem em seu corpo físico ou espiritual.
Atualmente não fumo e nem consumo bebidas alcoólicas, mas já fiz muito isso. E como fazia com desconhecimento de causa. O conhecimento do Espiritismo me ajudou a largar esses vícios. Graças a Deus. Fico triste, e às vezes revoltado, indignado, quando vejo alguém fumar ou ingerir bebida alcoólica. Não sei se mais pela “inconsciência” de quem usa essas substâncias ou pela influência que isso tem sobre os jovens e ou adultos que potencialmente são fumantes inveterados ou alcoólatras, que precisam só o primeiro gole ou trago para reiniciarem o vicio que deixaram pela morte em existência passada ou, ainda, pela perversidade de quem lucra com a morte dos outros.
É duro, e temos que ser serenos quanto a isso, pois cada um é responsável pelo destino que escolhe na sua vida, e se não fazemos o que os outros fazem, fazemos o que os que os outros não fazem. Chico Xavier nos exemplificou: “Deixo os outros fazerem o que lhes convém e me permito fazer o que me convém”. E a caridade, segundo São Paulo - vi isso hoje no Evangelho –
“é paciente, é doce e benigna. [...] tudo suporta, tudo crê, tudo espera e tudo sofre”. Confesso que de quando em quando eu esqueço isso e o homem velho se revela com muita intensidade em mim. Perdoem-me quem se ressentem com isso. Rs.
Acredito que se formos pacientes com tudo que nos prova vivencialmente na relação com os nossos problemas e/ou na relação com o nosso próximo e em particular com o nosso semelhante do lar, seremos mais rapidamente libertados do que nos prendem á Terra:
nossa imperfeição. Deus nos ajude e o nosso Anjo da Guarda também
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