segunda-feira, 23 de novembro de 2009

ESPIRITISMO E VOCÊ

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ESPIRITISMO E VOCÊ




ANDRÉ LUIZ
Psicografada por WALDO VIEIRA
Sobre o Item 4 do Cap. XVII do ESE



Recentemente você teve os primeiros contactos com a Doutrina Espírita e agora se deslumbra com as novas perspectivas espirituais da existência.
Ideais redentores.
Relações pessoais enriquecidas.
Conversações edificantes.
Leitura nobre.
Promissores ensejos de servir à fraternidade.
Recorde, no entanto, os imperativos da disciplina, em todos os empreendimentos, para que a afoiteza não crie frustrações.
Tornar-se espírita não é santificar-se automaticamente, não significa privilégios e nem expressa cárcere interior.
É oportunidade de libertação da alma com responsabilidades maiores ante as Leis da Criação.
É reencarnar-se moralmente, de novo, dentro da própria vida humana.
Convicção espírita é galardão abençoado no aprendizado multimilenar da evolução.
Desse modo, nem prevenção nem invigilância constituem caminhos para semelhante conquista.
Urge sustentar perseverança e paciência na execução justa de todos os deveres.
Evite arrancar abruptamente as raízes defeituosas, mas profundas, de suas atividades; empreenda qualquer renovação pouco a pouco.
Contenha os ímpetos de defesa intempestiva das suas idéias novas; sedimente primeiro os próprios conhecimentos.
Espiritismo é Claridade Eterna.
Gradue a intensidade da luz que você vislumbra, para que seus olhos não sejam acometidos pela cegueira do fanatismo.
Muitos irmãos nossos ainda se debatem nas lutas de subnível, porque não se dispuseram a aceitar a realidade que você está aceitando, mas, também, outros muitos palmilharam o lance da experiência que hoje você palmilha e nem por isso alcançaram êxitos maiores, na batalha íntima e intransferível que travamos conosco, em vista da negligência a que ainda se fazem.
Crença não nos exime da consciência.
Acerta ou cair são problemas pessoais.
Tudo depende de você.
Quem persiste na ilusão, abraça a teimosia.
Quanto mais se edifica a inteligência, mais se lhe acentua o prazer de servir.
Obedeça, pois, ao chamamento do Senhor, emprestando boa-vontade ao engrandecimento da redenção humana, através do trabalho ativo e incessante nos diversos setores em que se lhe possa desenvolver a colaboração.
Conserve-se encorajado e confiante.
Alegria serena, em marcha uniforme, é a norma ideal para atingir-se a meta colimada.
Eleve anseios e esperanças, tentando sublimar emoções e cometimentos.
Acima de tudo, consolide no coração a certeza de que a revelação maior é aquela que nos preceitua o dever de procurar com Jesus a nossa libertação do mal e, em nosso próprio benefício, compreendamos a real posição do Mestre como Excelso Condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.



MINHA REFLEXÃO
Essa mensagem foi inspirada em outra do livro O Evangelho Segundo Espiritismo, de Allan Kardec, grafada no capítulo intitulado SEDE PERFEITOS. Nesse capitulo tem uma dissertação de A. Kardec sobre OS BONS ESPÍRITAS. A. Kardec, considerando a tendência dessa ou daquela pessoa ser tocada moralmente pelos ensinamentos do Espiritismo, classifica os Espíritas em duas categorias: os imperfeitos e o verdadeiro espírita.
No primeiro, apenas o fenômeno lhe atrai, é simpático às exortações evangélicas e morais, mas não se compromete com as conseqüências morais que advém disso, que devem ser a transformação moral, pois não está preparado para mudar, e por isso nem tenta; além disso, não se envolve com o movimento espírita, o que dificulta a integração com a Doutrina, por faltar o elemento social - a interação com os pares.
Conforme Kardec, reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más. Não é fácil se modificar, considerando os milênios no automatismo da estagnação espiritual, então é preciso muito esforço e amor a si próprio para desenvolver um programa de mudanças morais, que envolve mudar hábitos, podar reações negativas que vêm de sopetão em sua mente, que a maioria das vezes vão as vias de fatos, e renunciar algumas vezes de forma sistemática, certos prazeres da vida cotidiana que fazem parte da vida social e familiar.
O verdadeiro espírita trabalha pela sua reforma íntima a partir de estudos e preces, seguidos de ação e reflexão sobre a prática. O orgulho que é o maior inimigo do ser humano tem que ser enfrentado diariamente; os pensamentos maledicentes têm que ser expulsos vez e outra; a paciência tem que ser convidada no relacionamento consigo mesmo e com os outros; o perdão a si mesmo e aos outros o prova a todo instante. Enfim, ele deve ser caridoso... Pois aprende que ser espírita não garante lugar no Céu, conforme a máxima espírita: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO!
André Luiz adverte, por sua vez, aos iniciantes, sobre as mudanças interiores que devem ser levadas em conta, sem exigir de si mesmos mudanças radicais que podem não ser suportadas. A angelitude ainda se encontra distante do ser humano terráqueo, então as mudanças devem seguir um ritmo que difere de um para outro; no entanto, é importante não descuidar da disciplina e fugir da teimosia relativa a certos hábitos físicos ou morais e das tentações que lhe batem a porta como prova à sua ascensão espiritual. Conforme André Luiz, nessa mensagem, móvel dessa reflexão, crença não nos exime da consciência. Acertar ou cair são problemas pessoais. Tudo depende de você. Quem persiste na ilusão, abraça a teimosia.
QUE DEUS NOS AJUDE.
PAZ E ALEGRIAS.