sexta-feira, 21 de março de 2008

A RIGOR

Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas, não vim destruí-los, mas dar-lhes cumprimento. Eu vos digo em verdade que o Céu e a Terra não passarão antes que tudo o que está na lei seja cumprido completamente, até o último jota e o último ponto. (Mateus, 5: 17 e 18)

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A RIGOR


ANDRÉ LUIZ
Psicografada por Waldo Vieira
Sobre o Cap. I – Item 7(1) do ESE


In: Xavier, F. C; Vieira, Waldo. O Espírito da Verdade: Estudos e dissertações em torno de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" de Allan Kardec. 14 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003.

Espírito Santo – falange dos Emissários da Providência que superintende os grandes movimentos da Humanidade na Terra e no Plano Espiritual.
Reino de Deus – estando de sublimação da alma, criado por ela própria, através de reencarnações incessantes.
Céu – esferas espirituais santificadas onde habitam Espíritos Superiores que exteriorizam, do próprio íntimo, a atmosfera de paz e felicidade.
Milagre – designação de fatos naturais cujo mecanismo familiar à Lei Divina ainda se encontra defeso ao entendimento fragmentário da criatura.
Mistério – parte ignorada das Normas Universais que, paulatinamente, é identificada e compreendida pelo espírito humano.
Sobrenatural – definição de fenômenos que ainda não se incorporam aos domínios do hábito.
Santo – atributo dirigido a determinadas pessoas que aparentemente atenderam, na Terra, à execução do próprio dever.
Tentação – posição pessoal de cativeiro interior a vícios instintivos que ainda não conseguimos superar por nós mesmos.
Dia do juízo – oportunidade situada entre dois períodos de existência da alma, que se referem à sementeira de ações e à renovação da própria conduta.
Salvação – libertação e preservação do espírito contra o perigo de maiores males, no próprio caminho, a fim de que se confie à construção da própria felicidade, nos domínios do bem, elevando-se a passos mais altos de evolução.

O Espiritismo tem por missão fundamental, entre os homens, a reforma interior de cada um, fornecendo explicações ao porquê dos destinos, razão pela qual muitos conceitos usuais são por ele restaurados ou corrigidos, para que se faça luz nas consciência e consolo nos corações. Assim como o Cristo não veio destruir a Lei, porém cumpri-la, a Doutrina Espírita não veio desdizer os ensinos do Senhor, mas desenvolvê-los, completá-los e explica-los em termos claros e para toda a gente, quando foram ditos sob formas alegóricas.
A rigor, a verdade pode caminhar distante da palavra com que aspiramos a traduzi-la.
Renove, pois, as expressões do seu pensamento e a vida renovar-se-lhe-á inteiramente, nas fainas de cada hora.

MINHA REFLEXÃO

O Espiritismo traduz muitas palavras, frases ou parábolas pronunciadas por Jesus Cristo na missão de esclarecer, consolar a humanidade, desenvolvendo ainda algumas idéias.
Veio na data certa quando a humanidade estava evoluída o suficiente para receber a luz que na época do Cristo lhe ofuscaria.
André Luiz aproveita a mensagem para dar interpretações de algumas palavras se tornam incompreensíveis, como por exemplo, aquelas relacionadas ao estado evolutivo do Espírito (REINO DE DEUS), que a princípio ao pé da letra nos remetem à idéia de um mundo físico.
Então devemos nos renovar a partir das palavras bem compreendidas e fáceis de entendimento.
Sendo a continuidade das revelações espirituais, o Espiritismo cumpre sua missão de ser a Terceira Revelação que, analogamente a Jesus, diz:
Não venho destruir a Lei cristã, mas dar-lhe execução.

1 Da mesma forma que o Cristo disse: Não vim destruir a lei, mas cumpri-la, o Espiritismo igualmente diz: não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução. Ele não ensina nada em contrário ao que o Cristo ensinou, mas desenvolve, completa e explica, em termos claros para todos, o que só foi dito sob forma alegórica. Ele vem cumprir, no tempo anunciado, o que o Cristo prometeu e preparar a realização das coisas futuras. É, portanto, obra do Cristo, que o preside e que igualmente preside ao que anunciou: a regeneração que se opera e prepara o Reino de Deus na Terra (Allan Kardec em ESE, Cap. I, Item 7).