terça-feira, 19 de maio de 2009

COM VOCÊ MESMO

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COM VOCÊ MESMO



ANDRÉ LUIZ
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 13
[1] do Cap. V do ESE


Meu amigo, você clama contra as dificuldades do mundo, mas será que você já pensou nas facilidades em suas mãos?
Observemos.
Você concorre, em tempo determinado, para exonerar-se da multa legal, com expressiva taxa pelo consumo de luz e força elétricas; todavia, a usina solar que lhe fornece claridade, calor e vida, nem é assinalada comumente pela sua memória...
Você salda, periodicamente, largas contas relativas ao gasto de água encanada; no entanto, nem se lembra da gratuidade da água das chuvas e das fontes a enriquecer-lhe os dias...
Você estipendia na feira, com apreciáveis somas, todo gênero alimentício que lhe atenda ao paladar; contudo, o oxigênio – elemento mais importante a sustentar-lhe o organismo – é utilizado em seu sangue sem pesar-lhe no orçamento com qualquer preocupação...
Você resgata com a loja novos débitos, cada vez que renova o guarda-roupa, e, apesar disso, nunca inventariou os bens que deve ao corpo de carne a resguardar-lhe o espírito...
Você remunera o profissional especializado pela adaptação de um só dente artificial, entretanto, nada despendeu para obter a dentadura natural completa...
Você compra a drágea medicamentosa para leve dor de cabeça; todavia, recebe de graça a faculdade de articular, instante a instante, os mais complicados pensamentos...
Você gasta quantia estimáveis para assistir a esse ou àquele espetáculo esportivo ou à exibição de um filme; contudo, guarda sem sacrifício algum a possibilidade de contemplar o solo cheio de flores e o céu faiscante de estrelas...
Você paga para ouvir simples melodia de um conjunto orquestral; no entanto, ouve diariamente a divina música da natureza, sem consumir vintém...
Você desembolsa importâncias enormes para adquirir passagens e indenizar hospedarias, sempre que se desloca de casa; não obstante, passa-lhe despercebido o prêmio vultoso que recebeu com o próprio ingresso na romagem terrestre...
Não desespere e nem se lastime...
Atendamos à realidade, compreendendo que a alergia e a esperança, expressando créditos infinitos de Deus, são os motivos básicos da vida a erguer-se, cada momento, por sinfonia maravilhosa.

MINHA REFLEXÃO

Por que reclamamos tanto se temos tanto coisas de graça a começar pela vida. Deus nos oferece um manancial de bênçãos que só preso a concepção de uma vida única um homem em sã consciência pode reclamar de seus revezes.
O capítulo do ESE que originou a mensagem do Espírito André Luiz é intitulado Bem-Aventurados os aflitos. Através da leitura dele nós passamos a entender as aflições que nos atingem na nossa romagem terrena.
Quantas vezes nos postamos a reclamar de algo que pode ser o móvel para a nossa evolução espiritual. Se cada vez que sentimos a dor moral ou física devemos pensar que a oportunidade é aquela para nos fazermos melhor perante a Deus.
Sejamos fervorosos no sentido de sempre transformar “um limão em uma limonada”. Para tanto precisamos pensar na vida como ponte para crescimento espiritual, mesmo que sofredora, pois se sofremos é por plantamos para colher. Ninguém sofre injustiçadamente. Tudo está escrito em nós mesmo e devemos saber fazer a leitura que se apresenta em nosso corpo, na convivência com os familiares e/ou com colegas de trabalho ou vizinhos e mesmo transeuntes da passarela que trafegamos.
Que as bênçãos da revelação espírita nos favoreçam no sentido de olharmos que temos conosco tudo que é preciso para sermos vitoriosos espiritualmente falando
Que vejamos a vida sempre alegres e esperançosos. Estaremos assim nos integrando à programação divina de forma paciente e resignada.
PAZ E ALEGRIAS!!

[1] 13. O homem pode suavizar ou aumentar o amargor de suas provas, conforme o modo por que encare a vida terrena. Tanto mais sofre ele, quanto mais longa se lhe afigura a duração do sofrimento. Ora, aquele que a encara pelo prisma da vida espiritual apanha, num golpe de vista, a vida corpórea. Ele a vê como um ponto no infinito, compreende-lhe a curteza e reconhece que esse penoso momento terá presto passado. A certeza de um próximo futuro mais ditoso o sustenta e anima e, longe de se queixar, agradece ao Céu as dores que o fazem avançar. Contrariamente, para aquele que apenas vê a vida corpórea, interminável lhe parece esta, e a dor o oprime com todo o seu peso. Daquela maneira de considerar a vida, resulta ser diminuída a importância das coisas deste mundo, e sentir-se compelido o homem a moderar seus desejos, a contentar-se com a sua posição, sem invejar a dos outros, a receber atenuada a impressão dos reveses e das decepções que experimente. Daí tira ele uma calma e uma resignação tão úteis à saúde do corpo quanto à da alma, ao passo que, com a inveja, o ciúme e a ambição, voluntariamente se condena à tortura e aumenta as misérias e as angústias da sua curta existência.