quarta-feira, 11 de março de 2009

CARIDADE E VOCÊ

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CARIDADE E VOCÊ


ANDRÉ LUIZ
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 9 do Cap. XVI do ESE



Acredita você que só a caridade pode salvar o mundo; entretanto, não se demore na posição de comentarista.
Não nos diga que é pobre e incapaz de contribuir na campanha renovadora da sublime virtude.
Senão vejamos:
Se você destinar a quantia correspondente a um refrigerante ou um aperitivo em cada cinco doses, segundo os seus hábitos, aos serviços de qualquer hospital, no fim de um mês haverá mais decisiva medicação para certo doente.
Se você renunciar ao cinema de uma vez em cada cinco, endereçando o dinheiro respectivo a uma creche, ao término de duas ou três semanas, a instituição contará com mais leite em favor das crianças necessitadas.
Se você suprimir um maço de cigarros em cada cinco de seu uso particular, dedicando o fruto dessa renúncia a uma casa erguida para os irmãos distanciados do conforto doméstico, em breve tempo o agasalho devido a eles seá mais rico.
Se você economizar as peças do vestuário, guardando a importância equivalente a uma delas em cada cinco, para socorro ao próximo menos feliz, no fim de um ano disporá você mesmo de recursos suficientes para vestir alguém que a nudez ameaça.
Não espere pela bondade dos outros.
Lembre-se daquela que você mesmo pode fazer.
É possível que você nos responda que o supérfluo é seu próprio suor, que não nos cabe opinar em seu caminho e que o copo e o filme, o fumo e a moda são movimentados à sua custa.
Você naturalmente está certo na afirmativa e não seremos nós quem lhe contestará semelhante direito.
A vontade é sagrado atributo do espírito, dádiva de Deus a nós outros, para que decidamos, por nós, quanto à direção do próprio destino.
Todavia, nosso lembrete é apenas uma sugestão aos companheiros que acreditam na força da caridade e só ganhará realmente algum valor se houver algum laço entre a caridade e você.


MINHA REFLEXÃO

André Luiz é muito oportuno quando nos esclarece que mesmo com pouco, que reunimos renunciando um pouco de nossas mordomias, prazeres supérfluos como comer um simples chocolate, podemos ajudar a muitos que passam privacidades. Quantas vezes numa situação de dificuldade financeira pensamos duas vezes, quando vemos um chocolate, ao lembrarmos que o dinheiro pouco do momento, se comprarmos o chocolate, poderá faltar para comprar um simples pão do café da manhã de nossos filhos? Então, por que de vez em quando não adotamos o filho alheio e renunciamos em favor deles também?
Quanto à renuncia dos vícios físicos, nem precisamos nos estender sobre para não fazermos julgamentos desse ou daquele que os têm.
A idéia da partilha é de profunda reflexão, pois o Espírito Pascal, de cuja mensagem do Evangelho Segundo o Espiritismo (Item 9 do Cap. XVI do ESE) André Luiz se inspirou, nos ensina que nada daqui desse plano terreno é nosso, mesmo tendo suado para obter, pois ao deixarmos o corpo não levaremos para o plano espiritual (ele privilegia a verdadeira propriedade que é o conhecimento, elevação espiritual). Então é preferível que nos despojemos um pouco do que constitui nossa pequena riqueza, e, de forma equilibrada, ajudarmos quem precisa.
Jesus ciente de nosso apego aos bens terrenos nos alertou: Tende o cuidado de presevar-vos de toda a avareza, porquanto, seja qual for a abundância em que o homem se encontre, sua vida não depende dos bens que ele possua (LUCAS, 12:15). Ele falava da vida verdadeira que é a vida espiritual.
Então, que Deus nos ajude a pensarmos sempre nessas situações quando lembrarmos de nossos direitos do trabalhador digno de seu salário, para que não deixemos de fazer aos filhos, irmãos ou parentes em geral, amigos dos outros, o que fazemos aos nossos entes queridos.
PAZ E ALEGRIAS