terça-feira, 3 de junho de 2008

GUARDA-TE EM DEUS

“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo”. (S. MATEUS, cap. XI, vv. 28 a 30.)

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GUARDA-TE EM DEUS




EMMANUEL
Psicografada por Chico Xavier
Sobre o Cap. VI – Item 8

Lembra-te de Deus para que saibas agradecer os talentos da vida.
Se fatigado, pensa nEle, o Eterno Pai que jamais desfalece na Criação.
Se triste, eleva-Lhe os sentimentos, meditando na alegria solar com que, toda manhã, Sua Infinita Bondade dissolve as trevas.

Se doente, centraliza-te no perfeito equilíbrio com que a Sua Compaixão reajusta os quadros da Natureza, ainda mesmo quando a tempestade haja destruído todos os recursos que os milênios acumularam.

Se incompreendido, volta-te para Ele, o Eterno Doador de todas as bênçãos, quantas vezes escarnecido por nossas próprias fraquezas, sem que se Lhe desanime a Paciência Incomensurável, quanto aos arrastamentos de nossas imperfeições animalizantes.

Se humilhado, entrega-Lhe as dores da sensibilidade ferida ou do brio menosprezado, refletindo no celeste anonimato em que se Lhe esconde a inconcebível grandeza, para que nos creiamos autores do bem que a Ele pertence, em todas as circunstâncias.

Se sozinho, busca-lhe a companhia sublime na pessoa daqueles que te seguem na retaguarda, cambaleantes de sofrimento, mais solitários que tu mesmo, na provação e na miséria que lhes vergastam as horas e lhes crucificam as esperanças.

Se aflito, confia-Lhe as ansiedades, compreendendo que nEle, o Imperecível Amor, todas as tormentas se apaziguam.
Seja qual for a dificuldade, recorda o Todo-Misericordioso que não nos esquece.

E, abraçando o próprio dever como sendo a expressão de Sua Divina Vontade para os teus passos de cada dia, encontrarás na oração a força verdadeira de tua fé, a erguer-te das obscuridades e problemas da Terra para a rota de luz que te aponta as sendas do Céu.

MINHA REFLEXÃO

A mensagem do Espírito Emmanuel é originada da reflexão dele sobre o Item 8 do Capítulo VI do ESE – O CRISTO CONSOLADOR, que é uma mensagem do Espírito de Verdade.

Emmanuel nos sugere guardar-se em Deus que é nosso Pai Magnânimo e Misericordioso, fonte de todas as energias que impulsionam a vida. Ele diz: “seja qual for a dificuldade, recorda o Todo-Misericordioso que não nos esquece”.

A oração é a fonte que nos liga a fonte maior de energia – Deus, que nos deve erguer para continuar a vida mesmo quando somos vergastados pelas prova e/ou provações que semeamos nessa ou em vidas passadas.

Jesus nos consolou de imediato quando, a serviço do Pai na Terra, nos disse: "Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei". (S. MATEUS, cap. XI, vv. 28). Posteriormente nos prometeu um consolador, o Espírito de Verdade que naquele momento nós não podíamos receber (João, 14:15 a 17 e 26). Não tínhamos conhecimento suficiente para entendê-lo. Esse Consolador veio na forma de uma doutrina consoladora e esclarecedora sob todos os pontos que naquela época o Cristo falou por parábolas e a base dessa doutrina é a reencarnação e a evolução contínua do espírito humano.

“Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança” ALLAN KARDEC (ESE-FED. ESP. BRASILEIRA, CAP. VI, Item 4).

Felizes dos seres humanos que conseguem trilhar pelos ensinamentos do Espiritismo, que em suma são os ensinamentos do Cristo de forma mais ampliada.

Um comentário:

DOMÍCIO M. MACIEL disse...

Transcrevo para cá o Item 8 citado na mensagem.

Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que lha pedem. Seu poder cobre a
Terra e, por toda a parte, junto de cada lágrima colocou ele um bálsamo que consola. A
abnegação e o devotamento são uma prece continua e encerram um ensinamento profundo. A
sabedoria humana reside nessas duas palavras. Possam todos os Espíritos sofredores
compreender essa verdade, em vez de clamarem contra suas dores, contra os sofrimentos
morais que neste mundo vos cabem em partilha. Tomai, pois, por divisa estas duas palavras:
devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a
caridade e a humildade vos impõe. O sentimento do dever cumprido vos dará repouso ao
espírito e resignação. O coração bate então melhor, a alma se asserena e o corpo se forra aos
desfalecimentos, por isso que o corpo tanto menos forte se sente, quanto mais profundamente
golpeado é o espírito. - O Espírito de Verdade. (Havre, 1863.)