terça-feira, 26 de maio de 2009

MEDIUNIDADE E JESUS

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Mediunidade e Jesus

EURÍPEDES BARSANULFO
Psicografada por CHICO XAVIER
Sobre o Item 7
[1] do Cap VI do ESE

Quem hoje ironiza a mediunidade, em nome do Cristo, esquece-se, naturalmente, de que Jesus foi quem mais a honrou neste mundo, erguendo-a ao mais alto nível de aprimoramento e revelação, para alicerçar a sua eterna doutrina entre os homens.
É assim que começa o apostolado divino, santificando-lhe os valores na clariaudiência e na clarividência entre Maria e Isabel, José e Zacarias, Ana e Simeão, no estabelecimento da Boa Nova.
E segue a diante, enaltecendo-a na inspiração junto aos doutores do Templo. Exaltando-a nos fenômenos de efeitos físicos, ao transformar a água em vinho, nas bodas de Caná; honorificando-a, nas atividades da cura, em transmitindo passes de socorro aos cegos e paralíticos, desalentados e aflitos, reconstituindo-lhes a saúde. Ilustrando-a na levitação, quando caminha sobre as águas. dignificando-a nas tarefas de desobsessão, ao instruir e consolar os desencarnados sofredores por intermédio dos alienados mentais que lhe surgem à frente; glorificando-a na materialização, em que transfigurando ao lado de Espíritos radiantes, no cimo do Tabor, e elevando-a sempre, no magnetismo sublimado, seja aliviando os enfermos com a simples presença, revitalizando corpos cadaverizados, multiplicando pães e peixes para a turba faminta ou apaziguando as forças da natureza.
E, confirmando o intercâmbio entre os vivos da Terra e os vivos da Eternidade, reaparece, Ele mesmo, ante os discípulos espantados, traçando planos de redenção que culminam no dia de Pentecostes – o momento inesquecível do Evangelho -, quando os seus mensageiros convertem os Apóstolos em médiuns falantes, na praça pública, para esclarecimento do povo necessitado de luz.
Como é fácil de observar, a mediunidade, como recurso espiritual de sintonia, não se confunde com a Doutrina Espírita que expressa atualmente o Cristianismo Redivivo, mas, sempre que enobrecida pela honestidade e pela fé, pela educação e pela virtude, é o veículo respeitável da convicção na sobrevivência.
Assim, pois, não nos agastemos contra aqueles que a perseguem, através do achicalhe – tristes negadores da realidade cristã, ainda mesmo quando se escondam sob os veneráveis distintivos da autoridade humana –, porquanto os talentos medianímicos estiveram, incessantemente, nas mãos de Jesus, o nosso divino Mestre, que deve ser considerado, por todos nós, como sendo o Excelso Médium de Deus.

MINHA REFLEXÃO


A Mediunidade sempre existiu na face da Terra, mas alguns enviados especiais trouxeram, através dela, as revelações necessárias para ajudar na evolução da humanidade terráquea.
Entre eles, tivemos, em Moisés, o primeiro revelador, trazendo a Lei de Justiça, através dos dez mandamentos. Na Bíblia, temos vários exemplos de exercício da mediunidade, como fizeram os profetas.
Notadamente, tivemos, em Jesus, a personificação do amor, nos trazendo a Lei de Amor. Tanto Moisés, quanto o Cristo, foram os reveladores das Leis que deixaram entre nós.
O Cristo, como nos lembra o Espírito Eurípedes Barsanulfo, em sua mensagem, ora refletida,  foi “o Excelso Médium de Deus”, considerando que Ele e o Pai eram uno em pensamento. Com seus feitos, instalou a possibilidade de todos nós exercermos a mediunidade, pois dizia: “vós podeis fazer o mesmo e muito mais”; e com os Pentecostes lançou a psicofonia em público.
Ao prometer o Consolador, o Mestre abriu a oportunidade maior do estabelecimento da relação do plano espiritual com o plano físico.
Sim, os Espíritos continuam vivos depois da morte do corpo e podem nos falar de suas experiências e agruras.
Assim, com essa possibilidade, bem como com o avanço do conhecimento científico, abriu-se a oportunidade de vir à tona a 3ª Revelação, agora não mais personificada em um homem, mas numa legião de Espíritos superiores predispostos a ajudar na evolução da humanidade.
A mediunidade, então, passa a ser reconhecida como a porta do esclarecimento e da consolação. Todos podem usá-la, sem que sejam escolhidos religiosamente, pois passa a não ser mais objeto apenas dos iniciados e oráculos. Surge tanto na classe alta como na mais inferior. Não é mais privilégio de ninguém.
Muito se pode fazer com o exercício da mediunidade, mas se deve fazer diferença entre o mediunismo e a mediunidade com Jesus.
Que saibamos sempre, no uso de qualquer mediunidade, desde a intuição à incorporação, um exercício da caridade.
PAZ E ALEGRIAS....
Domício.

[1] Sou o grande médico das almas e venho trazer-vos o remédio que vos há de curar.
Os fracos, os sofredores e os enfermos são os meus filhos prediletos. Venho salvá-los. Vinde, pois, a mim, vós que sofreis e vos achais oprimidos, e sereis aliviados e consolados. Não busqueis alhures a força e a consolação, pois que o mundo é impotente para dá-las. Deus dirige um supremo apelo aos vossos corações, por meio do Espiritismo. Escutai-o. Extirpados sejam de vossas almas doloridas a impiedade, a mentira, o erro, a incredulidade. São monstros que sugam o vosso mais puro sangue e que vos abrem chagas quase sempre mortais.
Que, no futuro, humildes e submissos ao Criador, pratiqueis a sua lei divina. Amai e orai; sede dóceis aos Espíritos do Senhor; invocai-o do fundo de vossos corações. Ele, então, vos enviará o seu Filho bem-amado, para vos instruir e dizer estas boas palavras: Eis-me aqui; venho até vós, porque me chamastes. - O Espírito de Verdade. In: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VI, item 7.