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JESUS SABE
MEIMEI
Psicografada por Chico Xavier
Sobre o Item 7[1] do Cap. XII do ESSE
Dissestes: “não ajudo, porque esse homem é
pervertido”, e, de outra feita, afirmaste: “não auxilio, que essa mulher errou
por querer...”
Não te lembraste, porém, de que Jesus, antes, lhes
viu a falta e nem por isso lhes cortou o ensejo à necessária reparação.
Não perca tempo em procurar o mal; contudo, emprega
a atenção em socorrer-lhe as vítimas.
Diante desse ou daquele sucesso amargo, sempre mais
do que nós, Jesus sabe...
Conhece o Divino Amigo onde se esconde o verme do
vício, como também onde se oculta a farpa da crueldade.
Em razão disso, não te buscaria para relacionar as
úlceras alheias nem para conferir os espinhos da estrada.
Se alguém prefere mergulhar na sombra, dize
contigo: – Jesus sabe.
Se alguém te não escuta a palavra de amor, nota em
silêncio: – Jesus sabe.
Se alguém surge enganado aos teus olhos, pensa,
convicto: – Jesus sabe.
Se alguém foge de cumprir o dever, observa de novo:
– Jesus sabe.
Faze o bem que puderes e, entregando a justiça à harmonia da Lei, entenderás, por fim, que Jesus nos chamou para fazer luzir a estrela da caridade onde a vida padeça o insulto da escuridão.
MINHA
REFLEXÃO
Somos muito indulgentes para conosco, e devemos ser
mesmo, pois o remorso e a culpa não resolvida nos levam a processos obsessivos.
No entanto, não somos indulgentes na mesma medida com os erros do nosso
semelhante que passa por sua vez por um estágio evolutivo que já superamos. O
que serve para os inimigos e aos que nos ferem por um desequilíbrio momentâneo
(vede Item 7, inspirador dessa mensagem de Meimei) serve principalmente para os
que são reconhecidamente amigos e familiares.
Jesus sabe, como Meimei diz, e devemos também saber
na medida do possível o que se passa com todos no momento de nos ofender e/ou
que fizemos, sem saber conscientemente, para merecer a ofensa. Muitas vezes
fomos incompreendidos. De qualquer modo, mas vale ser ofendido que ser o
ofensor e conforme o Espírito Paulo (in Item 15 do Cap X do ESE) “perdoar
aos inimigos é pedir perdão para si próprio; perdoar aos amigos é dar-lhes uma
prova de amizade; (...) Paz e alegrias.
[1] 7. Aprendestes que foi
dito: olho por olho e dente por dente. – Eu, porém, vos digo que não resistais
ao mal que vos queiram fazer; que se alguém vos bater na face direita, lhe
apresenteis também a outra; – e que se alguém quiser pleitear contra vós, para
vos tomar a túnica, também lhe entregueis o manto; – e que se alguém vos
obrigar a caminhar mil passos com ele, caminheis mais dois mil. – Dai àquele
que vos pedir e não repilais aquele que vos queira tomar emprestado. (S.
MATEUS, 5:38 a 42.)