terça-feira, 1 de setembro de 2009

A FESTA

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A FESTA


HILÁRIO SILVA
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 7 do Cap. IX do ESE



Era homem de meia-idade.
Chamava-se Frederico Manuel de Ávila.
Comerciante progressista. Espírita há dois lustros, buscava pautar a existência pelo Evangelho Renovador.
Contudo, era sempre afobado.
Raro se detinha para examinar um problema maior.
Impaciente. Precipitado. Febricitante.
Várias vezes fora admoestado para reduzir a marcha da própria vida.
Amigos aconselharam. Espíritos advertiram.
Tudo inútil.
Certo dia, demorando-se mais no escritório, voltou ao lar, quase noitinha, acelerado como de hábito.
De posse da chave, abriu a porta e entrou.
Percorria o corredor para chegar a uma das salas, quando nota um vulto caminhando para ele, a toda pressa na penumbra...
Surpreendido e amedrontado, ante a figura estranha, julgou-se à frente de algum amigo do alheio e volveu sobre os próprios passos, em corrida aberta.
Na fuga, porém, tropeça num canteiro do jardim e cai, gritando, estentórico.
Os gritos atraem vizinhos, pressurosos, que o encontram desmaiado.
É conduzido ao hospital próximo.
Frederico fraturara uma perna...
Mais tarde, volta a casa com a perna engessada.
Na intimidade da família, foi compelido a lembrar-se de que aniversariava naquele dia...
E tudo fico esclarecido.
Como se demorasse em serviço, os parentes quiseram surpreendê-lo no trabalho, verificando-se o desencontro.
A esposa e os filhos, para recepcioná-lo alegremente, em festa íntima, alteraram as disposições dos móveis do interior da casa.
E só então pôde compreender que o vulto, que o assustara, era ele mesmo refletido no grande espelho da parede da sala de jantar que fora mudado de posição....

MINHA REFLEXÃO

Essa mensagem teve origem na mensagem de UM ESPÍRITO AMIGO intitulada A PACIÊNCIA e grafada no Evang. Segundo o Espiritismo no Cap intitulado Bem-aventurados aqueles que são Mansos e Pacíficos.
Creio que este é o capitulo que mais me toca o Espírito, pois ainda sou muito impaciente e intolerante com os outros, mas comigo também, creio que mais com os outros...rs. Sei lá.
O automatismo da intolerância é demais em mim...e o sinto chegar e ir embora, por que raciocino quando me comporto assim...Mas parece que o automatismo é mais rápido que o pensamento...Creio que vale aqui a teoria do reflexo condicionado...Somos alimentados pelo que reprovamos nos outros.
Fico pensando se projeto nos outros os meus defeitos ou reprovo neles o que não faço mais, como se não o fiz, o que reprovo nos outros, com até mais intensidade, de forma que tambem é um ato anti-caridoso.
Frederico é o retrato de muitos que não raciocinam até mesmo nas pequenas coisas, que nao seja em dominar um defeito...Reflete-se nele a impaciência e a inseguranca, falta de maturidade em situações inovadoras
Que nessa existencia eu termine um pouco mais dócil, maleável, tolerante, paciente e indugente com as falhas alheias e em acontecimentos de modo geral...
Paz e alegrias
ps. essa mensagem traz a numeração atrasada, pois na semana passada eu refleti sobre a mensagem posterior a ela.